segunda-feira, 30 de junho de 2014

ROTA DO PRAZER



Quero viajar

nas tuas curvas,

vencê-las,

uma a uma,

curva a curva,

sabendo que vou chegar

aonde não imagino.

Caminhos em círculos

me trazem de volta

a rota

do prazer.

 

MERGULHO




Quero te sentar no colo

e bordar uma história

de pé de ouvido.

 

Vou abrir sua blusa

e mergulhar nos seus seios

até encontrar teu coração.

 

Pegar seu quadril

num bale de desejo

direcionando a vontade.

 

Desbravando a fronteira

do se encontrar

na harmonia.

 

E num silencio em sincronia

dois olhares

sem pudor.

 

Se entregando

ao suor

da energia.

 

Num ato de busca,

de puro encontro,

nasce a poesia.

 

De dengo vais padecer,

nos seios,

vais ter prazer.

Vontade



Vivo a vontade,

de te perturbar,

de te cutucar,

de te abraçar,

a todo instante.

Mas vou me contendo,

dentro do impossível...

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A arte do silêncio





O eco das palavras

que saem da tua boca

aquece cada vez mais

a falta...

 

Palavras escritas

por mãos que não se veem,

que sabem talhar

o “inquestionável”.

 

Quando nos abrimos

fazemos poesias

e recebemos a arte,

do silêncio.

 

Passo meio que só,

ao frio e a seca,

as mobilizações,

as interrogações...

Protagonista



Como pode,


a rotina me emocionar? 


A vida recomeçar


a cada novo olhar?


 


Como pode,


o olfato me movimentar,


as cores me alegrar,


um abraço me desarrumar?


 


Como posso ser feliz


com o que tenho,


achando que meus amigos,


são especiais?


 


Posso podendo,


posso desejando,


posso fazendo-me


protagonista de meus sonhos.


 

Pura emoção



Você sussurra

e em poesia

e x p õ e

seus sentimentos,

entorpecendo a linguagem

da fala,

liberando a palavra

do coração.

Pois CADA UM de nós É FLOR.


Nossa vida,
nossa cultura,
termina na beleza
da maturidade.

Mas as flores
também envelhecem.
Perdem pétalas,
secam e morrem.

Deixam uma história
de exuberância,

de beleza,
uma história única.


Deixam um jardim

por trás delas,

servindo como adubo

da cor do exemplo.

 
Na maturidade

redefinimos verdades,

depurando desejos,

em flores...

 

 

 

 

Isto é tão verdade.



Me cansa

encontrar alguém,

para ouvir

algo sobre o outro.

 

Gosto de conversar,

poder falar do EU,

retribuir ouvindo

e dando atenção.

 

Perde-se oportunidades

de saborear a felicidade.

Viver é tão simples,

basta ser...

quinta-feira, 19 de junho de 2014

#vemprarua


 
Teclar,
claro que ajuda
é protesto,
é convocação,
é participação.
Mas a rua,
tem um gostinho,
de prazer.
De um sonho
banhado a adrenalina,
que leva
o carinhoso apelido
de LUTA.
Fazer história,
é fazer poesia,
é fazer amor
em grupo.
É gozar
na compreensão
da pura emoção.
É se organizar,
nas conquistas.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

MANIFESTAÇÕES




Enfrentamentos

se avolumam.

E corpos se roçam

num doce

vai e vem

de infinita procura.

São manifestações

a todo lado.

Expressões do momento,

de quem ama,

e se organiza,

na poesia do amanhã.

São corpos que procuram,

que marcham

com o instinto,

que gritam

que sussurram,

que gozam

na conspiração do prazer.

