segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Romper, romper, romper...



O engraçado,
é que até entendo,
o dito e a intenção,
"do não dito".

Certas pessoas, incluo aí as (os) camaradas, tem um discurso mais aberto, falam de @mor e teorizam, os desejos e vontades, mas na prática, vivem o desconforto, da insegurança e desconfiança, junto às diferenças.
Ao desconhecido.
No meu caso, a bipolaridade tanto esconde o desejo, que tira a cor da vida, e qualquer sentido;
como potencializa os sentimentos e as procuras. Fazendo o viver uma erupção.

As noites se alongam,
o corpo clama por carinho,
pela troca, por cantar
a melodia do viver.
Não existe "pecado"
do lado de cá
do "Ecua-dor".
Só existe "controle".

Sou aquela pessoa,
que milita,
que tem sonhos,
que cumpre tarefas,
que é pai,
que é mãe,
que é companheira(o),
que é trabalhador.

É cultural a relação monogâmica. E quando o corpo clama, elevando o sentidos, no desejo, somos "bipolares", vadios/infiéis.
O Fluoxetina, tenta dar "o barato da saciedade" a um preço caro, assassinando o líbido.
Tem um psicotrópico, "Tupiramato", que a gente chamava (na clínica) de "teu peru mato".

Que vida é está,
que mundo é este,
que teve na poesia
do eterno Cazuza,
a singela definição
de "um amor inventado"...

Como se só
se pudesse amar,
às receitas
de "amores oficiais".
Sou oposição,
vermelho de coração.

Quero amar 

em pé, 
quero seu pé,
no corredor, 
no elevador...


No fogão, 

mexendo a panela, 
mexendo em você.
Provando, beliscando,
lambendo de tudo.



Aí recorro a poesia.

Aqui o personagem fala.
Alguns perguntam, 
"quem é a musa?"...,


numa pequenez de visão da vida, como se a "responsabilidade" do belo, 
da felicidade, estivesse na responsabilidade de um(a) única pessoa, de um único desejo.

Somos mais
que um momento.
Somos menos
que um tormento.
Somos à procura,
somos o "movimento".

Eu amo, eu amo o viver.
Eu amo os "choques", as descargas de adrenalina, que me invadem, sem permissão.
E que relembram sempre, que estou vivo, e que deve ter alguém por aí, chutando lata, catando coquinho, olhando pra Lua, que se identifique, ou não, com o que falo, com o que penso.
Mas que queira viver a experiência, a interação.

Romper, romper, romper 

as trancas do viver.

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