Ao me calar,
ao não falar o que sinto,
o que me emociona,
simplesmente sobrevivo.
Passo habitar
um mundo paralelo,
em que não me reconheço,
nem ao espaço que ocupo.
Volto a interpretar um papel,
que me "embrulha",
que me sufoca,
que me esconde.
Sinto-me
embalado pra presente,
com laço de fita,
encomodadamente "pronto" para ser-vido.
Sem estímulos,
sem emoção,
simplesmente com competência
e competividade.
Volto ao mundo das sombras,
do silencio,
da noite,
da individualidade.
Local
aonde posso me ocupar,
sem nenhum remorso,
de mim.
Que dificuldade é esta
de viver com o outro?
De demonstrar
que também necessito de atenção.
De cavar meus espaços,
minhas trincheiras,
meu gozo,
a luz do dia.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Só-lidão
Ainda busco
o que não alcanço.
Alimento-me da esperança,
no desejo
de ultrapassar
e vencer limites.
Tenho um olhar distante,
acompanhado
de um sorriso tocável.
Ando por aí,
numa lógica
transversal
a logística.
O movimento constante
me equilibra.
Misturo os dias.
Perco a noção
do que é hoje
e do que foi ontem.
Tudo é muito igual.
Muito ligado
a nenhuma ligação.
Lembro-me dos fatos
como uma história,
distante,
não vivida.
Sempre aguardo a noite,
chegando a criar expectativa,
inquietação,
em atingir o silencio,
o só-lidão.
Atingir minha companheira,
minha madrugada.
o que não alcanço.
Alimento-me da esperança,
no desejo
de ultrapassar
e vencer limites.
Tenho um olhar distante,
acompanhado
de um sorriso tocável.
Ando por aí,
numa lógica
transversal
a logística.
O movimento constante
me equilibra.
Misturo os dias.
Perco a noção
do que é hoje
e do que foi ontem.
Tudo é muito igual.
Muito ligado
a nenhuma ligação.
Lembro-me dos fatos
como uma história,
distante,
não vivida.
Sempre aguardo a noite,
chegando a criar expectativa,
inquietação,
em atingir o silencio,
o só-lidão.
Atingir minha companheira,
minha madrugada.
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
O outro ato
Acho tudo bom.
Acho a vida ótima.
Os problemas surgem,
mas me sacudo,
valorizando o prazer,
o movimento,
o outro ato.
Assim,
escreverei mais.
Sentirei mais,
me arrepiarei mais.
Me faz bem,
olhar em volta,
assobiar,
levantar a cabeça,
olhar longe.
É minha terapia.
Sou eu.
Levemente solto,
levemente louco.
Assim espero,
adoro esperar
a vida na vida.
A fruta amadurecer,
a fome vencer.
Na noite me solto,
percebo melhor
o que se passa.
Na luz,
fico ofuscado.
Não consigo me concentrar
nas muitas falas.
O zumzumzum do dia
me perturba
e seu eco
me confunde.
Mas o dia sempre nasce,
lindo convidativo,
desafiador.
O incomodo não vem dele.
Me perco,
na demanda,
do que não me é importante.
Busco a presença
dos olhares
que me tocam.
Acho a vida ótima.
Os problemas surgem,
mas me sacudo,
valorizando o prazer,
o movimento,
o outro ato.
Assim,
escreverei mais.
Sentirei mais,
me arrepiarei mais.
Me faz bem,
olhar em volta,
assobiar,
levantar a cabeça,
olhar longe.
É minha terapia.
Sou eu.
Levemente solto,
levemente louco.
Assim espero,
adoro esperar
a vida na vida.
A fruta amadurecer,
a fome vencer.
Na noite me solto,
percebo melhor
o que se passa.
Na luz,
fico ofuscado.
Não consigo me concentrar
nas muitas falas.
O zumzumzum do dia
me perturba
e seu eco
me confunde.
Mas o dia sempre nasce,
lindo convidativo,
desafiador.
O incomodo não vem dele.
Me perco,
na demanda,
do que não me é importante.
Busco a presença
dos olhares
que me tocam.
sábado, 7 de novembro de 2009
Chacoalha
As chuvas lavam a cidade,
tiram as manchas,
enxaguam as diferenças,
esfriam os animos,
enquanto falo com meu pai,
ao telefone.
