segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Nova Estação - 28 set



Aqui 
depois do Luão 
o calor diminuiu, 
pinga por aqui 
ou por ali, 
gotas de emoção,
da nova estação.

Um medo - 28 set


Olha aí 
como as mentes 
são diferentes.
Uma vez sonhei 
que o ventilador de teto 
levantou a casa,
e pousamos num lugar "novo",
com aventuras e desafios.
Um recomeçar!!!
Talvez o desejo de mudar,
talvez o desejo de voar...

Sem Luz - 28 set


Agora chovendo e sem luz. 
Tem gente que se assusta, 
se perde em ter que ficar 
consigo mesmo. 
Perceber o quanto VC 
conhece a sua casa.
Lembrar do seu tamanho
dentro da escuridão.
Perceber os astros
que estão todos os dias lá,
invisíveis diante da novela
ou da tela do telefone.
Ter tempo de sentir saudades,
e ver que as distâncias
são mais que virtuais.
Saber aguardar o amanhã.
Saber dormir, não desmaiar de sono.
Ouvir os Trovões,
ver a força da natureza,
com seus clarões na madrugada.
Tudo muito facilmente distante.
Perceber o tempo do tempo.

Conversa de Cozinha - 29 set



Hoje preparando o almoço de forma solitária como sempre, fui surpreendido pela presença de minha mãe, que se empolgou com o Arroz Colorido que adiantava.
Como não consegue ficar quieta, pegou uma lata de milho já aberta, que deixei na pia, e com o auxílio de uma peneira lavou os grãos.
E contou que aprendeu isto com Tia Nadia, esposa do Alfredo Rainho.
Relembrou que veio muito cedo para o Rio, aos 17 anos, após casar e que sua mãe, minha avó, teve pouco tempo para ensina-la.
Iria (minha tia) a ensinou a fazer bife.
A Babá (minha bisavó) a fazer Vatapá, Roma (minha avó) a fazer mingau...
E por ali foi, citando sua vida.
O almoço ficou supimpa, pelas "cores" do brilho dos olhos de minha mãe.
Na verdade o "Tempero Perfeito" está nas horas aula das relações vividas, na cozinha da vida.
Passamos a alquimia de nosso paladar, da busca pelo desejo, pelo prazer de cuidar e servir.
Deixei tudo pronto, louça lavada e fui organizar o material da Banca do PARTIDO no ato.
Espero que o almoço tenha agradado.

Carie-ncias - 30 set


O mundo aí e eu aqui
com a Boka aberta,
escancarada,
cheia de carie-ncias...

Virou Poesia!!! - 1 out


Outro dia
me chamaram de estranho.
Estranho questionei?
Será que é um elogio?
Ou será uma crítica?
Fiquei meio "assado",
beirando a desconfiança...
Mas se a vida é "estranha",
porque "eu" militante dos dias,
seria tão diferente e previsível.
Alimento saudades,
do que nunca vivi.
Converso aparentemente "só",
tricotando segredos,
confessando intimidades.
Sou "ESQUISITO" no meu amar.
Pré requisito do meu viver.
No balanço das possibilidades,
vivo o que é bom,
"embalando" os desejos.

Meu Pai - 1 out



O pai está semana
me falou
que eu faço falta.
Chorei a "distância"...
Disse na realidade
que me amava,
do jeito dele.
Chorei na "Poesia"...

Prazer Oral - 3 out


A gente começa
chupando os dedos,
depois se aperfeiçoa
chupando os pratos,
rapando as "sobras" 
do doce brigadeiro.
Então percebemos
que o prazer oral,
desmistificou o "ser moral"


Cristiane Real Ramos

Aprendi essa ontem:
"Eu chupo pau
Chupo buceta.
Se eu for para o inferno
vou chupar até o capeta"

domingo, 22 de novembro de 2015

Único Laço



Fazer de quatro braços, 

um único abraço,


com laço no coração.



Os "cacos" do amanhã.- 14 out


Chega de novo
aquele momento,
que o cansaço é grande,
que o sono é profundo,
que a incerteza é total.

Penso e não escrevo,
penso e não digo,
penso e não faço.
Ouvi tanto
sem acreditar em + nada.

