Lembro da
época que curtia aguardar o carteiro sentado no muro, de grade, lá de casa. Era
uma alegria só, além de muitas vezes, uma atividade social, pois sempre tinha companhia.
Hoje muita
coisa mudou. Apesar da expectativa de receber mensagens, ser mais ou menos a
mesma, mas a forma e a facilidade de transmissão são bem diferentes. Mas a
magia é a mesma.
A espera sempre
é solitária, e a qualquer hora, tudo é online (ou quase tudo); menos a certeza do retorno.
O será?, o
esperar?, o aguardar?, podem ser angustiantes, como podem ser muito gostosos. Tudo depende da expectativa criada, da graça
ao jogar os dados, das possibilidades do próximo movimento, do último sorriso...
Quase um
jogo aonde o tabuleiro é a vida; de sedução, interpretação, aonde o blefe não é
válido, apesar de muito praticado.
Tantos os
MSM, WhatsApp, como os velhos sinais de fumaça, deverão ser filtrados. Se
arrepiar é um bom sinal.
Aí na noite,
o silencio dialoga com a gente. Confabulamos com o “EU”, discordando da lógica,
dando voz aos sonhos e desejos. Dando asas a quem sempre quis voar.
Retorno a adolescência,
pois o mundo volta a ser grande, e eu, uma estrelinha desta imensidão.
Ao mapear minhas
fragilidades, localizo meus alicerces, minha força e vontade de prosseguir
neste mundão.
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