terça-feira, 16 de agosto de 2016

Partido

Entrei para o Partido,
por pura rebeldia,
provocando meu pai,
assustando as "candinhas".

Vi uma organização
de pessoas iguais,
nas diferenças
da feliz cidade.

Azucrinando a opressão,
socializando tarefas,
se "SUPER(am)ando",
no jogar os "dados".

Construindo sonhos,
ouvindo o vento,
que encanta a consciência,
com o eco das ruas.

Quem carrega
às expectativas,
dos (e nos) corações,
que enfrenta os "patrões".

Com o troca troca,
que só a camaradagem,
na arte dos oprimidos,
consegue arquitetar,

Definir o Partido
como ferramenta
da classe trabalhadora
é muito pouco.

O Partido
é muito mais,
que a simples soma.
Somos a multiplicação.

É parte da minha vida,
da minha história,
dos meus sonhos,
de minhas expectativas.

Dos cursos que fiz,
trouxe a certeza,
que muito pouco sei.
A consciência é de Classe.

Sou formado,
com fortes amores,
com vitórias e derrotas,
com balanços coletivos.

Envelheci sem envelhecer,
pois nossa juventude,
da leveza ao vozeirão,
da aguerrida revolução.

Um "kazo" de amor,
que deu sentido
e autenticidade,
às minhas procuras.

Dando voz às minorias,
na intimidade da retina,
tornando visceral,
às sombras do (im)possível.

Nosso time é feminino,
é negro, Trans e periférico.
Somos imigrantes e LGBTs.
Jogamos golpeando a opressão.

Nossa igualdade é poética,
ocupando a diversidade,
no ATO e direito ao amar,
sem vergonha de GOZAR.

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