Quero o amanhecer,
para na luz
juntar o que sobrou,
montar o vaso quebrado,
os "cacos" do amanhã.

No silêncio me refaço,
na solidão me aconchego,
nas costas a mochila
carregando a esperança.
Sou "sem-mente" do hoje.

Em Catuipe-RS - 15 out



Tomando sorvete, 
no Bar do Cindo, 
ouvindo histórias
do Tio.

De "tiros"...,
sentadinho
vendo a vida
passear na Praça.

Velhos amigos, 
longas e vivas lembranças.
Testemunhas de valores, 
e sabores da "colonia".


Feliz Aniversário - 16 outubro


Hoje está sendo
um dia (quase) completo.
Sol e chuva. 
Passado e presente.
Muita gente,
instantes só meus.

Saudades
de todas as idades.
Dos que estão presentes,
dos que se foram,
dos que a vida
e a incompreensão afastou.

Os Sonhos e as Lutas
estão presentes,
são camaradas.
Tenho tanto carinho,
nesta vida distante,
"levada", e em comum.

Quem disse que... - 17 0ut


Você se esqueceu
dos perfumes,
do "chaveiro",
de tantas outras
"passíveis" possibilidades.

Aí eu sentei num degrau
e percebi que meu mundo.
passava em todos os patamares.
E que a "brisa"
redesenhada o próprio andar.

Fazendo curvas
tocando as nuvens,
pastoreando os sentidos.
Quem disse que as "faltas",
tem medo de altura?

Mateando com amor - 17 out


Meu dia
foi diferente.
Maravilhoso é demais
na minha idade.
As expectativas são menores,
apesar da percepção
ser bem maior.
São KoiZas da maturidade.
Que a vida
me garanta a Luz,
que os amigos,
me alimentem os sonhos.
Ontem tomei Mate com a Tia,
relembrei de quem eu sou,
não desfazendo,
de "tudo" o que vivi.
São "hábitos"
que se incorporam.
São "verdades"
tão novas e pontuais.
Quando resgatamos
o que "empoeiramos",
percebemos a dimensão,
e a riqueza do que é o amor.


Não convenço - 17 out


Vou tentar dormir,
partir pró amanhecer,
aguardar os pássaros
com os pés gelados.

Fruto de um frio
da madrugada
Fruto de um "cobertor"
do silêncio.

Eu até tento
parecer normal.
Mas acho que não convenço,
nem mesmo a mim...

Contramão - 19 out



Adoro usar a Contramão.
Saborear experiências,
lambuzando me na procura.
Fujo do tráfego lento,
do massacre engarrafamento,
de "cervejas" do prazer.
Prefiro o gosto dos olhares,
a temperatura dos toques,
as "incertezas" de cada SER.
Cresci "ovelha negra",
agora sou "branco esquisito".

Seus hábitos - 20 out


Cada "hummm"
tem seus hábitos...
Então ouvir "verdades",
eletrifica e choca a consciência.
O ignorar as dimensões
do vazio que ocupo,
da dor que me atormenta,
causa maremotos.
A consciência
do nosso real tamanho
nos fortalece,
em toda "pequinês" conquistada.
Sou louco e esquisito
Fujo das regras,
sempre conspiro o amar.
Minha vida reflete o "in-verso".
Está independência
que supostamente vivo
me deixa confortável
para ser e viver meu EU.
Para cozinhar
tem que ter inspiração.
Para saborear
tem que se ter o tempero desejo.

Uivo pra Lua - 20 out


Estar aqui no Rio
me permite o tempo
que necessito
para respirar fundo.
Posso refletir
sobre os papéis sociais,
que a "vida" nos cobra.
Papéis e recibos sem valor.
A "profissão" de marido
é tão antiga e careta.
Assusta a vida
impedindo a cumplicidade.
A simplicidade é cúmplice,
até tem crises,
mas não oprime,
é semente do desejo.
A opressão acaba
com a orgia da poesia
Triturando o respeito,
apagando a saudade.
A opressão
tem a "delicadeza"
de um trator,
sem nenhum condutor.
Lá em Catuípe/Rs,
ficava namorando o céu.
A falta de luz
iluminava os sonhos.
Desde novo
uivo para a Lua,
numa sintonia
de "louco e louco" prazer.

