segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O romper...


O "Às Vezes", 
intercalam o sempre,
com a emoção,
do o romper
uma champanhe.

Gostei...


No final,
há um tropeço, 
no "Punho Erguido".


Mas ficou perfeito, 
pois punhos erguidos, 
são elementos de vôos.


Tropeçar nos sonhos, 
tropeçar nas buscas, 
é fomentar encontros.


Encontros como este, 
fruto de um legado, 
de pura cumplicidade.


Não mude,
o bom que tudo foi.
Nosso punho é esquerdo.

A dor do pai.


A despedida,
com a "certeza"
da incerteza 
do amanha.

Hoje vejo
que o incômodo,
"é" a falta,
do desejo.

Num aguardar
longo e penoso,
instantes sem brilho,
do sabor "venenoso".

O momento da perda
nos faz perdidos.
Na correnteza
do que é saudade.

Um voo


Nada melhor 
que a intimidade 
de um voo
num dia de sol.

Do Silêncio


Às vezes o silêncio
é um pensar falante.
É um "diálogo" eletrizante 
de você com o inconsciente.

KoiZa de quem ama,
de quem fantasia,
imaginando vontades,
suspirando emoções.

Vivo "sucumbindo"
a tanta cobrança,
e desconfiança,
do meu silêncio.

Sou patinho feio,
de hábitos bisonhos,
separado no "nado",
disfarçado nos sonhos

Flagras Infantis


Às vezes,
vivemos um nervoso
"sem lógica",
KoiZa de desejos,
de flagras infantis.

Mas é tão bom,
"o isso tudo",
que cria histórias,
que mexe com a gente,
remexendo por dentro.

São presentes do dia,
tão presentes nas noites.
Vontades que "dão",
e não passam,
ultrapassando a íntim-idade.

Derretendo em vontades,
sucedendo saudades.
A vida encaderna,
o tempo em histórias,
comprimido emoções.

Da alegria a arlegia


E aí percebi a falta,
perdi o "teclado",
a vontade e os motivos, 
a liberdade e o teclar.

Falar da vida,
falar dos detalhes,
normalmente abandonados,
nas rotas de " excursões".

Revelar que tudo
foi fruto do desejo,
pois cada palavra,
acariciou a emoção.

Geramos energia,
no trato da poesia,
na real intimidade,
brincada no dia a dia.

Mas perdi o teclado,
em meio à tontura
a tantas visões,
em revisões.

Sinto medo
do esquecimento,
da "fina" alergia,
da poeira do tempo.

Recreio no Colégio


Ah eu lembrei,
lembrei de um tempo
tão perto, 
na lembrança.

Fazendo "cena",
de um casamento.
A passarela
eram as cadeiras.

A liberdade
era a vontade.
A direção
fervia nos corações.

Teatro
em cada cena,
dos cortes (s)em cena,
cem interpretações.

Às terças


Ainda sou
"cliente" assíduo.
Sinto falta da fala, 
da terapia.


São dores
das cores do dia.
São medos
de escovar os dentes.

De levantar
ao amanhecer.
De se auto exilar,
por (falta) opções.


Foto de Adepti RJ.

Lágrimas


Quando a gente chora, 
sem saber, hidrata a alma, 

e o botão do sorriso,
floresce no amanhecer.



Romper, romper, romper...



O engraçado,
é que até entendo,
o dito e a intenção,
"do não dito".

Certas pessoas, incluo aí as (os) camaradas, tem um discurso mais aberto, falam de @mor e teorizam, os desejos e vontades, mas na prática, vivem o desconforto, da insegurança e desconfiança, junto às diferenças.
Ao desconhecido.
No meu caso, a bipolaridade tanto esconde o desejo, que tira a cor da vida, e qualquer sentido;
como potencializa os sentimentos e as procuras. Fazendo o viver uma erupção.

As noites se alongam,
o corpo clama por carinho,
pela troca, por cantar
a melodia do viver.
Não existe "pecado"
do lado de cá
do "Ecua-dor".
Só existe "controle".

Sou aquela pessoa,
que milita,
que tem sonhos,
que cumpre tarefas,
que é pai,
que é mãe,
que é companheira(o),
que é trabalhador.

É cultural a relação monogâmica. E quando o corpo clama, elevando o sentidos, no desejo, somos "bipolares", vadios/infiéis.
O Fluoxetina, tenta dar "o barato da saciedade" a um preço caro, assassinando o líbido.
Tem um psicotrópico, "Tupiramato", que a gente chamava (na clínica) de "teu peru mato".

Que vida é está,
que mundo é este,
que teve na poesia
do eterno Cazuza,
a singela definição
de "um amor inventado"...

Como se só
se pudesse amar,
às receitas
de "amores oficiais".
Sou oposição,
vermelho de coração.

Quero amar 

em pé, 
quero seu pé,
no corredor, 
no elevador...


No fogão, 

mexendo a panela, 
mexendo em você.
Provando, beliscando,
lambendo de tudo.



Aí recorro a poesia.

Aqui o personagem fala.
Alguns perguntam, 
"quem é a musa?"...,


numa pequenez de visão da vida, como se a "responsabilidade" do belo, 
da felicidade, estivesse na responsabilidade de um(a) única pessoa, de um único desejo.

Somos mais
que um momento.
Somos menos
que um tormento.
Somos à procura,
somos o "movimento".

Eu amo, eu amo o viver.
Eu amo os "choques", as descargas de adrenalina, que me invadem, sem permissão.
E que relembram sempre, que estou vivo, e que deve ter alguém por aí, chutando lata, catando coquinho, olhando pra Lua, que se identifique, ou não, com o que falo, com o que penso.
Mas que queira viver a experiência, a interação.

Romper, romper, romper 

as trancas do viver.

Fora da KaZinha


Falar e ouvir,
trocar histórias,
dar sentido as KoiZas, 
é bom demais.

Saber,
que na casa da frente,
também vivem,
as mesmas contradições.

Que não foi só a gente
que deu ao quarto
outro sentido.
O de "esconderijo".

A caverna,
profunda e sem luz,
de uma alma
em conflitos.

A toca
do que sobrou,
de um coração
em retalhos.

Rola ainda
o gosto amargo,
dos psicotrópicos.
Na Boka da Fome.

Rola sempre
a militância
e a madrugada.
Nos papos de Lu@.

Às vezes me escondo,
mas não se assuste,
é brincadeira
de cri-onça.

Sou meio bicho.
Animal assustado.
Às vezes dentro de casa,
às vezes, "Fora da KaZinha".

Cozinha


A vida é assim,
a gente mata a sede,
quando enxergamos
aonde o amor hidrata.

"A-LUa-SINANDO"

Ancorado em meu canto,
no "mar" do amor.
Me acham "instável",
enquanto só sou febril.

A falta pela importância,
pela alegria nas fileiras,
pelas novidades
que rompem o mesmismo.

Toda separação é triste,
O motivo é a "Falta",
mas não cobre de ninguém,
a responsabilidade do sentido.

Está lacuna,
tem um tamanho
diferente em cada um.
Transcende a lógica.

Uns enxergam o suficiente,
e querem o "necessário".
Outros buscam a intensidade,
numa procura "maior".

Ser vitrine de um "mundo",
enquanto a idéia,
era a viver em um mundo,
diferenciado na poesia.

A Insistência é "ali".


Falar com arte
da própria dor.
As respostas, 
cultivo em flor.

O que será,
que será,
que pode faltar,
se já somos a "falta"?

Tão simples
dividir tudo,
entre o belo e feio,
entre o bem e o mal.

Aonde será
que ficamos,
se nosso lugar é aqui,
e a insistência é ali.

Tudo é tão pouco
quando o muito,
que tenho,
não cabe em mim.

Saio do que construí,
reconstruindo o vazio,
tentando garantir
sobrevida ao desejo.

É arte,
faz parte,
do novo penteado,
do velho cadeado.

A lei é clara



A regra é deletar,
até KoiZas simples,
que carreguem a palavra 
da controvérsia.

Posso comer
de "tudo",
provar de tudo,
que a dieta permita.

Serão belos escritos,
de silhuetas esbeltas,
somente a palavra
contra o verso.

A vida era assim,
a gente matava a sede,
quando enxergavamos,
onde o amor hidratava.

Agora é esperar,
setembro chegar.
Vou florescer
na linguagem primavera,

Vou conquistar as ruas.
tomar as praças,
brindando a companhia
do exercício solidão.

Virar abajur,
decoração de canto.
Desvirar o "nú",
coração sem canto.

"Cegueira"


Uma atitude tão "normal",
enxergar o conveniente,
acreditar no prazer virtual, 
viver o desejo vazio...

