Volto a cidade que abrigou as maiores
manifestações de indignação e enfrentamento popular em 2013.
Aqui cada ação tem troco, tem reação,
sentimento e organização.
Venho atrás de rock and rool, de Rock in Rio
com Breno, meu filhote.
O calor incomoda, transcende o permitível.
Bem vindo à cidade calientemente maravilhosa.
Isto é Rio de Janeiro.
Nas noites, às luzes e o murmurinho dos corpos
alimentam as possibilidades de cada procura.
O Rio é um "EU" estimulado
emocionalmente. É reflexo de poesia, é pura transpiração.
A cidade do rock deveria se chamar cidade do
swing, pois os ritmos misturam-se, permitem-se de forma harmoniosa, prazerosa.
Escorregam em busca...
A música, o movimento, é realmente a procura
de cada um, de cada tribo.
Detalhes, como a pequena e emocionante
aparição de Maria Gadu no show de Alicia Keys, ou na homenagem de Dinho Ouro
Preto, do Capital Inicial, a Chorão do Charli Brown Jr.; bem como a leitura da
conjuntura, usando o nariz de palhaço como negação ao ato de ser massa de
manobra, “mané”, como afirmação de que o movimento esta vivo e que conhece o
caminho das ruas...
Cadê o Amarildo?
O maior show, o grande artista da noite,
realmente foi a participação popular, com seus detalhes, no transbordar
alegria, energia e disposição.
Uma noite sempre é pouca para uma juventude conspirativamente
apaixonada. Uma juventude de luta.
Atingir a cumplicidade não é simples, a
entrega no bale da procura, os movimentos dispersamente sincronizados, fazem
parte de uma conquista construída.
O prazer é arte&manha do viver.
Artista e arte se confundem no ato do prazer.