A vontade que ficou - 21 out


Depois que tudo passa
a gente vai pro balanço,
como criança tentando avançar,
o passo não dado na ponta dos pés

Vontade de ter falado mais,
ou de ter falado menos...
Só ficou a CERTEZA
da vontade que ficou.

KoiZa de criança afoita,
"semjeitice" de primeira vez.
"Semgracice" de muita vontade,
curiando a próxima vez.

A beira mar - 21 out


...e ali sentamos, 
e no silêncio 
cantado e encantado ficamos, 
com pés e almas molhadas, 
borrifados de emoções.

Brotos da Resistência


E no meio da bateria
da juventude de camisa verde,
tinha umas cabeças grisalhas,
a pular e a dançar
Punhos erguidos,
bandeira tremulando,
coceira da inquietude,
eram "pintos" ciscando sonhos.
Com a ANEL,
mostrando que as Lutas
são conquistas das ruas,
resgatando a cara da militância.
Que envelheceu,
mas se reinventou,
na ousadia da periferia,
na negritude de cada esquina.
Somos os Brotos da Resistência,
que dão voz e dão toque,
a toda forma de amar,
sendo o grito dos excluídos.
Dos imigrantes e retirantes.
Somos "Trans-Versais" a vida,
bolinamos o prazer do SER,
somos FLOR do vermelho paixão.
Somos a ANEL,
florescemos na Primavera,
da Independência,
Independência de Classes.
Como caçulas da Conlutas,
trazemos alegorias da alegria.
De Norte a Sul exigimos,
que os ricos paguem a crise.

Confessei Saudades - 24 out



São livros pela metade,
filmes não vistos,
palavras não ditas,
vontades perdidas.
Acúmulo de dias
sem terminar.
Agendas passadas
totalmente em branco.
E eu,
que acordei dormindo,
que levantei em transe,
que te confessei saudades.

KaZo da Lua - 24 out


Acho estranho,
fico até sem graça,
com idéias
sem "idéias" de amor.
Na "idéia"
de que "huns" alguéns,
possam me rotular
a sexualidade.
Rotular meus desejos,
sem imaginar
que possa extrapolar,
chegando a Lua.
Em experiencias,
de relações
que possam
recriar o brilho no olhar.
O instante "PRECISO",
na permissão do SER.
Nego os papéis,
dos grandes "personagens"
Sou arredio,
sendo arrepio.
Sou indiferente,
amando sem corrente.
Sou "menino",
minha sexualidade,
é brincadeira,
na correria da parceria.

Vinho - 26 0ut


Vontade de "tomar",
com delicadeza,
uma taça de vinho.
e um engolir seco.


Brindando a poesia
que o olhar eterniza.
Como os beijos
tomados e "roubatilhados".

No noroeste do corpo,
da geográfica sentida,
na mesa da emoção,
no espaço do coração.

Gosto do Cabernet,
bebo o Merlot,
saboreio o Malbec,
mas brindo o prazer.






Dimensão do Silêncio - 26 out


O silêncio,
para quem tem relógio,
provoca "eko" no tic-tac,
como um mar ressacado.

O silêncio,
para quem tem coração,
provoca "eko" no tum-tum,
como um tempo sem tempo.

Os pássaros - 27 out


Os pássaros
diferentes das pessoas,
não acordam.,.

Eles amanhecem com o dia, 
e encantam o sol,
com poesia e melodia.

T E NT A R E I "hum" - 29 out


Hoje tenho terapia,
tinha tanto pra falar...
Mas fico sempre na vontade,
pois ainda, só sei escrever.

Nunca fui muito direto.
Faço curvas como a vida,
tentando chegar,
querendo alcançar.

Ahh, se meus braços
fossem grandes,
e vencessem a "distância",
de chegar até você.

Talvez com mais atitude,
talvez com a soma
da longa "extensão"
dos seus braços...

Fico atento
tentando abstrair,
todo o impossível
do nosso possível.

Na leveza "intertido",
na brincadeira de criança,
como quem corre atrás
de bolinhas de sabão.

T E NT A R E I "dois" - 28 out


Gosto da estrada
para o tal impossível.
Aqui "encontro" 
possibilidades ím-"pares".

Seus olhos
nada mais são,
que as pérolas
do meu "ouvirver".

