segunda-feira, 29 de junho de 2015

A força do sobrenome Rainho


Wellington Faz muitos anos, quando seu bisavô era Presidente Perpétuo do Liceu Literário Português, participei de aulas de teatro dadas por um genial português Simões Coelho, que me deu uma explicação que até mhoje (estou com 91) não a li em qualquer lugar. Simões Coelho apontou meu nome (completo Alfredo Rainho (materno)da Silva Neves(paterno)) e explicou: o "Rainho" é o mais forte dos seus nomes, pois tem o "i" e "i" tônico. No Itamaraty eu e meu irmão Octavio tinhamos como nome de guerra o Rainho. Passei a obsrvar, uma vez que no Brasil onde não é costumeiro o uso do último sobrenome (o paterno), mas o nome mais original ou fora do comum, sempre em que num dos nomes (nome e sobrenomes) figura um com o "i" esse vira predominante (Getulio, Dilma, Ulisses -- Guimarães, etc.) como se pode verificar com muitos políticos, para não falar em personalidades interenacionais como Nixon, Mussolini, Hitler, etc. Gostaria de seu comentário.
  • Você, Lucia Rainho MartinGisela Rainho e LucaseDaia Rainho curtiram isso.
  • Wellington Rainho Oi Alfredo
    Tem lembranças que ficam, marcam. Ainda mais quando são interessantes, quando veem de alguém que a gente admira, como foi seu professor.
    Nunca tive este "problema", afinal o pai, por ter um nome longo, como todos vocês, Ronaldo Rainho da Silva Carneiro, resolveu “inovar”, nos tirando até o nome materno, GREBER.
    Meu nome ficou Wellington Rainho, alguém filho de pai “solteiro” rsss.
    Como o pai e o vô eram Rainhos, sempre fui chamado de Wellington. Em alguns poucos lugares de RAINHO.
    Ou como nome composto, aí trazendo os dois juntos.
    Meu irmão, foi a mesma coisa. Também seu nome é diferenciado, Wayman Rainho. Sempre foi Wayman ou Wayman Rainho.
    Mas tenho um orgulho, uma ligação meia umbilical, de nossa família. O José, meu avô, com quem era muito ligado, trabalhava no Liceu Literário Português a noite, e eu sempre o acompanhava no trabalho. 
    Então ouvia histórias, de meu avô e do tio Otacílio (que tbm sempre estava por lá) o tempo todo.
    Viajava no tempo, em meio ao mobiliário, as peças de arte, a poeira das possibilidades e dos sonhos, de uma época que não vivi.
    O silêncio e a pompa alimentavam a imaginação. Meu avô nunca parava de falar, contando histórias e mais histórias.
    Visitei o mosteiro da Penha, o sítio, e suas recordações, tornaram-se minhas recordações.
    Imaginava a Loja da Família, "J. Rainho e Cia", e histórias engraçadas de seu funcionamento. Histórias do Comendador.
    Tenho um diploma da participação da mesma na Feira de NYC de 1929 que a firma recebeu. Virou um quadro no corredor de minha casa.
    Andei pelo Ginastico Português, a biblioteca do Real Gabinete Português de Leitura entre outras instituições Luso Brasileiras.
    Em todos os lugares apresentado como Rainho.
    Acabou que também trabalhei na Biblioteca do Liceu por dois anos. Mas circulava pela escola durante o dia também. Tudo fazia parte de mim.
    Aí foliei os livros de presença (da biblioteca) antigos. Identifiquei a assinatura de vocês todos. Encontrei fotos, recortes de jornais, etc.
    Ainda ouvia histórias de portugueses mais velhos, que sempre me chamavam com carinho para papear.
    O Comendador Pizarro Loureiro, Pedro Calmon entre outros.
    Organizei dois festivais Folclóricos lá. Que foram um sucesso.
    Fiz projeto para a construção de um teatro (que nunca saiu), consegui a sessão de uma área interna na Prefeitura, Inaugurei a Rua Comendador Rainho, com projeto do Vereador a época Clemir Ramos.
    Nem a vinda para Brasília me afastou de lá. Toda vez que vou ao Rio, visito a instituição, Senador Dantas 118.
    A dois anos atrás levei livros doados por minha prima Anne, filha de Roberto Rainho, após o falecimento de seu esposo Edgar.. Sou amigo de Abílio, torcedor do América, hoje administrador da instituição, desde a época que ele entrou como boy. Um acervo vivo de tudo que acontece ali..
    Enfim, sou um RAINHO, apelidado de Wellington, mas um Rainho.
    Beijo grande.

          

                 Meu pai, Ronaldo Rainho, 82 anos com meu caçula Breno Rainho, 18 anos.

domingo, 28 de junho de 2015

Dormência



    A dormência
    toma conta
    de mim.
    Vivo a contradição...
    de "ter"
    que levantar-me.

    Movimentar-me,
    para poder
    voltar a deitar no quarto.
    Dizem que existem
    locais específicos
    para cada "koiza".
    Eu só queria poder
    dormir no mesmo
    sonho que você.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

“Oh-Brigado”






Às vezes

a ligação cai,

como hoje.

De nada

ficamos mudos.


 
Não é por desejo,

nem por 'má' intenção.

Mas acontece

e acontece.

Na 'linha' desilusão.



Na vida

descobri uma coisa,

o prazer

não vem

do reconhecimento do outro.

 

Não vem

dos resultados,

mas sim do instante,

do momento solitário,

de uma vontade.

 

Um afago,

um instante de carinho,

um resgatar a intimidade,

que já houve,

seria tudo de bom...

 

Pouco acontece

pois e tão difícil

este encaixe

da vontade

com a realidade.


A poesia

do viver,

é fruto

do cotidiano.

Não um prato “especial”.

 

Aprenda a fazer

do seu “presente”

uma lembrança gostosa,

de suas escolhas,

um instante de criação.

 

Abandonar a intenção

deixando-a numa gaveta

ou em cima de algo,

ensacada,

é viver a dor.

 

De continuidade

a sua ação.

Entregue o “telefone”,

se puder com um bombom,

para adocicar o “alô”.

 

Plagiando meu amigo

...um telefone é muito pouco,

pra quem ama como louco...”

Resgate aos poucos

as ligações interrompidas.

 

Obrigado por resistir ao silêncio.

Revista suas ilusões,

em atitudes.

Recomece como os dias,

simplesmente amanhecendo.