domingo, 9 de janeiro de 2011

Dobrando a esquina

Sou filho de Ronaldo,
parido por Ema,
registrado no nascimento
e perdido pela vida.

Meu dia vazio,
melo com sorvete de chocolate.
No fundo,
sou profundamente adocicado.

Você tem de tudo.
Então, só me procura por hábito.
Capricho de menina,
Coisa de pirata, saqueando coração.

Não te faço mas falta.
Ser feliz
não depende de”tempo”,
depende do “tanto”.

Continuo cheirando,
ka-fungando os dias.
Mas foi seu cheiro
que perfumou a cabeça.

Me de a mão, vamos passear.
Brincar de ter prazer por aí.
Fingir fingindo que fugimos,
simplesmente, dobrando a esquina.

Vamos abrir as portas,
e dar bom dia ao SoL,
Os dias são longos,
mas as noites, são eternas.

Um comentário:

Anônimo disse...

É uma BELEZA de texto!!!!!A simpli-
cidade no uso das palavras o torna ainda mais BELO,pois"esconde"símbo-
los,signos,cifras...Um amor intensa
mente vivido!É formado por duas"me-
tades" que se excluem(de uma manei-
ra delicada,até a quarta estrofe)e
tornam a excluir,mas,desta vez,"in
cluindo"(de uma maneira terna,nas últimas três estrofes).Isto poderia
tornar a "mensagem" ambígua,ou me-
lhor,com as várias interpretações
que só a verdadeira poesia pode con
ter!!!!!!!!!PARABÉNS,"filho de Ro -
naldo,parido por Ema,registrado no
nascimento"e ENCONTRADO NO POEMA!!!