segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Debaixo do céu

O entardecer é gostoso. Mais um dia se vai, chove fraquinho. É gostoso o falar da chuva. O céu cinza mostra amplidão, Sinto-me do meu real tamanho.
Os "novos", que de novos nada tem, tomam posse.
Posse de que ou de quem?
Diria que do "poder" de decisão.
Talvez eles não saibam, que a gente até pode, mas ter poder é pura ilusão.
Então viveremos a ilusão de um novo (????) ciclo.
A vida continua. Sacamos do passado, as ferramentas necessárias para esculpir o futuro.
Tenho gordura para queimar.
Provo do que sou, do que fui.
Reprovo o que não fui, por medo, cagaço e incompreensão.
Tenho um património, de laços afetivos.
Sonego ao Leão. Não declaro no meu imposto de renda.
Só agora liguei os celulares.
Hoje não recebi ligações. Também não as fiz.
Tirei o dia para pensar, tatear o EU.
Tirei o dia, parei o mundo, debaixo desta imensidão de céu.

Um comentário:

Anônimo disse...

I.A enorme pirâmide havia mudado de lugar e deixou um rastro profundo nas areias escaldantes.O Oceano ficou imóvel por muito tempo.E du -
rante mais de quatro semanas não houve mais qualquer espécie de vida
na Terra.As páginas já estavam qua-
se amarelando,quando voltei a escre
ver".

II."Aquele menino tinha mania de
não se conformar com o nome das coisas.Parecia Adão.Tudo tinha que nomear.Dizem que um dia,estupefato,
viu a cor do silêncio.E não parou mais de escrever invencionices pa -
ra dizer o indizível"

III."Amor:aquele que não pode ser nenhum outro..."

IV."Podia ver naquele homem-livro,o
texto impresso de sua vida,nas ru -
gas antigas de seu corpo.Assim,po-
dia lê-lo como quem se alfabetiza na descompletude de seu tempo".

V."Há palavras que deveriam dizer
mais do que dizem
Há outras que testemunham felizes a madrugada
Há outras tantas que deveriam silen
ciar mais do que o vento
Mas há aquelas imprescindíveis
Que ainda preciso inventar para po-
der dizer o teu nome."
("FRASES RECORTADAS",Carlos E.Leal)