Difícil é viver a "vida",
olhando a realidade,
enfrentando as verdades,
se batendo nas dificuldades.

A acomodação é doentia,
mas é tão cômoda.
Deixar para "amanhã",
as dificuldades do hoje.

Falso Glamour



A opressão
se faz presente
no falso "glamour",
estético da magreza.

Na cobrança
da eterna juventude,
da branquitude e seus cabelos,
lisamente domesticados.

A beleza esta no olhar,
no desejo latente.
No romper as barreiras,
no encontro com as buscas.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

‪#‎nãoéachismo‬ ‪

Telma Cristina comentou:
Esse sistema nos convence de uma série de “verdades”. Entre elas, que só se pode amar uma pessoa de cada vez; que se amarmos realmente a-pessoa-que-está-conosco, nunca sentiremos tesão por outra; que as pessoas em um casal precisam suprir todas as necessidades afetivas, sexuais, emocionais, etc, uma da outra. Oxalá se fosse verdade, existem pessoas que, de fato, só amam uma pessoa de cada vez (e elas estão muito felizes em seus relacionamentos monogâmicos) mas também existem muitas que amam mais de uma pessoa de cada vez (e essas estarão mais felizes em relacionamentos não-monogâmicos). Precisamos ter a liberdade de escolher qualquer uma das outras infinitas formas de viver, de amar e de transar.‪#‎sóacho‬


A gente vive
estas mudanças,
de temperatura.
No desejo,
de outro brilho
em cada olhar.

Como chamar
de "coincidência"
o acordar
em "compânia"
do personagem,
"Zé Desejo".

Como negar
a emoção no rever.
A torcida pelo acaso
do reencontro.
No nervoso infantil
tão transparente.

Que medo é este
de enxergar
as nossas "vísceras".
Que troço é este
que te "divide"
em um INTEIRO.

Que febre é esta
que o delírio
é um colírio.
Me nego a aceitar,
fingir que não sinto,
interpretando o não viver.

A inquisição é presente,
na hétero mordaça
monogâmica que castra.
Que culpa é está
que obriga meu ATO,
criar "razão" no meu Tesão.

Quero falar do tabu,
bolindo nos pontos
que permitem o prazer.
Rompendo o silêncio,
compartilhando a palavra
organizando "o outro" regime.

Quando eu comecei a me relacionar de forma livre, foi com um cara mais velho, mas era tudo muito novo. Inclusive eu. Vale colocar aqui que isso sempre acaba sendo bem delicado, porque a mulher já t...


Sobre a Cor


Se eu te contar, 
se eu conseguir te contar, 
falarei sobre a cor, 
de minha infelicidade.

Do vazio que sinto. 
do não saber mais calar, 
minha escrita.
Do meu completo silencio.

Da boca fechada. 
Pela incompreensão.
Da dificuldade de parecer, 
ser, parecido "da" normalidade.

Não tenho amigos.
Falo na terapia, 
pois são profissionais, 
e "tentam" que me ouvir.

Às vezes esqueço, 
deste nada, disto tudo. 
Mas a cada madrugada
sem (a)feto volto ao ventre.

São dores


Existem dores 
que só doem, 
dores que ensinam, 
dores de cabeça,
dores que alucinam.

Dores que atingem 
a sintonia do prazer.
Dores doces, 
dores amargas, 
dores do comer.

Dores do não quero,
do não quero mais.
Pois o mais,
foi demais, 
sendo pouco.

São dores, 
que todos vivem.
Apertam vidas, 
despertando paixões,
criando (até) poesia.

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Choro de Sorrisos



O amor,
sempre emociona.
O amor,
de quem amamos,
transborda em bordados
o espaço da razão.

Encharcando os olhos
num choro de sorrisos,
num cerco de abraços,
na certeza da verdade,
que embala nosso berço,
num "badalar" mágico.

Olhos com Ouvidos



Estranho isto.
Quando escrevia,
carregava a certeza
que só os olhos
com ouvidos ouviriam.

A linguagem
nos permite falar,
mas não nos da
a oportunidade
de ser ouvido.

As necessidades
determinam até,
o tamanho,
e a forma,
da saudade.

KoiZa típica,
de sapato apertado,
cobertor curto,
café de garrafa,
angústia de mordaça.


Corroendo Alegorias


Tristezas sempre chegam
sem a nossa permissão.
São visitas sem agendas,
vaidade e validade.

