Se eu te contar,
se eu conseguir te contar,
falarei sobre a cor,
de minha infelicidade.
Do vazio que sinto.
do não saber mais calar,
minha escrita.
Do meu completo silencio.
Da boca fechada.
Pela incompreensão.
Da dificuldade de parecer,
ser, parecido "da" normalidade.
Não tenho amigos.
Falo na terapia,
pois são profissionais,
e "tentam" que me ouvir.
Às vezes esqueço,
deste nada, disto tudo.
Mas a cada madrugada
sem (a)feto volto ao ventre.
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