segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Mas cadê o Amarildo?

Volto a cidade que abrigou as maiores manifestações de indignação e enfrentamento popular em 2013.
Aqui cada ação tem troco, tem reação, sentimento e organização.
Venho atrás de rock and rool, de Rock in Rio com Breno, meu filhote.
O calor incomoda, transcende o permitível.
Bem vindo à cidade calientemente maravilhosa.
Isto é Rio de Janeiro.
Nas noites, às luzes e o murmurinho dos corpos alimentam as possibilidades de cada procura.
O Rio é um "EU" estimulado emocionalmente. É reflexo de poesia, é pura transpiração.
A cidade do rock deveria se chamar cidade do swing, pois os ritmos misturam-se, permitem-se de forma harmoniosa, prazerosa. Escorregam em busca...
A música, o movimento, é realmente a procura de cada um, de cada tribo.
Detalhes, como a pequena e emocionante aparição de Maria Gadu no show de Alicia Keys, ou na homenagem de Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, a Chorão do Charli Brown Jr.; bem como a leitura da conjuntura, usando o nariz de palhaço como negação ao ato de ser massa de manobra, “mané”, como afirmação de que o movimento esta vivo e que conhece o caminho das ruas...
Cadê o Amarildo?
O maior show, o grande artista da noite, realmente foi a participação popular, com seus detalhes, no transbordar alegria, energia e disposição.
Uma noite sempre é pouca para uma juventude conspirativamente apaixonada. Uma juventude de luta.
Atingir a cumplicidade não é simples, a entrega no bale da procura, os movimentos dispersamente sincronizados, fazem parte de uma conquista construída.
O prazer é arte&manha do viver.
Artista e arte se confundem no ato do prazer.



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