As redes sociais são incríveis. Por isto
prendem, e passam a ocupar um espaço na vida de cada um.
É incrível, mas elas provocam o prazer.
Criam amizades com pessoas que nunca
vimos, encurtam distancias nos levando do Oiapoque ao Chuí; desrespeitam o
tempo, ao nos reaproximar de amigos perdidos na lembrança do passado; com ela acompanhamos
conversas, discussões, lutas sociais, papos que nos tocam; enfim, funciona também como uma
grande sessão de terapia de grupo. Tudo de bom.
Esta semana tive contato com uma jovem
senhora moradora da grande São Paulo.
Contato por acaso, pois confundi seu
nome com o de outra pessoa e a cumprimentei. E daí surgiu um minúsculo (mas intenso) diálogo.
Quando percebi o engano, de forma educada, tentei encerrar o papo contando
que estava cansado pois tinha ido e voltado a Goiânia de carro naquele dia.
Aí a jovem senhora respondeu dizendo que
nunca tinha saído de Guarulhos, e que desejava poder viajar, conhecer outros
horizontes. E me perguntou de como era Goiânia, se era bonita...
Apesar de não ter acesso ao seu olhar,
imaginei o brilho de seus olhos com aquela pergunta.
Percebi a sua vontade de viajar, de conhecer
coisas novas, isto é tão bom.
Viver com a chama da procura.
Chato é quando acontece como hoje
acontece comigo.
Faço e encaro muitas viagens como trabalho,
acabando não tendo muito o que contar, a não ser o assunto da reunião, ou no
máximo a comida consumida.
Tenho saudades da época que nada me
passava despercebido, época que tudo era motivo de prazer, sorrisos e alegrias.
Época em que as cores saltavam,
aonde todas as pequenas descobertas tinham
peso.
Era mais fácil ser feliz, era mais fácil
acordar bem.
Afinal a procura nos faz transpirar
desejo.
Que bom amiga, que você traz consigo
esta bela vontade de viver.
Mas saiba, que o belo e o prazer não necessariamente
está longe. Não necessariamente precisamos viajar para toca-lo. Pisque os olhos, enxergue e aproveite tudo de bom que está a seu
lado, afinal transbordas a vontade de viver.
É, o face proporcionou-me outra vez
descobrir um novo amigo.
E este amigo abriu meus olhos, mexeu na
inercia.
Nada como interagir.
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