Ele me ligou,
querendo saber dos exames,
de quando sairei do hospital.
Isto não sei ainda,
mas da janela do quarto,
vejo o vai e vem dos carros.
Na madrugada,
percebo uma vida
que nem imaginava, em Taguatinga.
Sinto vontade de sair,
dar uma fugidinha,
misturar-me entre as luzes e o pulsar das pessoas.
Luzes que seduzem,
em pura magia!!!!!!!
Na magia, atinjo a diferença.
No buscar e construir.
acho meu espaço,
no viver, mergulho na emoção.
Brinco sem medo,
com a naturalidade
e imaturidade da infância.
Mas existe um bem estar,
quando brincam comigo,
quando o prazer é auto permitido.
Um olhar fala,
mas um brilho no olhar,
gargalha.
chacoalha,
no ouvido
e no coracáo.
tiram as manchas,
enxaguam as diferenças,
esfriam os animos,
enquanto falo com meu pai,
ao telefone.
Ele me ligou,
querendo saber dos exames,
de quando sairei do hospital.
Isto não sei ainda,
mas da janela do quarto,
vejo o vai e vem dos carros.
Na madrugada,
percebo uma vida
que nem imaginava, em Taguatinga.
Sinto vontade de sair,
dar uma fugidinha,
misturar-me entre as luzes e o pulsar das pessoas.
Luzes que seduzem,
em pura magia!!!!!!!
Na magia, atinjo a diferença.
No buscar e construir.
acho meu espaço,
no viver, mergulho na emoção.
Brinco sem medo,
com a naturalidade
e imaturidade da infância.
Mas existe um bem estar,
quando brincam comigo,
quando o prazer é auto permitido.
Um olhar fala,
mas um brilho no olhar,
gargalha.
chacoalha,
no ouvido
e no coracáo.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Desarrumdamente vivo!!!!!
Nem amanheceu,
mas rodo na arena da cama
de norte a sul,
de “um” leste
a um desejo oeste.
Hoje,
dia do servidor público,
quero brindar
a volta da vontade
de esculpir os sonhos.
Como um artesão,
utilizo o toque,
o tato,
a percepção do coração,
na fala da ação.
Sai da paralisia,
do achar tudo monstruosamente difícil,
do desanimo dos recursos esgotados.
Estou eu, e o que foi mexido
desarrumdamente vivo!!!!!
Ontem usei
até meu telefone,
liguei para amigos,
marquei encontros,
vou sair c o m i g o.
Consigo ouvir,
perceber o cheio e o vazio,
a particularidade na multidão.
Na preocupação de “tudo” entender,
descarto na cena do fazer diferente.
mas rodo na arena da cama
de norte a sul,
de “um” leste
a um desejo oeste.
Hoje,
dia do servidor público,
quero brindar
a volta da vontade
de esculpir os sonhos.
Como um artesão,
utilizo o toque,
o tato,
a percepção do coração,
na fala da ação.
Sai da paralisia,
do achar tudo monstruosamente difícil,
do desanimo dos recursos esgotados.
Estou eu, e o que foi mexido
desarrumdamente vivo!!!!!
Ontem usei
até meu telefone,
liguei para amigos,
marquei encontros,
vou sair c o m i g o.
Consigo ouvir,
perceber o cheio e o vazio,
a particularidade na multidão.
Na preocupação de “tudo” entender,
descarto na cena do fazer diferente.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Primavera
Amanha começa a primavera,
serão quatro meses
de cores.
de passarinhar,
de expectativas.
A magia
não se dara
pela quantidade do tempo,
mas pela intensidade
de cada momento.
O parto
de cada flor
trará sorrisos de vida.
A passagem do vento,
o murmurim das festas,
os arrepios próprios da puberdade.
Estas mudanças
sinalizarão o verão,
com seu calor
e fervor.
Enquanto puder
prorrogue o dia,
a noite,
o instante do gozo.
Atrás de cada sombra
existe um universo
que nunca vi ou visitei.
Fica o brilho do convite,
que enquanto pude
evitei, prorroguei.
Mas é primavera
e este cheiro de mudança
arrepiadamente sentido
será inevitavelmente vivido.
serão quatro meses
de cores.
de passarinhar,
de expectativas.
A magia
não se dara
pela quantidade do tempo,
mas pela intensidade
de cada momento.