Nas ruas,

nas noites de luas,

manifestações

dos eternos apaixonados.

terça-feira, 10 de junho de 2014

SAUDADES


A distância é grande, do tamanho de uma grande lembrança, mas o coração busca os saudosos, os que partiram, e como em um desenho animado, PERMITE, dando soluções ao impossível, dando vida aos que se foram e perspectiva aos desejos antes cansados pela forte saudade.
Numa festa de um sonho, vivi momentos, em que minhas histórias se juntavam, numa mistura de experiências, do ontem e do hoje. Aonde o tempo cronológico não interferia, aonde a idade, não tinha rugas, aonde as vontades, determinam a direção.
(Medo) “pelos que virão" (faltar); ou pelo futuro aberto?; ou pelo que não bebemos?, ou medo pelo que nunca mais beberemos, pelo que derramou?
As possibilidades não me assustam, somente a falta delas. Quando a vida vence, temos histórias para contar, Helenas para embalar, novelas da vida real, em capítulos de 24hs.
Sendo o desejo, um ensaio do amor, fazer o que, senão libertar as alegrias e gemidos. desejar e amar o amanhã que nos acompanha, em pura sedução.

sábado, 7 de junho de 2014

METROVIARIOS-SP



O coro da indignação
esta em cada olhar,
nas ruas,
nas falas do dia a dia.
 
Separadamente junta
a "imprensa oficial"
tentam “criar” o clima
de clamor e união.
 
É COPA,
cade o patriotismo,
o verde e amarelo,
o sonho da vitória?
 
Esta nas lutas
nas greves,                    
nas buscas por leitos,
na perspectiva do poder.
 
Os HOSPITAIS calamitosos,
uma casa de terror,
fábrica de desesperanças,
de mortes e horror.
 
“COPA$” e DESVIO$
desgovernos que se seguem,
ignorando e espoliando
a CLASSE adormecida.
 
Com sonhos e nos tapas
enfrentando a opressão.
Nas trincheiras das ruas
fazendo REVOLUÇÃO.
 
 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Me abundo


 
Sento,

em qualquer lugar

para ver o céu,

gente passar,

o sol lentamente

sair de cena,

a lua chegar.

 

Sem apresentação

me abundo

num banquinho qualquer.

O vida passa

e meus monstros,

aos poucos,

tornam-se bichos de pelúcia.

 

A arte fervilha

no observar,

o silencio

da rotina barulhenta.

Sentimo-nos vivos,

rompendo barreiras

escutando o coração.

 

Ouço o murmurinho

dos outros

e me vejo em todos.

O ser humano

é igualmente frágil.

Buscam por flores

que estão a seus pés.

 

O instrumento da fala

tão pouco usado.

Resolve situações,

salva relações.

Me perco,

dialogando o outro,

logo eu, que falo tanto...

 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Lutar sempre






"Ninguém" se importa.

A morte

virou banalidade,

mera estatística.

 

Num mundo

em que não se escuta

não se percebe motivos,

não se percebe a vida.

 

Onde o instinto

de sobreviver

superou o desejo

de viver.

 

Abraços

são formalidades,

aonde a atenção

só rola conectado.

 

Sinto falta de você, poesia.

Lutar sempre

para beber do vinho,

para beber o amor.
 
 

Eco



Nossas palavras


se encontraram


em um caso de @mor,


cada vez que ficam juntas...


 


Minhas palavras


e seu silencio


tem um caso de @mor,


cada vez que ficam juntas...


 


Meu silencio


e seu silencio


vivem a falta de @mor,


cada vez que fazem eco.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

ON LINE


 
@s P@l@vr@s

têm textur@,

e temper@tur@ própri@.

Cont@m desde

históri@s de princes@s

@ @mores impossíveis.

 

Expõem o eu,

o di@ @ di@

e os desejos.

e @tr@em,

como @tr@em...,

Nos f@zem gente.

 

@ escolh@ do momento

foi verb@l,

m@s nem por isto

nosso encontro

n@o foi rode@do

de puro suspense.

 

De muit@ lu@,

do irm@o sol,

de di@s chuvosos,

de sonhos troc@dos

de boc@s on-line-mente

e @rdentemente @bertas...

 

O outro p@sso é opç@o.

@ procur@

ou @ n@o procur@ físic@.

Vive-se um@ vid@

com ou sem,

@usênci@ de culp@, de perd@.