Amanha começa a primavera,
serão quatro meses
de cores.
de passarinhar,
de expectativas.
A magia
não se dara
pela quantidade do tempo,
mas pela intensidade
de cada momento.
O parto
de cada flor
trará sorrisos de vida.
A passagem do vento,
o murmurim das festas,
os arrepios próprios da puberdade.
Estas mudanças
sinalizarão o verão,
com seu calor
e fervor.
Enquanto puder
prorrogue o dia,
a noite,
o instante do gozo.
Atrás de cada sombra
existe um universo
que nunca vi ou visitei.
Fica o brilho do convite,
que enquanto pude
evitei, prorroguei.
Mas é primavera
e este cheiro de mudança
arrepiadamente sentido
será inevitavelmente vivido.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
...perda da fantasia.
Ignoro meus sintomas,
não dando peso a eles,
pensando que não são importantes.
Mas aos poucos
vivo o susto,
por um choro descontrolado,
que tem cara,
tem corpo
e parece com o desespero.
Eu já tenho
os mecanismos de defesa,
mas me recuso a usa-los.
Me repito,
até no fazer diferente,
em atos iguais.
Tenho tanto medo
de não sair disto.
Tenho tanto mais medo
de conseguir sair.
O que perderei
com a mudança?
Que medo é este
que me deixa ser vencido,
nos meus desejos.
Minha dor
é a perda da fantasia
nesta dura realidade.
não dando peso a eles,
pensando que não são importantes.
Mas aos poucos
vivo o susto,
por um choro descontrolado,
que tem cara,
tem corpo
e parece com o desespero.
Eu já tenho
os mecanismos de defesa,
mas me recuso a usa-los.
Me repito,
até no fazer diferente,
em atos iguais.
Tenho tanto medo
de não sair disto.
Tenho tanto mais medo
de conseguir sair.
O que perderei
com a mudança?
Que medo é este
que me deixa ser vencido,
nos meus desejos.
Minha dor
é a perda da fantasia
nesta dura realidade.
domingo, 20 de setembro de 2009
Bom dia vida
Me senti parado no tempo
ao rever uma amiga.
Ela construiu uma vida,
a partir de um sonho,
em fevereiro estréia um novo espetáculo.
Fiquei vivendo o orgulho
de falar a língua do subjetivo.
Achar que entendia
das dores dos outros,
das minhas dores.
Vivi o subjetivo
a vida .com.br
Cheguei a beber mentiras,
me entorpecendo na maturidade
imatura dos adultos.
Hoje me encontrei
na vida de enganos,
rodeada de preconceitos.
Tenho demandas.
Quero buscá-las.
Uma paixão
não será solução,
pois os beijos e toques
se fazem pontuais,
e meu dia a dia
é longo.
Quero um amor.
Tenho que ceder
para avançar.
Abro mao de parte de minha liberdade
para ser livre.
A marola da vida
me transportam a uma distancia.
Meus sonhos e desejos
me transportam a todo amanhecer.
Bom dia vida.
ao rever uma amiga.
Ela construiu uma vida,
a partir de um sonho,
em fevereiro estréia um novo espetáculo.
Fiquei vivendo o orgulho
de falar a língua do subjetivo.
Achar que entendia
das dores dos outros,
das minhas dores.
Vivi o subjetivo
a vida .com.br
Cheguei a beber mentiras,
me entorpecendo na maturidade
imatura dos adultos.
Hoje me encontrei
na vida de enganos,
rodeada de preconceitos.
Tenho demandas.
Quero buscá-las.
Uma paixão
não será solução,
pois os beijos e toques
se fazem pontuais,
e meu dia a dia
é longo.
Quero um amor.
Tenho que ceder
para avançar.
Abro mao de parte de minha liberdade
para ser livre.
A marola da vida
me transportam a uma distancia.
Meus sonhos e desejos
me transportam a todo amanhecer.
Bom dia vida.
sábado, 19 de setembro de 2009
Busca do Mel
Levo-me
no meio da multidão.
As vezes de forma solta
Em outras acorrentado.
Quando sobro
naquilo que sinto
o silencio
pesa.
Fico horas
falando do nada, e
de sentimentos transparentes, e
de sentimentos opacos.
Sou um ser afoito
na captura
de suas abelhas,
na busca do mel.
Meu ato é o ousar
meu toque o lambuzar.
Meus limites
estão fora de mim.
no meio da multidão.
As vezes de forma solta
Em outras acorrentado.
Quando sobro
naquilo que sinto
o silencio
pesa.
Fico horas
falando do nada, e
de sentimentos transparentes, e
de sentimentos opacos.
Sou um ser afoito
na captura
de suas abelhas,
na busca do mel.
Meu ato é o ousar
meu toque o lambuzar.
