domingo, 22 de novembro de 2015

Uivo pra Lua - 20 out


Estar aqui no Rio
me permite o tempo
que necessito
para respirar fundo.
Posso refletir
sobre os papéis sociais,
que a "vida" nos cobra.
Papéis e recibos sem valor.
A "profissão" de marido
é tão antiga e careta.
Assusta a vida
impedindo a cumplicidade.
A simplicidade é cúmplice,
até tem crises,
mas não oprime,
é semente do desejo.
A opressão acaba
com a orgia da poesia
Triturando o respeito,
apagando a saudade.
A opressão
tem a "delicadeza"
de um trator,
sem nenhum condutor.
Lá em Catuípe/Rs,
ficava namorando o céu.
A falta de luz
iluminava os sonhos.
Desde novo
uivo para a Lua,
numa sintonia
de "louco e louco" prazer.

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