Sorrir e sorrir,
num abre alas,
do amanhecer
para o desfilar.

Eterno convite,
da emoção,
das bocas nas bocas,
do dar as mãos.

AMANSA - 29 out



Como me "amansa"
este friozinho
que me "aninha" na cama,
que me aquece a alma.

Como me "balança"
estas lembranças,
sem censuras no desejo,
este querer o "poder".

O "Às vezes" - 31 out



O "Às vezes",
é um portão
para tantos lugares.

É a possibilidade viva,
é a borda que me apóia,
e não me deixa afogar...



SEGREDO do Tesão - 31 out



Essa "tal" individualidade
é o tempero da "beleza",
a graça da "relação",
o SEGREDO do Tesão.

Sem seus momentos 
de individualidade,
o ser humano,
perde a identidade.


Escolhi a Liberdade - 1 nov


Deitei cedo,
to sentindo um incômodo,
sei que o sono
não resolveria.
Enfim,
"ganhei" tempo,
para admitir
que é tristeza.
Nada esta errado,
mas nada empolga.
Me falta emoções,
fortes e arrebatadoras.
Não busco o equilíbrio,
o jeito certinho.
Busco a ventania,
o frescor do vento no rosto.
Essa calmaria assusta.
Mar de marinheiro "fichado".
Quero inflar minhas velas.
Zarpar rumo a "Pasárgada"
Sei lá, sei lá,
falta completar o vazio,
desta viagem,
esta lacuna deste suspiro.
Ou abortar o existir.
Sai de mim "maturidade".
Sei o que não quero.
escolhi a Liberdade.

Lingerie - 1 nov


Acho que a sensualidade
está na aproximação,
na troca de olhares,
no desejo latente,
do instante do toque.
Ah se estivesse na lingerie
o prazer perderia um pouco,
da magia e do brilho.
Pois a lingerie se tira,
e a sensualidade nos veste.

Toque da Cumplicidade - 4 nov


Desrespeitamos à distância,
nos fazendo tão próximos.
Somos rebeldes,
nas vontades de "verdades".
Não é a proximidade
que aproxima ninguém.
São abraços eternos,
emocionalmente ternos.
Gosto de mãos
e de corações leves.
Pele com pele
no arrepio do calor.
Fazer o que,
se a Lua nos persegue,
e o forte desejo
derrama em chama.

Abraço Forte - 5 nov



Abraços desengonçados,
"tortamente" equilibrados,
na força apertada,
vivida na escolha,
do primeiro pedaço.

LABIRINTITE - 5 nov


Tudo gira,
no equilíbrio
do sistema.
E depois
me chamam
de tonto.
Só porque
assumo meu lado,
de lá e de cá.
Sou pêndulo
em cada vontade,
dos "ATOS" e fatos.
Vivo em "órbita",
dos satélites,
para tomar os "Planetas"
Meu astro é Vermelho,
sou de "OUTRA" galáxia,
de outro sistema.
Trarei um "ANEL",
verde de Marte,
oferenda de Lutas.
Sou filho de Oxum,
do espaço negro,
das periferias.

Sem tempo e definição - 5 nov


Sempre é bom
quando você
se materializa
em "mediunidade".
Sem hora
de acontecer,
como o vento
que passa aí.
Minhas noites
sentem tua falta.
Meus dias correm,
atrás das noites.
Somos emigrantes,
sem raça e "religião".
Sem tempo e definição,
sem filhos da lubrificação.
Esquisitos são os sonhos
sem pé nem cabeça,
como as reclamações
saudosas dos dias.

Um amor maior - 5 nov


Nada pior
que ficar com alguém
e depois sentir
que foi pouco.
Que faltou o "inexplicável".
Faltou exatamente
o "procurado".
Que a noite e o sexo
foi otimamente,
passageiro da madrugada.
Eu quero intimidade!!!
Conversar com sorrisos,
sorrir com olhares,
comentar na telepatia,
surfar na cumplicidade.
Não quero fazer "gênero".
Abandono a maquiagem
do "ser" personagem.
Luto por um lugar ao sol,
pois na "Lua" já tenho.
Quero amanhecer
com um amor.
Pois dormir
com alguém
se torna tão pouco.
Sou simples,
sou bobo,
menino bobo.
Tento "reinventar-me"
na prosa poética.
Porque não deito,
quando não enxergo,
a perspectiva,
de um amor maior,
que uma longa noite.

