sábado, 30 de março de 2013

Então ta!!!


Às vezes,
a gente ouve.
Às vezes,
ficamos surdos.

Mas os sentidos
nos permite
fazer opções,
para prosseguir...

A vida é simples,
bela e curta.
Pequena são 
algumas decisões tomadas.

Então ta!!!
Fica combinado,
TUDO aquilo,
que nunca foi dito.

Pois na fala,
ouvimos
o medo
das diferenças.

E no silencio,
percebemos
a ternura
do TUDO, que é igual.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Contrabandeando emoções


Desejo dividir
pequenos
e grandes sorrisos,
chororôs, 
o corpo...
Sou assim,
meu silêncio
é timidez.

Não cresci
em meio a cenas
de carinho e desejo.
Declarações de afeto.
Então luto
com a falta,
recluso
na expectativa.

O que me excita,
é a cumplicidade.
Nunca procurei
jóias prontas,
garimpo atitudes,
olhares e ações.
Busco
longos abraços.

Amo o viver,
o prazer do perceber...
Mas a vida é assim,
caminhamos cercados
por limites invisíveis.
Rompe-los,
é contrabandear
longos beijos. 

TUDO


Sonhei,
por DOIS.
Dois últimos dias,
com você,
de toalha,
descalçamente leve!!!
Sensualmente fogo.

Então,
na sincronia
do desejo
bailei no calor
de suas costas.
Roubando-te um beijo,
vivo, em parafuso.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Enluarar


São flores,
marcadas em cor
pelo desejo
outono.

Conheci o vão
e quero transpor,
a fenda
que alimenta a fuga.

E no improviso
sem motivo,
vamos enluarar,
a madrugada.

Somos apenas
o medo de ir embora.
Venha voar
em poesia.


domingo, 17 de março de 2013

Verbo


Eu Abraço...

Tu Ignora...

Ele Espera...

Nós Reverberamos...

Vós Facebookiais...

Eles Curtem...

Rumo a Estação Sem-sanção


Falamos... ,
e a mesma língua,
que lambe
e arrepia,
e nos cala.
Literalmente
nada é literatura,
criatura.
Esculpo sentimentos,
dou forma,
fugindo do abstrato.
Mas artistas e poetas
não tem bússola,
e se perdem
na multidão;
e na solidão.
Saudades das cartas,
que na demora
dos correios,
alimentavam.
Amanha,
aqui no Rio,
pegarei o metro...

Foi + um final de semana


Faltaram bancos
cadeiras, esteiras,
praças...

Faltaram flores,
cantos e canteiros
para florescer.

Tentei voar
mas a Varig
parou de operar.

Senti-me ilhado
só,
no desejo.

Foi um final...,
de semana.
O amanha alimenta...

Ficaremos juntos
em qualquer lugar
e de qualquer jeito.

sábado, 16 de março de 2013

80 anos do pai


Domingo passado sai de casa ao final da tarde. Fui a orla esperar o entardecer. Lindo demais.
Sentei em uma gostosa sombra, ao lado de duas senhoras e um casal com uma menininha de uns 6 ou 7 anos que dava suas primeiras voltas de patins.
Os movimentos e questionamentos de uma criança são sempre tão leves e graciosos.
Os poucos comentários e o silencio de contemplação das senhoras tão sábios e prazerosos.
E eu ali, no meio de TUDO.
Porque “o tudo” era ali.
Era gente pra lá, gente pra cá. De bicicleta, skate, andando, namorando, conversando, conspirando...com a vida.  Fazendo do trivial, um momento de grande prazer.
Senti “diversas” saudades.
Falta de pessoas que por ali comigo passaram.
Falta de pessoas que por outros locais comigo passaram.
Falta de pessoas que por ali comigo passarão.
Vivo  bem com meu passado, vivo tranquilo meu presente, desejo muito o “abraço” do amanha.
E aí o “farol da ilha” se ascendeu, como na música de Marina.
Um marco da rebeldia. Do explorar “a” madrugada !!!!!!
Lindo !!!!!!
A noite chegava aos poucos. As luzes se ascendiam.
A lua dava sua graça, e começava a reinar.
Volto pra casa de meu pai, que é em frente a praia.
O vejo “aprisionado”, mesmo com as portas e janelas abertas. Com o telefone funcionando, com o celular na cabeceira.
Com possibilidade de ir e vir.  Com a afirmação do médico de que os exames estão ótimos, que são de garoto.
Aparentemente a  sua idade e as limitações implícitas a ela o bloqueia.
Fala e espera a morte, como se  esta fosse sua única opção ao acordar de cada dia.
Realmente seu corpo apresenta sinais de esgotamento, como falta de ar, dores na perna, manchas pelo corpo, tontura...
Um tanto depressão, outro sintomas reais.
Isto é certo, pois o corpo é concreto, e cada um tem o seu tempo. Mas o que me choca e incomoda é a impossibilidade do diálogo.
Não sou capaz de estimular meu velho a ir a um cinema, uma de suas paixões. Ou a um passeio pela orla. Ou a voltar a ler o jornal.
Ou a ir atrás de uma guloseima específica.
Nem a fase oral o motiva.
Começa a esquecer as coisas, a repetir histórias, e a ter medo do futuro quando esta com consciência de seu esquecimento. 
A cama, os olhos fechados, e a música alta são sua rotina.
O isolamento total.
Hoje preparamos um jantar cedo, programado para às 19 hs, na casa de minha prima.
Meu pai acabou de me chamar afirmando que não tem condições de ir, por “estar febril”.
Vou a janela e avisto o mar. Um céu convidativo. Uma vida para chupar, como picolé, com grandes lambidas.
Vai entardecer, para uns, uma poesia.
Para outros o fim de um dia.

sábado, 9 de março de 2013

Nos abraços


Do clássico,
ao ser despojada.
E aí andas com a blusa
sem botões.

Talvez ao acaso, 
talvez de proposito. 
Aí lambo o desejo
de te tocar, 

Te abraçar por dentro
do vestuário.
Arrepiando a alma
de nós, ligeiramente vivos.

Às vezes primo, 
outras poeta.
Nos abraços
seu homem feminino. 

sábado, 2 de março de 2013

Abraço


Então pensei,
ou sei desejo,
que te vi.

Abri os braços,
talvez a boca,
o coração.

Quero você,
braço, abraço,
nos braços...

Quero você
ternamente
e interna-mente.

Quero você
intensamente
em mim.

Quero viver
no que apelidaram
de um abraço.

Gosto de praia


“Gosto do seu jeito de escrever embora essa coisa de saudade não seja muito a minha praia! :D Kisssssssssssssssss" – Valéria L

Gosto de praia, mas quem não gosta? Acho que todo mundo curte. Uns reclamam do sol a pique, mas tem a opção de horários mais amenos, de protetor solar... Reclamam também de quando esta muito cheia, com mar bravo, ou sem onda, ou sem sol, ou com chuva... Reclamar “faz parte”, como diria o BamBam do BBB rsss.
Cada um tem sua praia.
Como cada um tem suas saudades, e seu jeito de se relacionar com elas. Ainda bem, né!!!! E como em um grande pacto universal, percebemos,  respeitamos, cantamos, lemos o tempo e a forma das “saudades”.