sábado, 19 de setembro de 2009

Vomito

Vomito,
toda raiva que engoli.
Escorrego em meu vomito,
perco o controle físico,
o controle mental.

Vivo meu desequilíbrio
no instante da queda ,
na busca por apoios.
Apresento-me em um ma la ba rismo
circense.

As vezes me seguro
no show
do desequilíbrio
Normalmente não estabaco no chão,
caio em pé.

Finjo ignorar
os respingos
do vômito
na roupa,
Seu odor.

Só finjo,
pois meu incomodo existe,
me acompanha ,
Até nas realizações,
em minhas vitórias.

As dores no corpo
são sintomas,
adereços,
cotidianos,
em minha fantasia.

É fácil falar delas,
o assunto se torrna
até agradável.
Difícil é falar
das dores abstratas.

Dores daqueles locais,
aonde as ecografias,
os hemogramas,
os telegramas,
não chegam.

Meu incomodo
esta em mim.
não nos outros.
Funciono
negando esta verdade.

Meu reflexo,
não sou eu.
Porém reajo
como se fosse.
Personagem do sou eu.

Prefiro
meu lado público,
que finjo aceitar,
tolerar,
em uma masturbação fúnebre.

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