Saindo da Terra - 8 nov


Acordo cansado,
como quem precisa
inventar "outro" sono,
para atingir os sonhos.
"KoiZas" da madrugada,
"KoiZas" da escuridão.
Faltas pontuais de medidas,
excessos de "educação".
E aí as "manhãs" matinais,
são em câmara lenta.
Respondo a estímulos,
de forma anorexa.
O telefone toca,
e eu que nunca sonhei,
em ser "bombeiro",
fui "escalado" na função.
Quarta ou sábado,
sexta ou domingo,
não existem diferenças,
no "peso" da angústia.
Quero meu tempo de volta.
Tenho bom "comportamento",
mas a "pena" não regride,
vou "fugir" deste planeta.

Buscas - 11 nov



Busco a terapia,
com meus anzóis.
Na esperança de fisgar,
"aquele peixe" voador.
E causar
um maremoto,
como um "Celacanto",
num terno e eterno luar.
Depois que descobri
que sou onda,
passei a ter medo
da "imensidão" do mar.
Sentado na "barca",
querendo trocar,
de travesseiro,
trocar de travessuras.

ABANDONO - 11 nov


Essa sensação
de abandono dói
Continua crônica,
numa crônica de vida.
Sou esquisito,
não "falo" de mim,
murmuro na presença,
escondendo-me nas sombras.
Não sou previsível,
nunca consegui ser.
Chego nos destinos
de forma "envergonhada".
Com medo
de invadir o que é meu.
Vou tentar ir
na terapia de amanha.

Maestro Milita 12-n0v


Meu Partido
é parte inteira
de uma atitude, 
de um sonho comum.
Somos parte de TUDO,
ao ter Opinião, Socialista,
e organizar ações
no trabalho, bairros e escolas.
Nossa "voz"
é o eco do grito,
das Lutas das minorias,
e do direito de amar.
Temos uns Limites,
que é o respeito
a Democracia Operária,
a elaboração coletiva.
Porque preferimos,
até errar juntos,
e aprender na experiência,
do que "acertar" sozinhos.
Não dependemos do estado,
que queremos derrubar.
Nos sustentamos cotizando,
a "suadeira" do prazer.
Nossas "asas" tremulam,
em vôos de Liberdade,
nas bandeiras e cartazes,
a "batuta" do maestro militante.

Wellington Rainho, cadê você




Se afastar mais de três dias do Face paga multa, e de mais a mais deixa o "trio de três" capenga a Lúcia Saldanha Caiaffo e a Lucia Rainho, vão virar dupla?

RESPOSTA às amigas LÚCIA(S):

