quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Ipê amarelo


E de repente fica a impressão de que o dia esta nublado. São muitas as imperfeições em impressões. Justa forma, aquilo era secura. Um bafo quente em minha nuca. Tontura em tortura. Procuro um canto, uma sombra, teu colo. Tenho sede, mas a opção morre na garrafinha da mineral. Que pena, que sede. O lindo cinza, aqui se torna pastel. Rouba o direito de existir das outras cores. Espero passivamente as chuvas, resistindo a tantas incompreensões. No face, revejo versinhos. Gosto. Na rua cruzo com corpos em ventania. Em contra mão a ordem, os Ipês conspiraram, e resolveram ejacular o amarelo. Puro prazer cruzar com eles. Na noite, cansaço, esforço pra não dormir. Espero com a lua o carteiro. Mas ultimamente ele não faz hora extra. Prefere viver imagens de belas e longínquas paisagens. 

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