segunda-feira, 12 de abril de 2010

Balanço Alternativo

Ando meio que fechado pra balanço, o que é bom, pois quando refletimos sobre nossas vidas, sobre o que buscamos, nos percebemos melhor. É um abrir os olhos, um olhar em volta, um respirar fundo, um reflexo do instante.
O que me angustia, é a repetição sistemática destes balanços. É como se procurasse um "balanço alternativo" ao que acabou de ser feito. É como se não me bastasse, não coubesse, no que vivi.
Existe uma distância bastante respeitável, entre o que somos e o que queríamos...entre o desejo e a realidade, entre o ser profissional e o ser individual....entre o amor sentido e o amor demonstrado.
Existe uma distância, como existe. Como existe o silêncio.
Convenço-me em reabrir as portas, para a vida, com um balanço digerivel, e tudo, e mais...
Igual a botequim, com novo dono, novo proprietário ou nova administração.
Com banho tomado, unhas e cabelos cortados, roupa nova e tudo. Tipo festa de reveillon, um recomeçar.
...reabrirei sem demora, A fila anda, a vida passa, e se acaso não for também, ficarei reclamando, como um velho chato comunista, da solidão.
Invisível e ocupante solidão.

Um comentário:

Unknown disse...

E agora, Brasília? A festa acabou. Paulo José Cunha*
*jornalista, poeta, cineasta, professor na UnB

http://jorgeantunespsol.blogspot.com/