O parto
de cada flor
trará sorrisos de vida.
A passagem do vento,
o murmurim das festas,
os arrepios próprios da puberdade.
Estas mudanças
sinalizarão o verão,
com seu calor
e fervor.
Enquanto puder
prorrogue o dia,
a noite,
o instante do gozo.
Atrás de cada sombra
existe um universo
que nunca vi ou visitei.
Fica o brilho do convite,
que enquanto pude
evitei, prorroguei.
Mas é primavera
e este cheiro de mudança
arrepiadamente sentido
será inevitavelmente vivido.
...perda da fantasia.
Ignoro meus sintomas,
não dando peso a eles,
pensando que não são importantes.
Mas aos poucos
vivo o susto,
por um choro descontrolado,
que tem cara,
tem corpo
e parece com o desespero.
Eu já tenho
os mecanismos de defesa,
mas me recuso a usa-los.
Me repito,
até no fazer diferente,
em atos iguais.
Tenho tanto medo
de não sair disto.
Tenho tanto mais medo
de conseguir sair.
O que perderei
com a mudança?
Que medo é este
que me deixa ser vencido,
nos meus desejos.
Minha dor
é a perda da fantasia
nesta dura realidade.
não dando peso a eles,
pensando que não são importantes.
Mas aos poucos
vivo o susto,
por um choro descontrolado,
que tem cara,
tem corpo
e parece com o desespero.
Eu já tenho
os mecanismos de defesa,
mas me recuso a usa-los.
Me repito,
até no fazer diferente,
em atos iguais.
Tenho tanto medo
de não sair disto.
Tenho tanto mais medo
de conseguir sair.
O que perderei
com a mudança?
Que medo é este
que me deixa ser vencido,
nos meus desejos.
Minha dor
é a perda da fantasia
nesta dura realidade.
domingo, 20 de setembro de 2009
Bom dia vida
Me senti parado no tempo
ao rever uma amiga.
Ela construiu uma vida,
a partir de um sonho,
em fevereiro estréia um novo espetáculo.
Fiquei vivendo o orgulho
de falar a língua do subjetivo.
Achar que entendia
das dores dos outros,
das minhas dores.
Vivi o subjetivo
a vida .com.br
Cheguei a beber mentiras,
me entorpecendo na maturidade
imatura dos adultos.
Hoje me encontrei
na vida de enganos,
rodeada de preconceitos.
Tenho demandas.
Quero buscá-las.
Uma paixão
não será solução,
pois os beijos e toques
se fazem pontuais,
e meu dia a dia
é longo.
Quero um amor.
Tenho que ceder
para avançar.
Abro mao de parte de minha liberdade
para ser livre.
A marola da vida
me transportam a uma distancia.
Meus sonhos e desejos
me transportam a todo amanhecer.
Bom dia vida.
ao rever uma amiga.
Ela construiu uma vida,
a partir de um sonho,
em fevereiro estréia um novo espetáculo.
Fiquei vivendo o orgulho
de falar a língua do subjetivo.
Achar que entendia
das dores dos outros,
das minhas dores.
Vivi o subjetivo
a vida .com.br
Cheguei a beber mentiras,
me entorpecendo na maturidade
imatura dos adultos.
Hoje me encontrei
na vida de enganos,
rodeada de preconceitos.
Tenho demandas.
Quero buscá-las.
Uma paixão
não será solução,
pois os beijos e toques
se fazem pontuais,
e meu dia a dia
é longo.
Quero um amor.
Tenho que ceder
para avançar.
Abro mao de parte de minha liberdade
para ser livre.
A marola da vida
me transportam a uma distancia.
Meus sonhos e desejos
me transportam a todo amanhecer.
Bom dia vida.
sábado, 19 de setembro de 2009
Busca do Mel
Levo-me
no meio da multidão.
As vezes de forma solta
Em outras acorrentado.
Quando sobro
naquilo que sinto
o silencio
pesa.
Fico horas
falando do nada, e
de sentimentos transparentes, e
de sentimentos opacos.
Sou um ser afoito
na captura
de suas abelhas,
na busca do mel.
Meu ato é o ousar
meu toque o lambuzar.
Meus limites
estão fora de mim.
no meio da multidão.
As vezes de forma solta
Em outras acorrentado.
Quando sobro
naquilo que sinto
o silencio
pesa.