Meus limites
estão fora de mim.
Quero ir, ir, ir...
Construo minhas fronteiras, com a consciência.
Delimito até aonde posso ir. Porém existe uma diferença absal entre minhas fronteiras e meus limites.
Existem momentos em que não chego nem perto de minhas fronteiras, apesar do meu eu crítico, permitir, aceitar o fato.
Existem outros momentos, em que cruzo minhas fronteiras, chegando ao desconhecido, ao meu inaceitável...
Se não exploro o que sinto, pago o preço de me expor, na koiza externa , que me adoece.
Afinal o que quero, o que busco ter, o que eu tenho....
Sei que lido com a falta .
Por isto vivo diante dela , e de tudo aquilo que poderia ser diferente.
Falo com meu silencio, ai vivo minha dor. Estou e não sou percebido.
O quanto suportarei, não sei. Mas como os pássaros, acordo com cada amanhecer, em um vôo, com a intenção destino, do falar e ouvir.
Minha percepção do mundo ficou mais rica , após as terapias, a internação. O trabalhar a contenção, o silencio, o esperar, o engolir seco, o choro contido e o não contido, os
telefonemas....um por dia , que recebi.
Gente parente ou não, amigo ou não, colega ou não, prestador de serviço ou não, do partido ou não.....
Gente pra quem sempre pousei de capaz, que aos poucos apareceram, prestando solidariedade, querendo saber de mim, Querendo ouvir minha voz, saber das entrelinhas, nunca ditas. Das dores. De minhas entranhas.
Entranhas que até eu, percebi como estranhas.
Afinal, nunca me permiti viver minhas limitações, limitações físicas, limitações profissionais, limitações emocionais...
Sempre agarrei-me ao trabalho, ao partido, ao desejo do outro, sem perceber o tempo passar,
para compensar as faltas.
Hoje minhas limitações físicas são outras. As que sempre neguei, nunca aceitei, só fazem parte deste grande e novo diagnostico.
Minha família pressionou, nunca aceitando minha internação. Estava morrendo, e ninguém via . E nem tomaram consciência do que ocorreu até hoje, apesar de ter inclusive tentado um suicídio.
Nem minha família , nem meus camaradas de PSOL, nem quase ninguém.
Se hoje não enxergam o ser que me transformei, que tenta gostar um pouco de mim, para viver e sobreviver, ou é porque acreditavam na existência de uma pessoa , de sorriso e pré disposição para tudo a qualquer hora , que sempre se pré apresentava , ou porque realmente o único Wellington que serve, é o que só da , sem ser alimentado. Um alienigena.
Uma certeza que tenho, é que não quero continuar representado aquele ser que vivi.
Primeiro porque foi ruim, péssimo, pois nunca me trouxe prazer, me castrou.
Segundo, porque nem que quisesse conseguiria me repetir. Morreria .
Ouço vozes, vozes que falam de minha invalidez, perante a vida .
Estou sensível por demais. Preciso mudar, pois o chorar hoje me afoga . Acho ruim, pois não
aceito ser vítima do meu eu.
Vivia um mundo, em que meu desejo, sempre foi colocado num futuro. La era meu Eldorado, minha promessa de gozo.
O meu aqui era la, e o la era um lugar que nada me dizia , pois nunca o vivenciei.
Todo este pouco que juntei me é tão muito agora . Busco o incentivo dentro de mim. Descarto o fugas.
Hoje percebo o que fiz comigo. Anulei-me, lesionei-me para agradar, ser reconhecido e querido, afirmar-me capaz.
Agora volto a vida . Com passos pequenos. Quase engatinhando. Mas quero ir, ir, ir...
Delimito até aonde posso ir. Porém existe uma diferença absal entre minhas fronteiras e meus limites.
Existem momentos em que não chego nem perto de minhas fronteiras, apesar do meu eu crítico, permitir, aceitar o fato.
Existem outros momentos, em que cruzo minhas fronteiras, chegando ao desconhecido, ao meu inaceitável...
Se não exploro o que sinto, pago o preço de me expor, na koiza externa , que me adoece.
Afinal o que quero, o que busco ter, o que eu tenho....
Sei que lido com a falta .
Por isto vivo diante dela , e de tudo aquilo que poderia ser diferente.
Falo com meu silencio, ai vivo minha dor. Estou e não sou percebido.
O quanto suportarei, não sei. Mas como os pássaros, acordo com cada amanhecer, em um vôo, com a intenção destino, do falar e ouvir.
Minha percepção do mundo ficou mais rica , após as terapias, a internação. O trabalhar a contenção, o silencio, o esperar, o engolir seco, o choro contido e o não contido, os
telefonemas....um por dia , que recebi.
