terça-feira, 11 de março de 2014

Ah, tudo a ver, não é mesmo !!!




Lembro da época que curtia aguardar o carteiro sentado no muro, de grade, lá de casa. Era uma alegria só, além de muitas vezes, uma atividade social, pois sempre tinha companhia.

Hoje muita coisa mudou. Apesar da expectativa de receber mensagens, ser mais ou menos a mesma, mas a forma e a facilidade de transmissão são bem diferentes. Mas a magia é a mesma.

A espera sempre é solitária, e a qualquer hora, tudo é online (ou quase tudo); menos a certeza do retorno.

O será?, o esperar?, o aguardar?, podem ser angustiantes, como podem ser muito gostosos.  Tudo depende da expectativa criada, da graça ao jogar os dados, das possibilidades do próximo movimento, do último sorriso... 

Quase um jogo aonde o tabuleiro é a vida; de sedução, interpretação, aonde o blefe não é válido, apesar de muito praticado. 

Tantos os MSM, WhatsApp, como os velhos sinais de fumaça, deverão ser filtrados. Se arrepiar é um bom sinal.

Aí na noite, o silencio dialoga com a gente. Confabulamos com o “EU”, discordando da lógica, dando voz aos sonhos e desejos. Dando asas a quem sempre quis voar.

Retorno a adolescência, pois o mundo volta a ser grande, e eu, uma estrelinha desta imensidão.

Ao mapear minhas fragilidades, localizo meus alicerces, minha força e vontade de prosseguir neste mundão.

 

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