Faltam as
flores,
o
movimento;
falta a longa
festa
de um
abraço.
Faltei a
terapia,
foi deliberado.
Talvez
pegando folego
para um
salto maior.
Talvez
fugindo
de tudo
aquilo,
dos
sorrisos sociais
de “um tudo
bem”.
A vida
fervilha,
mas o que
me incomoda
é quando só
vivo,
o
fervilhar do outro.
Quero e
preciso
de
emoções mais fortes.
As flores
existem,
rola desejo
nas veias.
Apesar da
alta miopia,
da
catarata precoce,
vejo
perfume por onde ando,
e por
onde não ando.
Chego a
um lugar
chamado
cansaço,
apesar de
nunca ter ido.
Desanimo
chegar, não indo.
Me deixem
ser,
me deixem
sonhar.
Eu não
ocupo espaço.
Meu “EU”
continua invisível.
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