E de repente fica a impressão de que o dia esta
nublado. São muitas as imperfeições em impressões. Justa forma, aquilo era
secura. Um bafo quente em minha nuca. Tontura em tortura. Procuro um canto, uma
sombra, teu colo. Tenho sede, mas a opção morre na garrafinha da mineral. Que
pena, que sede. O lindo cinza, aqui se torna pastel. Rouba o direito de existir
das outras cores. Espero passivamente as chuvas, resistindo a tantas incompreensões.
No face, revejo versinhos. Gosto. Na rua cruzo com corpos em ventania. Em
contra mão a ordem, os Ipês conspiraram, e resolveram ejacular o amarelo. Puro
prazer cruzar com eles. Na noite, cansaço, esforço pra não dormir. Espero com a
lua o carteiro. Mas ultimamente ele não faz hora extra. Prefere viver imagens
de belas e longínquas paisagens.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
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