terça-feira, 16 de agosto de 2016

Nem sempre solúveis.

Os dias são longos,
às vezes pesados,
com soluções
nem sempre solúveis.

Quando paro,
no esconderijo da noite,
quero falar do que não fiz,
das vontades sobreviventes.

Não suporto,
ter que reproduzir,
relatórios de desempenho.
Quero o leque do querer...

Como ventarola,
do encantamento,
que refresca o suspiro,
embalando o "presente".

Não basta se gostar
para estar junto.
A comunicação
constrói a intimidade.

Não basta a carência
para existir o carinho.
Existe a "chave" do ouvir
para destravar a vontade.

Quero resgatar,
a parte melhor,
que escondemos,
nos olhares de malabares.

A paralisia,
esbarra e "emburra",
o querer do improvisso,
com rodas quadradas.

Não atinjo a intimidade,
sem espaço para sorrir.
Sou um bichinho
arisco, afoito e fujão.

Acuado camuflo-me,
como "cama&leão".
Não saio da cama,
rugindo em prosas.

Meu lado feminino,
é delicadamente forte.
Sou sensitivo,
descarto as "haver-ções".

Nenhum comentário: