sábado, 3 de maio de 2014

São filhos da vida


“Muitos anos depois...”
...às vezes paralisa, amortece, entristeceeee. Quando uma forte dor aparece, a gente some, pois se transforma em algo que não identificamos. Não reconhecemos. Então, como assumir?, como ser?, o que estamos, o que restamos. São dores que vem, que afloraram e assombraram meus dias, minhas noites, meu desejo desde final do ano passado. Trata-las é romper com verdades, é romper com si mesmo, é sangrar num silencio. Mas num tempo menor, já consigo voltar a escrever. A paralisia, cria calos e feridas, que te movimentam por outro motivo. O observar o tudo funcionando (menos você) te dá a certeza de que nada mudou com sua dor. O medo de amarelar, de balançar, o medo de cair, na corda “bamba” ou de “bambas”, expõe o limite classificado por "defeito de ser sensível". Vivo as palavras colhidas no silencio (no tempo parado) dos meus travesseiros. Ali espero o efeito dos remédios, nas fases da lua, espero passar o não esperar. É, as vezes quem se ama, nos paralisa, amortece, entristeceeee... São filhos da vida.

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