Fico horas
falando do nada, e
de sentimentos transparentes, e
de sentimentos opacos.
Sou um ser afoito
na captura
de suas abelhas,
na busca do mel.
Meu ato é o ousar
meu toque o lambuzar.
Meus limites
estão fora de mim.
Quero ir, ir, ir...
Construo minhas fronteiras, com a consciência.
Delimito até aonde posso ir. Porém existe uma diferença absal entre minhas fronteiras e meus limites.
Existem momentos em que não chego nem perto de minhas fronteiras, apesar do meu eu crítico, permitir, aceitar o fato.
Existem outros momentos, em que cruzo minhas fronteiras, chegando ao desconhecido, ao meu inaceitável...
Se não exploro o que sinto, pago o preço de me expor, na koiza externa , que me adoece.
Afinal o que quero, o que busco ter, o que eu tenho....
Sei que lido com a falta .
Por isto vivo diante dela , e de tudo aquilo que poderia ser diferente.
Falo com meu silencio, ai vivo minha dor. Estou e não sou percebido.
O quanto suportarei, não sei. Mas como os pássaros, acordo com cada amanhecer, em um vôo, com a intenção destino, do falar e ouvir.
Minha percepção do mundo ficou mais rica , após as terapias, a internação. O trabalhar a contenção, o silencio, o esperar, o engolir seco, o choro contido e o não contido, os
telefonemas....um por dia , que recebi.
Gente parente ou não, amigo ou não, colega ou não, prestador de serviço ou não, do partido ou não.....
Gente pra quem sempre pousei de capaz, que aos poucos apareceram, prestando solidariedade, querendo saber de mim, Querendo ouvir minha voz, saber das entrelinhas, nunca ditas. Das dores. De minhas entranhas.
Entranhas que até eu, percebi como estranhas.
Afinal, nunca me permiti viver minhas limitações, limitações físicas, limitações profissionais, limitações emocionais...
Sempre agarrei-me ao trabalho, ao partido, ao desejo do outro, sem perceber o tempo passar,
para compensar as faltas.
Hoje minhas limitações físicas são outras. As que sempre neguei, nunca aceitei, só fazem parte deste grande e novo diagnostico.
Minha família pressionou, nunca aceitando minha internação. Estava morrendo, e ninguém via . E nem tomaram consciência do que ocorreu até hoje, apesar de ter inclusive tentado um suicídio.
Nem minha família , nem meus camaradas de PSOL, nem quase ninguém.
Se hoje não enxergam o ser que me transformei, que tenta gostar um pouco de mim, para viver e sobreviver, ou é porque acreditavam na existência de uma pessoa , de sorriso e pré disposição para tudo a qualquer hora , que sempre se pré apresentava , ou porque realmente o único Wellington que serve, é o que só da , sem ser alimentado. Um alienigena.
Uma certeza que tenho, é que não quero continuar representado aquele ser que vivi.
Primeiro porque foi ruim, péssimo, pois nunca me trouxe prazer, me castrou.
Segundo, porque nem que quisesse conseguiria me repetir. Morreria .
Ouço vozes, vozes que falam de minha invalidez, perante a vida .
Estou sensível por demais. Preciso mudar, pois o chorar hoje me afoga . Acho ruim, pois não
aceito ser vítima do meu eu.
Vivia um mundo, em que meu desejo, sempre foi colocado num futuro. La era meu Eldorado, minha promessa de gozo.
O meu aqui era la, e o la era um lugar que nada me dizia , pois nunca o vivenciei.
Todo este pouco que juntei me é tão muito agora . Busco o incentivo dentro de mim. Descarto o fugas.
Hoje percebo o que fiz comigo. Anulei-me, lesionei-me para agradar, ser reconhecido e querido, afirmar-me capaz.
Agora volto a vida . Com passos pequenos. Quase engatinhando. Mas quero ir, ir, ir...
Delimito até aonde posso ir. Porém existe uma diferença absal entre minhas fronteiras e meus limites.
Existem momentos em que não chego nem perto de minhas fronteiras, apesar do meu eu crítico, permitir, aceitar o fato.
Existem outros momentos, em que cruzo minhas fronteiras, chegando ao desconhecido, ao meu inaceitável...
Se não exploro o que sinto, pago o preço de me expor, na koiza externa , que me adoece.
