sábado, 25 de julho de 2015

Segredo (meu)



Não te escrevi,
com o medo,
de menino.
Do importunar.

Com medo
de me afogar
em braçadas
no seu mar.

Respeito o medo
quando enfrento
as ondas atraentes
do desejo.

Sem cerimônia
você fala e embala
o bater do meu olhar
Verde no azul do querer

Te encontro nas lutas,
das largas minorias,
na opção de gênero,
das nossas madrugadas.

Vou te despir,
tirar sua blusa,
que é presente,
do seu cheiro.

Segredo frágil,
que não resistirá,
a emoção
do te abraçar.

Aos beijos sem bordas
pra me segurar.
Certeza que a magia,
"negra" aconteceu.

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