"Pois é, vc sabe que depois que o André nasceu virei mãe solteira de 2 filhos né? Meus 2 filhos, Lúcio e André, vivem brigando para jogar no pc, às vezes se torna hilário. Acaba sobrando para mim que tenho que ceder o meu para o Lúcio, para acabar com a briga.Beijos!!! "
As vezes é importante ceder Ana.
Deixar que os dois disputem e brinquem nos PCs.
Mas às vezes é tão importante quanto o ceder, o não ceder.
Tem momentos que a gente tem que se permitir, e disputar nosso espaço
Afinal é diferente ser mãe solteira, de que ser mãe e pai.
É diferente ser amiga de alguém, do que ter que cuidar de um companheiro doente.
Sua tarefa é árdua e difícil.
Mas me lembro de uma história de uma figura espetacular que conheci.
Vou te contar.
Tinha uma amiga chamada MARTA BAGIO.
Ela saiu de casa muito cedo
E acabou se envolvendo com um farmacêutico bem mais velho, por acaso e necessidade.
Porém nasceram 3 filhos da relação.
Ela se sentia a última das pessoas, por não ter opção de correr atrás de seus sonhos.
Nova e bonita, com três filhos com um homem que não desejava ou amava.
Era infeliz. Se sentia infeliz.
Pensava e desejava morrer.
Imaginava sempre diversas maneiras de sucumbir à vida.
Até que um dia por acaso, na farmácia de manipulação, deparou-se com um vidro de veneno.
Sem que ninguém visse, o escondeu por entre as roupas.
Com medo de ser questionada.
Foi para casa e o alojou no fundo do armário, pensando em qual seria o momento de
tomá-lo, de acabar com esta “vida sem prazeres”.
Estava delineada a ação.
Faltava a definição do momento.
Então todo dia de manha, antes de seguir para a “tal rotina infernal” da farmácia ao lado do “maridão” ela se questionava se queria continuar vivendo.
A partir daquele momento ela tinha a decisão de seu futuro nas mãos diariamente.
Questionava dia a dia.
A opção era sua.
Então as pequenas coisas da rotina, que antes ela não percebia, como a magia das cores, dos momentos simples, a apresentaram a um mundo novo.
E os anos foram passando, seus filhos crescendo, o horizonte abrindo...
E quando conheci esta figura, posso te dizer, foi maravilho a descoberta.
Cada dia era “o dia”.
O sorriso forte sempre rasgava o momento, com a intensidade e voracidade de um amanhecer.
Da dificuldade, da falta de oportunidade, surgiu uma figura, meio rústica, sensível, e enigmática.
A vida é assim.
Creio que o seu dia a dia Ana, não é o que você queria.
Mas, apesar de muito pouco te conhecer, sinto-te como uma árvore que enraíza, e que logo logo será forte, robusta e frondosa.
Você consegue ser crítica da situação, isto é bastante.
Saber o que acontece é o começo de tudo.
Forte beijo, você tem um amigo.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
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Um comentário:
Valeu, Wellington Rainho!!!
Obrigado pela crônica.
Beijos na família.
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