Afinal o que quero, o que busco ter, o que eu tenho....
Sei que lido com a falta .
Por isto vivo diante dela , e de tudo aquilo que poderia ser diferente.
Falo com meu silencio, ai vivo minha dor. Estou e não sou percebido.
O quanto suportarei, não sei. Mas como os pássaros, acordo com cada amanhecer, em um vôo, com a intenção destino, do falar e ouvir.
Minha percepção do mundo ficou mais rica , após as terapias, a internação. O trabalhar a contenção, o silencio, o esperar, o engolir seco, o choro contido e o não contido, os
telefonemas....um por dia , que recebi.
Gente parente ou não, amigo ou não, colega ou não, prestador de serviço ou não, do partido ou não.....
Gente pra quem sempre pousei de capaz, que aos poucos apareceram, prestando solidariedade, querendo saber de mim, Querendo ouvir minha voz, saber das entrelinhas, nunca ditas. Das dores. De minhas entranhas.
Entranhas que até eu, percebi como estranhas.
Afinal, nunca me permiti viver minhas limitações, limitações físicas, limitações profissionais, limitações emocionais...
Sempre agarrei-me ao trabalho, ao partido, ao desejo do outro, sem perceber o tempo passar,
para compensar as faltas.
Hoje minhas limitações físicas são outras. As que sempre neguei, nunca aceitei, só fazem parte deste grande e novo diagnostico.
Minha família pressionou, nunca aceitando minha internação. Estava morrendo, e ninguém via . E nem tomaram consciência do que ocorreu até hoje, apesar de ter inclusive tentado um suicídio.
Nem minha família , nem meus camaradas de PSOL, nem quase ninguém.
Se hoje não enxergam o ser que me transformei, que tenta gostar um pouco de mim, para viver e sobreviver, ou é porque acreditavam na existência de uma pessoa , de sorriso e pré disposição para tudo a qualquer hora , que sempre se pré apresentava , ou porque realmente o único Wellington que serve, é o que só da , sem ser alimentado. Um alienigena.
Uma certeza que tenho, é que não quero continuar representado aquele ser que vivi.
Primeiro porque foi ruim, péssimo, pois nunca me trouxe prazer, me castrou.
Segundo, porque nem que quisesse conseguiria me repetir. Morreria .
Ouço vozes, vozes que falam de minha invalidez, perante a vida .
Estou sensível por demais. Preciso mudar, pois o chorar hoje me afoga . Acho ruim, pois não
aceito ser vítima do meu eu.
Vivia um mundo, em que meu desejo, sempre foi colocado num futuro. La era meu Eldorado, minha promessa de gozo.
O meu aqui era la, e o la era um lugar que nada me dizia , pois nunca o vivenciei.
Todo este pouco que juntei me é tão muito agora . Busco o incentivo dentro de mim. Descarto o fugas.
Hoje percebo o que fiz comigo. Anulei-me, lesionei-me para agradar, ser reconhecido e querido, afirmar-me capaz.
Agora volto a vida . Com passos pequenos. Quase engatinhando. Mas quero ir, ir, ir...
Vomito
Vomito,
toda raiva que engoli.
Escorrego em meu vomito,
perco o controle físico,
o controle mental.
Vivo meu desequilíbrio
no instante da queda ,
na busca por apoios.
Apresento-me em um ma la ba rismo
circense.
As vezes me seguro
no show
do desequilíbrio
Normalmente não estabaco no chão,
caio em pé.
Finjo ignorar
os respingos
do vômito
na roupa,
Seu odor.
Só finjo,
pois meu incomodo existe,
me acompanha ,
Até nas realizações,
em minhas vitórias.
As dores no corpo
são sintomas,
adereços,
cotidianos,
em minha fantasia.
É fácil falar delas,
o assunto se torrna
até agradável.
Difícil é falar
das dores abstratas.
Dores daqueles locais,
aonde as ecografias,
os hemogramas,
os telegramas,
não chegam.
Meu incomodo
esta em mim.
não nos outros.
Funciono
negando esta verdade.
Meu reflexo,
não sou eu.
Porém reajo
como se fosse.
Personagem do sou eu.
Prefiro
meu lado público,
que finjo aceitar,
tolerar,
em uma masturbação fúnebre.
toda raiva que engoli.
