Este
ano, me faz lembrar 1968, logo após minha chegada a Brasília. Naquele ano
chovia assim, muito, de montão. E eu, não sei se impressionado com o tempo político, ou
com o sentimento de solidão, no “novo endereço”, olhava estático pela janela,
era a força da chuva constante, o movimento da correnteza, que
lavava e arrastava, tudo que um dia houve.
Era
Brasília
e
suas chuvas,
a
vida
e
suas chuvas,
com
suas gripes.
Como
se o belo
fosse
universal.
Como
se existisse
o
universal,
num
temporal.
Continuo
a
garimpar diálogos.
Necessito
de
interagir a alma,
falar
minhas inquietudes.
Como
tudo descansa,
como
a chuva molha.
Ser
corajoso cansa.
Suga,
enxuga a vida,
provoca
exaustão.
As
prioridades
são
determinadas
pela
ansiedade.
Com
chuva
sem
guarda chuva.
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