Elas agem
por conta (própria).
Não respeitando trancas,
nem boas conversas.

Desprezam terapias,
atropelam intenções,
corroem as alegrias,
azedando os corações.

Faltas Pontuais


A moça 

ainda não veio.

São faltas pontuais 

que se perdem ...


Abri a janela 

do quarto do pai

Deixando a quarta feira 

entrar em sua vida.


Adiantando o almoço,

num cardápio arranjado.

Sonhando em sentir 

o ardor da "menta".


Mexendo a panela,

"roçando" nos sonhos.

Banquetes de fome, 

petiscos de saudades.

Poesia nos dentes

Bárbara,
se despede,
vai amanhã.

Breno
chega depois
de amanha.

Meu pai,
espera dormindo,
pelo que não se lembra.

A empregada,
"KoiTada",
com a filha doente.

E eu armado,
com a poesia
nos dentes.


.

Parquinho das Luas


No parquinho do céu,
brincarei de balanço,
na Lua crescente.

No parquinho do céu,
rolarei na bola
da Lua Cheia.

No parquinho do céu,
na gangorra minguante
voltarei a sonhar.

No parquinho do céu
vou assumir
a Lua "Nova"-Idades.

"Entorpe-SER"


Eu não bebo
eu não fumo
Eu me "FAÇO"
por inteiro.

É na fala,
é nos gritos,
é na luta,
é no (entorpe) SER.

Não me drogo
com porqueira.
Jogo as "pedras"
nos patrões.

O Partido tá na rua,
a bandeira tá na mão.
Nossa Luta é de Classe,
o "Anel" é de Peão,

F O T O de B A T O M


Vejo o cansaço,
da alma,
em seus olhos.

Apesar do batom,
discreto,
em seus lábios.

A maquiagem,
é que te move,
no dançar do viver.

Sem nunca reparar,
até percebo,
o que é para notar.

Vejo sinais
de melhoras
nas posses tristes.

São fotos
de uma artista
que volta a fotografar.

Que abre a lente,
a garganta diafragma,
da fala com o tempo.

Que tira
às cores do rosto
deixando às cores da vida.

Depois,
sim, depois...,
reassuma o "clicar".

Combinado...


Vou preparar 

as borboletas,

as c
oloridas,

de olhos grandes,

de vôos plenos.


Me aguarde

nas flores

da varanda.

Ali o pousar

é viajar.



A "culpa" e a Lua


A culpa,
é só-litaria,
solidaria a beleza, 
é nua na intenção.

Diferente na paixão,
"é" tua...
É Lua...
A "culpa" é tua...

Baixando o Ritmo


Até eu já sei,
que sou agitado,
e o que me para 
é a poesia...

Mas o sonho,
a intensão,
às vezes atropela
meu tráfego de vida.

Descendo-me,
para os desejos,
corriqueiros,
dos dias.

Deixando, o show da Lu@,
o desrespeitar distâncias,
e os relógios do tempo,
guardadinho no olhar.

Permitindo ao "menino",
voltar a brincar de viver,
sentindo o desejo simples,
de brindar o amar.

Saudades das Terapias


Vivo dois mundos,
o da noite,
com o personagem, 
o do dia com o menino.

No amanhecer perco-me ...
Não sei o limite,
de dar boa noite,
de dar bom dia.

Se vivo um cumprimento,
ou um ato de amor.
No restante do abraço,
do agasalho de seus braços.

O criador perdeu o controle,
da criatura e do amor.
Saudades das grades da clínica
que me protegiam dos dias.

Da luta do sobreviver,
quando só queria viver.
Quero melodia nos meus dias,
quero poesia no olhar.

Saudades das terapias,
das graças dos horários,
da certeza de ser ouvido,
de vomitar e de chorar.

Procurando Aperto


Às vezes eu sonho 

com seus lábios.

Em longos beijos 

exarcados no desejo.


Às vezes moleque,

te puxo os pelos,

na raiz dos cabelos,

embaraçando em você.


Te pegando os braços, 

num ir sem volta,

em carícias e curvas,

das "bandas" do corpo.


Num tocar instintivo,

o ritmo da valsa,

do coração roqueiro,

do trote "cavaleiro".


Os detalhes se soltam, 

os brincos se perdem, 

nos sorrisos procuras, 

e nós, procurando aperto.