Escorrego em meu vomito,
perco o controle físico,
o controle mental.
Vivo meu desequilíbrio
no instante da queda ,
na busca por apoios.
Apresento-me em um ma la ba rismo
circense.
As vezes me seguro
no show
do desequilíbrio
Normalmente não estabaco no chão,
caio em pé.
Finjo ignorar
os respingos
do vômito
na roupa,
Seu odor.
Só finjo,
pois meu incomodo existe,
me acompanha ,
Até nas realizações,
em minhas vitórias.
As dores no corpo
são sintomas,
adereços,
cotidianos,
em minha fantasia.
É fácil falar delas,
o assunto se torrna
até agradável.
Difícil é falar
das dores abstratas.
Dores daqueles locais,
aonde as ecografias,
os hemogramas,
os telegramas,
não chegam.
Meu incomodo
esta em mim.
não nos outros.
Funciono
negando esta verdade.
Meu reflexo,
não sou eu.
Porém reajo
como se fosse.
Personagem do sou eu.
Prefiro
meu lado público,
que finjo aceitar,
tolerar,
em uma masturbação fúnebre.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Balanço do pé
Ele andava, andava
na madrugada.
Não sei se na esperança
de chegar
ou de te alcançar.
Mas ele andava
com sua miopia,
percebendo o “real”
das longas noites,
das árvores falantes,
dançantes,
que abrigam a madrugada,
com sua ginga
com sabor
sabor de vento.
Vento que o provoca
que o arrepia
vento de pelos de pé.
Vento de mamilos,
mamilos encolhidos,
vento meio tesão,
meio corpo molhado,
encharcado,
pelo andar,
pelo desejo,
de chegar,
de te alcançar.
Nas sombras,
nas lombras,
nos leves toques,
em seu cabelo,
no seu sorriso,
no seu movimento,
do balanço do pé...
na madrugada.
Não sei se na esperança
de chegar
ou de te alcançar.
Mas ele andava
com sua miopia,
percebendo o “real”
das longas noites,
das árvores falantes,
dançantes,
que abrigam a madrugada,
com sua ginga
com sabor
sabor de vento.
Vento que o provoca
que o arrepia
vento de pelos de pé.
Vento de mamilos,
mamilos encolhidos,
vento meio tesão,
meio corpo molhado,
encharcado,
pelo andar,
pelo desejo,
de chegar,
de te alcançar.
Nas sombras,
nas lombras,
nos leves toques,
em seu cabelo,
no seu sorriso,
no seu movimento,
do balanço do pé...
Pintura de guerra
Hoje tinha dois compromissos
um de trabalho,
de enfrentamento,
de guerra.
Me pintei para guerra,
com tarjas pretas no rosto,
como um guerreiro.
Meu outro compromisso,
era um encontro,
com meu desejo.
Pintei meus lábios,
de vermelho,
vermelho desejo,
vermelho de beijo.
um de trabalho,
de enfrentamento,
de guerra.
Me pintei para guerra,
com tarjas pretas no rosto,
como um guerreiro.
Meu outro compromisso,
era um encontro,
com meu desejo.
Pintei meus lábios,
de vermelho,
vermelho desejo,
vermelho de beijo.
segunda-feira, 8 de junho de 2009
...comecei a aprender a viver,
quando comecei aprender
a ouvir-me.
A partir daí,
ouvir os outros,
se tornou uma possibilidade real.
As noites,
são as noites....
Mágicas!!!!!
Mágicas por permitirem
que as vontades,
os desejos,
se aflorem.
Brotem,
se materializem
no imaginário.
Todos farão parte de seus sonhos.
Mas poucos,
os desejos,
terão a denominação de “sonho”.
Vivo no mundo das palavras,
das ditas,
não ditas,
das entrelinhas,
da subjetividade,
e do concreto
peso dos atos.
Fiz de meu choro
meu parceiro
termômetro de minhas decisões,
de sorrisos profundos
de olhares contagiantes.
Cavo meu espaço
Dou eco a minha voz
Construo e destruo
com o mesmo argumento
minhas certezas e incertezas.
Aprendo a tragar
fumo um cigarro
O último deste instante
e o primeiro deste resgate
de difíceis vontades,
Vontades,
Desejos,
Sonhos,
Realizações...
