Acabou de faltar luz aqui em casa.
Sim, não foram as lâmpadas que queimaram. Foi a
sociedade que apagou.
Deixou de dar choque, de dar chupeta na bateria da
vontade de viver, obrigou os que querem, a buscar atitude, a ter que pegar no
tranco.
E aí, meu quarto ficou diferente. O controle remoto
perdeu a função, quando deixou de buscar o mundo para a janela da minha TV.
A partir daí, a produção de qualquer programação,
dependerá do ator ressuscitado em mim.
Estou a quase dois passos de minhas necessidades
básicas. Estico o braço e volto a brincar de cabra cega, apalpando e redescobrindo
detalhes esquecidos de meu dia a dia. As quinas, esquinas e as longas curvas do
desejo.
Num ambiente de extrema secura, resgato momentos
mágicos, que o tempo perpetuou, pois foram sempre leves, e claros, em qualquer
escuridão.
A comédia esta nas pequenas graças de nossas vidas.
O drama atende por cansaço, desanimo desapontamento
e solidão. Não nesta seqüência, mas nesta inocência.
A medida exata, do resgate de um sorriso, ainda
tento descobrir. Sei que não esta na conta de luz, mas que passa no brilho dos
olhos.
Chego a ter medo de tudo voltar, afinal minha
agenda de ontem, de hoje e de amanha não é minha.
Preciso reescrever minha vida.
Um comentário:
Olá, seja bem vindo!
Pode deixar que aviso sim!!!
Tudo bem bonito por aqui!!
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