terça-feira, 29 de maio de 2012

Densidade nos passos.


Caminhava
por um cenário familiar.
Muita gente,
como os centros sempre são.
Carruagens que passam,
carregadas de “corpos vivos”,
que até falam,
mas em ruídos.
não decifrados.
Lembranças de procuras,
correrias,  encontros
e até gostosas chegadas....
O  tempo estranhamente
roubou-me a direção,
a bússola do desejo.
Segui  então o vento
na tentativa de decolar.
Rio de Janeiro, e eu, 
até a Biblioteca Nacional.
Aí, o vento trouxe o arrepio,
um sorriso maroto
de canto de boca.
Senti densidade nos passos.
Magia em caminhar.
Vontade de continuar.