Às vezes o “personagem” encolhe, ficando menor que o Sujeito Wellington. 
Nestes momentos, recolho-me, a minha real dimensão.
Fico quietinho, observando a movimentação na Praça do Face, as pessoas com suas roupas domingueiras, o comer pipoca, o vislumbrar possibilidades, o interpretar o desejo,  a vontade oculta, que a proteção da virtualidade permite.
Da mesma forma que podemos imaginar os hábitos e personalidade das pessoas através do seu lixo, podemos também através dos horários, frequencia e assuntos pertinentes de cada um. Eu dou pistas do meu EU,  com meus horários e poesias.
Às vezes vou comprar "cigarro", mesmo sem fumar, e sumo.
Mas não é porque estou escondido nas sombras, nos cantos, que vocês não possam chamar-me individualmente.
Inclusive prefiro papos a dois, do que em rodas grandes. Minha timidez é maior que meu eu.
Apesar de viver um momento de silencio, hibernação, continuo tendo asco e repudio a este desgoverno nosso.
A repercussão dos atentados da França, ecoam em nossos noticiários até hoje. Já a tragédia de Mariana, é colocada a conta gotas.
Uma tragédia ecologicamente falando, que matou o Rio Doce, e os cerca de 800 km de extensão de suas margens, aonde já chegou,  inundou os manguesais, matando a flora e fauna local. Expulsando também o morador trabalhador.
Certamente extinguindo algumas espécies, como uma tartaruga que se reproduzia no estuário do rio, num projeto de sobrevivência.
Serão mais de 20 anos para a vida voltar a dar sinais.
Ou seja, nós três (eu, Lúcia Rainho e Lúcia Saldanha Calaffo), provavelmente não veremos a ressuscitação.
Economicamente falando, a lama lambeu todos os projetos locais, as plantações, a pecuária, a agricultura familiar, a pesca, os pequenos comércios, as estradas, os lugares físicos, etc, etc…, deixando seu rastro por onde passou.
Pior que um Tsunami ou um Furacão, pois depois da tragédia, existe o local. No caso de Mariana, só existe lama. Não permite a reconstrução. Não permite o retorno, não permite o “mais uma vez”.
Uma cooperativa de mulheres, que fazia compotas de pimenta, num Projeto Piloto, e dava frutos fazendo escola, simplesmente evaporou-se. Ficou uma vaga lembrança e nenhuma certeza de que se realmente existiu.
Emocionalmente falando, além dos mortos e dos desaparecidos, que as famílias terão que aguardar 5 anos para terem seus familiares dados como mortos, paralisou a vida de todos que viviam Rio abaixo da barragem até o mar.
Sem água, sem trabalho, sem políticas públicas que deem uma luz no horizonte.
Como resposta a sociedade, Dilma multou a Mineradora em milhões, num Teatro para mostrar providencias.
Num pais aonde os ricos não recolhem impostos, imagine multas. De concreto falta água. Falta Água por todas as cidades e vilarejos ao longo do rio.
Hoje já falaram em “despoluir” a lama e dar para a população tomar. RIDÍCULO!!!
Falta água em SP e no Rio de Janeiro e os governos nada fazem a não ser aguardar São Pedro mandar chuva.
Porque não partem para a dessalinização do mar, paralelo a replantar as nascentes e margens dos rios.
Ficou provado que as grandes empresas operam como querem neste país, sem fiscais e regulamentação, aonde a comissão criada na Câmara de Deputados para apurar os fatos foi eleita com doações LEGAIS das mineradoras.
Isso além de IMORAL é ILEGAL.
FHC Privatizou a Vale do Rio Doce, que tem como objetivo ganhar dinheiro, independente do custo social, de vidas e ambiental. Sua ação é responsável direta por tudo que acontece agora. Alguém tem que vestir a carapuça.
Não da mais para ouvir nos noticiários que as Mineradoras são vítimas também.
Lula e o PT prostituíram uma geração, pagando-os para se calarem diante de uma negociata e roubalheira das riquezas nacionais. Fizeram do país um “Cabaré”, rifando os sonhos e expectativas de uma nação em negociatas de todos os tipos.
Ressuscitaram os mortos pela história e fizeram deles seus grandes aliados, Collor, Sarney, Renan, Temmer…
Tento sobreviver a uma dor profunda, a noites sem dormir, e a indignação vista nos noticiários.
O Timão foi campeão, Botafogo, Vitória e Santa Cruz subiram, o Vasco, Goiais e outros desceram. Todo mundo tem “um motivo” de alegria e tristeza, numa sociedade sem lideranças e projetos.
No meio a lama o Governo de São Paulo num ataque nunca visto na história deste país, PARIU a política de fechar escolas públicas, num projeto de ROUBAR mais verba da Educação.
A Juventude, apesar do PT, reage e ocupa até hoje mais de 100 escolas, reagindo a mais este ataque.
E eu, pequenininho, diante de tudo isto, nem hibernar consigo.
Preciso tocar flauta e assobiar as músicas do grande Gonzaguinha e cantarolar
...”eu acredito é nesta juventude, que não foge da raia a troco de nada”...
Comments
Lúcia Saldanha Caiaffo Kkkk pois é, sumiu sem deixar rastro...acho que arrumou uma namorada ciumenta kkkk

Lúcia Saldanha Caiaffo Deixa quieto, é nóis, xará!

Dupla boa,
Sertaneja?
desquitadas do varão,

despeitadas continuam
disputando uma peleja
bola vai, bola vem,
nada de gol
que falta faz
o amor do coração

Lúcia Saldanha Caiaffo Hahaha bem inspirada. Gostei!