quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sem terapeuta

Vivo em uma terapia
sem terapeuta.
Com o instinto aflorado,
suando nas percepções,
com grandes emoções.
Caço alegrias e amores.
Sou tristezas e perdas.
Tudo vem de forma forte,
intensa, bolindo comigo.
Vivo a contradição
de não terminar
uma sessão de análise.
De não retornar a vida,
após o fim do horário.
Consumo um sorriso choroso.
Fica impossível
o relacionamento comigo.
Sofro de ser "sencível" demais.
Pouco me vejo
em meio ao tudo.
Respiro fundo,
olho ao longe
e espero por alguém,
que não chega.
Vontade de dividir um beijo,
um amor,
carícias eternas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Gosto muito de seus textos.Por isso
os comento.Quero ter o cuidado de não ultrapassar limites,pois o que tenho,são,NA VERDADE,PALAVRAS.Seu
"tom" é visivelmente confessional,
HÁ alguém deizendo-se ou tentando
dizer-se.E você "fala" em amigos,
às vezes presemtes,outras,ausentes.
Com quem fica"impossível o relacio-
namento COMIGO(gr.meu)?Com outros ou com VOCÊ mesmo?VOCÊ sabe que MUITOS E MUITOS "esperam alguém"?Pa
rece,por outros poemas, que os al
guéns CHEGAM...Bem,DEPOIS,é com a
gente e com a vida..."carícias eternas".Talvez o eterno não seja
uma duração necessariamente TEMPO -
RAL/CONCRETA.ETERNO é o que é VIVI-
DO com VERDADE,é o que nos OBRIGA a
ir adiante,a vencer nossas incerte-
zas,a tentar e tentar e tentar mais
um dia,e outro e outro,um de cada
vez...O resto,sr.W.,talvez sejam
lindas,lindas fantasias...
FELICIDADES!
PS.Perdoe-me,mas não consigo entrar com minha senha.Então serei
ANÔNIMO(DOMENICA).Vexame,não?