quarta-feira, 24 de junho de 2015

Tentando dormir...


Aqui o frio realça a sensação de estarmos só.
E meio como instinto, me encolho, como um feto, na proteção da barriga do cobertor.
A noite é longa, para quem a frequenta.
Também dei folga para os carneirinhos, pois conto as faltas, os silêncios do próximo, os desejos interrompidos e as vontades de me entregar.
Ai vou me esquecendo, da sensação do frio, pois parece que um vulcão adormecido acorda, numa erupção lenta, e aquece meus sonhos, meu eu, causando uma certeza, de que dou conta, se as necessidades, forem só as minhas.
Me alenta, mensagens como a sua, que relembram que não estou só, e outras poucas trocas de palavras com cobertura do mel da vida, de pequenas atenções.
Ai acordo.
Nem sei o que sinto, se e medo ou receio de enfrentar este ar gelado, que invadira meu corpo por inteiro, e me tirara do útero de minha cama.
Rodo os olhos pelo quarto, e confirmo o tempo. Não tenho mais brinquedos por ali...
Saudade do beijo de bom dia, do abraço apertado sem hora de terminar. 
Do cafe quentinho acompanhado.

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