“Muitos anos
depois...”
...às vezes paralisa,
amortece, entristeceeee. Quando uma forte dor aparece, a gente some, pois se
transforma em algo que não identificamos. Não reconhecemos. Então, como assumir?,
como ser?, o que estamos, o que restamos. São dores que vem, que afloraram e
assombraram meus dias, minhas noites, meu desejo desde final do ano passado. Trata-las
é romper com verdades, é romper com si mesmo, é sangrar num silencio. Mas num
tempo menor, já consigo voltar a escrever. A paralisia, cria calos e feridas, que te
movimentam por outro motivo. O observar o tudo funcionando (menos você) te dá a
certeza de que nada mudou com sua dor. O medo de amarelar, de balançar, o medo
de cair, na corda “bamba” ou de “bambas”, expõe o limite classificado por "defeito
de ser sensível". Vivo as palavras colhidas no silencio (no tempo parado) dos meus
travesseiros. Ali espero o efeito dos remédios, nas fases da lua, espero passar
o não esperar. É, as vezes quem se ama, nos paralisa, amortece, entristeceeee...
São filhos da vida.
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