A secretaria da casa do pai chegou agora,
depois de um mês de férias.
Aparentemente ótimo, porém na prática,
perco os espaços que conquistei, como o silencio e privacidade da mesa da
cozinha.
Fica de novo a sensação de uma casa
bbbbbbbem menor. Sem um canto, sem um banco no jardim das minhas flores, da
contemplação do tempo.
Mas junto a isto existem vitórias, poderei
me ausentar desde a chegada dela, até o remédio das quatro.
Poderei virar turista, gringo em meio a
euforia da copa. Treinar meu inglês, me engraçar com o mar.
Hoje é o aniversário de minha filha Alice.
E eu que tanto queria estar com ela, mais do que só nesta data, e sim numa reapresentação
de coração.
Me dói ver nela, choros sem controles como
os meus. Lágrimas que a secura do tempo disfarça, mas que deixam tatuagens no
coração.
Vontade de retornar pro meu canto, pra
minha casa, pros meus horários, para as minhas possibilidades, de (sobre) vivências...
Sinto falta da terapia. De ouvir, de saber
que as pessoas têm a beleza da fragilidade, da transparência, do soar marcante
do som de um cristal.
Sim, de ver e sentir o outro como uma peça
unicamente leve, linda gostosa e agradável de conviver, mas com a consciência que
tudo quebra, que o belo se desfaz.
Feliz aniversário minha filha. Que o tempo
eternize suas alegrias, que seus olhos deem vida e forma a seus desejos.
Um beijo de quem te ama.
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