Gente parente ou não, amigo ou não, colega ou não, prestador de serviço ou não, do partido ou não.....
Gente pra quem sempre pousei de capaz, que aos poucos apareceram, prestando solidariedade, querendo saber de mim, Querendo ouvir minha voz, saber das entrelinhas, nunca ditas. Das dores. De minhas entranhas.
Entranhas que até eu, percebi como estranhas.
Afinal, nunca me permiti viver minhas limitações, limitações físicas, limitações profissionais, limitações emocionais...
Sempre agarrei-me ao trabalho, ao partido, ao desejo do outro, sem perceber o tempo passar,
para compensar as faltas.
Hoje minhas limitações físicas são outras. As que sempre neguei, nunca aceitei, só fazem parte deste grande e novo diagnostico.
Minha família pressionou, nunca aceitando minha internação. Estava morrendo, e ninguém via . E nem tomaram consciência do que ocorreu até hoje, apesar de ter inclusive tentado um suicídio.
Nem minha família , nem meus camaradas de PSOL, nem quase ninguém.
Se hoje não enxergam o ser que me transformei, que tenta gostar um pouco de mim, para viver e sobreviver, ou é porque acreditavam na existência de uma pessoa , de sorriso e pré disposição para tudo a qualquer hora , que sempre se pré apresentava , ou porque realmente o único Wellington que serve, é o que só da , sem ser alimentado. Um alienigena.
Uma certeza que tenho, é que não quero continuar representado aquele ser que vivi.
Primeiro porque foi ruim, péssimo, pois nunca me trouxe prazer, me castrou.
Segundo, porque nem que quisesse conseguiria me repetir. Morreria .
Ouço vozes, vozes que falam de minha invalidez, perante a vida .
Estou sensível por demais. Preciso mudar, pois o chorar hoje me afoga . Acho ruim, pois não
aceito ser vítima do meu eu.
Vivia um mundo, em que meu desejo, sempre foi colocado num futuro. La era meu Eldorado, minha promessa de gozo.
O meu aqui era la, e o la era um lugar que nada me dizia , pois nunca o vivenciei.
Todo este pouco que juntei me é tão muito agora . Busco o incentivo dentro de mim. Descarto o fugas.
Hoje percebo o que fiz comigo. Anulei-me, lesionei-me para agradar, ser reconhecido e querido, afirmar-me capaz.
Agora volto a vida . Com passos pequenos. Quase engatinhando. Mas quero ir, ir, ir...
Vomito
Vomito,
toda raiva que engoli.
Escorrego em meu vomito,
perco o controle físico,
o controle mental.
Vivo meu desequilíbrio
no instante da queda ,
na busca por apoios.
Apresento-me em um ma la ba rismo
circense.
As vezes me seguro
no show
do desequilíbrio
Normalmente não estabaco no chão,
caio em pé.
Finjo ignorar
os respingos
do vômito
na roupa,
Seu odor.
Só finjo,
pois meu incomodo existe,
me acompanha ,
Até nas realizações,
em minhas vitórias.
As dores no corpo
são sintomas,
adereços,
cotidianos,
em minha fantasia.
É fácil falar delas,
o assunto se torrna
até agradável.
Difícil é falar
das dores abstratas.
Dores daqueles locais,
aonde as ecografias,
os hemogramas,
os telegramas,
não chegam.
Meu incomodo
esta em mim.
não nos outros.
Funciono
negando esta verdade.
Meu reflexo,
não sou eu.
Porém reajo
como se fosse.
Personagem do sou eu.
Prefiro
meu lado público,
que finjo aceitar,
tolerar,
em uma masturbação fúnebre.
toda raiva que engoli.
Escorrego em meu vomito,
perco o controle físico,
o controle mental.
Vivo meu desequilíbrio
no instante da queda ,
na busca por apoios.
Apresento-me em um ma la ba rismo
circense.
As vezes me seguro
no show
do desequilíbrio
Normalmente não estabaco no chão,
caio em pé.
Finjo ignorar
os respingos
do vômito
na roupa,
Seu odor.
Só finjo,
pois meu incomodo existe,
me acompanha ,
Até nas realizações,
em minhas vitórias.
As dores no corpo
são sintomas,
adereços,
cotidianos,
em minha fantasia.
É fácil falar delas,
o assunto se torrna
até agradável.
Difícil é falar
das dores abstratas.
Dores daqueles locais,
aonde as ecografias,
os hemogramas,
os telegramas,
não chegam.
Meu incomodo
esta em mim.
não nos outros.
Funciono
negando esta verdade.
Meu reflexo,
não sou eu.
Porém reajo
como se fosse.
Personagem do sou eu.
Prefiro
meu lado público,
que finjo aceitar,
tolerar,
em uma masturbação fúnebre.
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