domingo, 31 de agosto de 2014

"OPINIÃO SOCIALISTA"


“Opinião Socialista”

 

Levantamos bandeiras

espanamos poeiras

desbravamos porteiras

alegramos canseiras...

 

Somos a fileira

das buscas,

o partido do parto

do socialismo.

 

E no mundo das cores

elegemos o vermelho

da fome do beijo,

da busca e paixão.

 

Na ponta dos dedos,

no movimento das lutas,

rompemos a “ordem”

buscando o desejo.

 

E no equilíbrio

do amor,

carregamos a rebeldia

e toda alegria.

 

As mãos cerradas,

operadas na classe,

acariciam o corpo

da imaginação.

 

As rosas rubras,

se abrem sem medo,

nossa organização

é perfume, é orgasmo...

 

Somos aqueles

que brotam nos piquetes

de cada amanhecer,

com “Opinião Socialista”.

"FERRAMENTA do TEMPO"


“FERRAMENTA do TEMPO”

 

Sou de um tempo

que nossos velhos

eram jovens.                               Que recomendava-se

                                                   desejar baixo,

                                                   sonhar baixo, abaixar-se...

Que a força

da opressão

castrava a pretensão.                    Que o programa,

                                                    era mínimo,

                                                    mas a busca era máxima.

Distintas gerações,

artes e canções,

a convergir em luta.                     Jovens em Convergência (Socialista)

                                                    ocupando o silêncio

                                                    de escolas, fábricas e esquinas.

Na busca por liberdade

queimamos desigualdades

derrubamos a ditadura.                  Construímos apoios

                                                      formamos militantes

                                                      internalizamos a ação.

Vencemos uma etapa,

de corrente a partido,

PST-Unificado.                              E lutamos,

                                                       e formamo-nos

                                                       contra a Frente Popular.

Amadurecemos nas lutas,                                

nos Sindicatos,

na trincheira ConLutas.                   Com o elixir da inquietude,

                                                        próprio da juventude,

                                                        procriamo-nos nas ações.

São vinte anos

de lutas e sonhos,

num grito de poesia.                       De Norte a Sul,

                                                       de Leste a Oeste

                                                       uma só voz.

Somos soldados

da história,

artesões de vitórias.                          Me arrepio

                                                         com a juventude

                                                         de nossos velhos.

Me emociono

com a experiência      

de nossa juventude.                          Somos o PSTU,

                                                         ferramenta de peão,

                                                         explosão em paixão.

"QUANDO o TEMPO FECHOU, a LUA ANDOU e FICOU CONOSCO."


“Quando o tempo fechou, a lua andou e ficou conosco.”

 

Afinal a tarefa desta vez é “outro” desafio. Bem diferente.

Minha vida foi construída com atos de prazer, com buscas, com sonhos socializados, com camaradagem.

Desta vez, porem, o PARTIDO me pede para escrever não sobre política, sobre conjuntura, sobre lutas e perspectivas, mas sobre seus 20 anos de história.

Logo eu, que não venho da academia, que não reconheço as regras de uma monografia, que fui incentivado a não respeitar as “margens” sociais, terei que ater-me ao espaço entrelinhas de 1.5, com todas as margens de 3, com o limite de falar somente em uma página, sem choro, nem lágrimas, só com emoção...

E eu, que aprendi a falar o não dito, aprendi a reconhecer a erupção das contradições, a ouvir os corações, a sentir no vento, o arrepio das entrelinhas..., vou “limitar-me” a uma história, sem limites...

Mas vamos fazer, vamos tentar contar esta história. Afinal, o que me solicitam é falar de uma paixão, a paixão de um sonho, chamado socialismo. De vozes, que em coro, carregam a harmonia, a vocalização de um ensaio, mas de um ensaio político, do Oiapoque ao Chuí.

Somos mestiços de poesia, na mulatice de nossos brancos, na obstinação da negritude, na arte dos caboclos emamelucos, no grito de guerra indígena, no sorriso cafuso, na sabedoria oriental, no desejo latente de amar, sem fronteiras e preconceitos, mas seguindo o instinto do desejo, da busca do toque, do prazer.  

Falo de mim e de tantos outros camaradas que não poderiam contar suas vidas, sem falar no partido. Das bandeiras e amores que carregamos, que tremulamos na “rotina” do gozo. Falo dos filhos, dos netos, de uma geração. Não somos mais só juventude, mesclamos a graça, a sensualidade e o charme de nossos cabelos brancos, de fortes amores vividos, da saudade de alguns que se foram e de outros brutamente assassinados.

Em cada atividade pública ou festividade que fazemos, o reencontrar com camaradas afastados, fortifica nossa luta. São olhares de carinho, de admiração, de saudades de um tempo, que nunca passou na vida deles. São depoimentos que qualificam “a” experiência vivida na militância, como uma referencia que carregam em suas vidas. É um orgulho em poder afirmar que construíram este projeto, o PSTU.

Que apesar de “distantes” fisicamente, estão próximos na política, nas esquinas, nas escolas, no face, nas manifestações, nos enfrentamentos, na luta pela construção do PARTIDO.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

AMIGO da PROCURA



Tenho o coração,

corpo e alma vermelha,

carinhosamente vermelha.

 

Adoro carinhos toques e dengos

sou bem menino,

amigo da procura.

 

Brinco de felicidade

ando de mãos dadas

com quem sorri pra vida.

 

Gosto do fogo,

de luz de velas,

da intimidade.

 

A proximidade

cria magia

decorando a emoção.

 

Faz da cumplicidade prazer,

dando voz

e tato ao olhar.

 

Te achei em meio a rosas,

seus espinhos

me unham a solidão.

REVOLUÇÃO em TRANSITO


 
Preciso fazer

uma revolução

no meu sentir.

 

Quero te ter

descabeladamente amada,

avidamente ousada.

 

Para  construirmos

algo sem nome,

de sobrenome sentimento.

 

Passar por cima do frio

num rolar quente

de corpos em transito.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

BANHANDO o DESEJO

Sua boca
rouba a cena
como atriz principal.

                                                 É o palco
                                                 de meu banho
                                                 molhado.

São olhos nos olhos,
enquanto as mãos
procuram os bolsos...

                                                Tornam-se “coadjuvantes”
                                                contracenando com os olhos
                                                de nossos poros.

Perigo afogarmo-nos
na forte correnteza
dos soltos desejos.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

EM VOOS...


Na intimidade

do voo

do beija flor,

plaino em êxtase...

 

Na intensidade

do voo

a uma flor,

desabrocho em emoção. 

 

Na visita

do voo

a seus seios,

arrepio a alma.

 

Na descoberta

de voos

“doce-licados”

sintonizo o prazer.