terça-feira, 16 de agosto de 2016

Kazo de rugas

Houve um tempo,
que as expectativas,
se tornaram maiores,
que um abraço.
Parecendo dispensar,
às necessidades.
Causando a impressão,
de auto suficiência.
Quando,
todo o novo,
passa a ter valores,
super dimensionados.
KoiZas das procuras,
de toda a juventude.
Que diz abandonar,
o que te (a)guarda no lugar.
Sempre depois,
de cada tsunami,
do balanço do que sobrou
fica o espanto da persistência.
São "alice-rces",
sem muitos cálculos.
São aquelas bordas,
da sua "pis-sina".
Aquela bóia,
que te permite,
parar e respirar,
flutuando no tempo.
São front-(b)eiras,
do bobo coração.
Aonde o "in-verso",
é incompreendido.
Aonde à diferença,
pode ser relida,
sem valor de mercado,
sem código de "barras".
Só a idade permitirá,
aos "desajuizados",
visitar às fragilidades,
da intimidade do pai.
Passar por seus medos,
ouvindo expectativas,
momentos de saudades,
confissões de amor.
Percebendo,
como a gente se "prende",
a um tempo de KoiZas,
que não existem mais.
Mas que sustentam,
no abstrato querer,
a alegria e a leveza,
do nosso existir.
São nomes de "heróis",
parentes que ouço falar,
sem nunca ter visto,
mas que habitam os versos.
Voltamos ao parquinho,
nas gangorras da vida,
aos velozes balanços,
às corridas no tempo.
Tempo dos olhos,
exarcados de emoção.
Em que a beleza,
são "kazos" de rugas.


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