Apaga o cigarro
Ascenda tua determinação
Vou te ensinar a tragá-la
Desta vez sou seu parceiro.
Porque o desabrochar
de cada um,
necessita de cuidados
amados,
acompanhados.
quando comecei aprender
a ouvir-me.
A partir daí,
ouvir os outros,
se tornou uma possibilidade real.
As noites,
são as noites....
Mágicas!!!!!
Mágicas por permitirem
que as vontades,
os desejos,
se aflorem.
Brotem,
se materializem
no imaginário.
Todos farão parte de seus sonhos.
Mas poucos,
os desejos,
terão a denominação de “sonho”.
Vivo no mundo das palavras,
das ditas,
não ditas,
das entrelinhas,
da subjetividade,
e do concreto
peso dos atos.
Fiz de meu choro
meu parceiro
termômetro de minhas decisões,
de sorrisos profundos
de olhares contagiantes.
Cavo meu espaço
Dou eco a minha voz
Construo e destruo
com o mesmo argumento
minhas certezas e incertezas.
Aprendo a tragar
fumo um cigarro
O último deste instante
e o primeiro deste resgate
de difíceis vontades,
Vontades,
Desejos,
Sonhos,
Realizações...
Apaga o cigarro
Ascenda tua determinação
Vou te ensinar a tragá-la
Desta vez sou seu parceiro.
Porque o desabrochar
de cada um,
necessita de cuidados
amados,
acompanhados.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
Enquanto "pinga"
Cheiro da madrugada
Cheiro da escuridão
Cheiro da solidão
De dia eu não durmo
Não consigo
Isto foi classificado
como depressão profunda....
Mas ainda estou vivo.
Deve matar aos poucos, rsss
A conta gotas.
Enquanto “pinga”
não me embriago
apenas me molho
com o suor
das fortes emoções.
Trafego na madrugada
Transgredindo o tráfico
da vida.
Tráfico?, ou transito, rsss.
Transgredindo ou transferindo?
Meus instantes,
de dor, de choro de amor.
Parto com o acordar dos pássaros
com o raiar do dia.
Parto e para nascer na claridade.
que ofusca
o meu ver,
perceber,
meus olhos azuis.
Cheiro da escuridão
Cheiro da solidão
De dia eu não durmo
Não consigo
Isto foi classificado
como depressão profunda....
Mas ainda estou vivo.
Deve matar aos poucos, rsss
A conta gotas.
Enquanto “pinga”
não me embriago
apenas me molho
com o suor
das fortes emoções.
Trafego na madrugada
Transgredindo o tráfico
da vida.
Tráfico?, ou transito, rsss.
Transgredindo ou transferindo?
Meus instantes,
de dor, de choro de amor.
Parto com o acordar dos pássaros
com o raiar do dia.
Parto e para nascer na claridade.
que ofusca
o meu ver,
perceber,
meus olhos azuis.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
Breno
Almocei,
meio que na janta,
num rodízio de massas.
Foi bom,
foi ótimo,
foi tão bom,
que o “rivotril”,
não fez efeito.
Estou acordado
na noite,
escrevendo,
bailando com o desejo.
com minhas indagações,
pressões.
Meu filhote, Breno,
chorou,
como as crianças choram,
compulsivamente,
como se o mundo fosse acabar.
Sabe porque?
Saudades de mim.
Do Paizão brincalhão.
Raiva da clínica,
que me prende,
que me tirou o dever,
de leva-lo e busca-lo
na escola.
Agora é o motorista.
Saudade de se esfregar em mim
falar de seus projetos,
seus filmes,
seus personagens.....
Koiza que creio que só eu ouvia,
e vivia com ele.
Koiza de parceiro
de sonhos e loucuras.
Parceiro de viagens intergaláctica
parceiro de comprar um chiclete,
um pen-drive novo,
ou um gibi da Mônica.
Sinto-me refém,
de meus limites,
de minha capacidade.
meio que na janta,
num rodízio de massas.
Foi bom,
foi ótimo,
foi tão bom,
que o “rivotril”,
não fez efeito.
Estou acordado
na noite,
escrevendo,
bailando com o desejo.
com minhas indagações,
pressões.
Meu filhote, Breno,
chorou,
como as crianças choram,
compulsivamente,
como se o mundo fosse acabar.
Sabe porque?
Saudades de mim.
Do Paizão brincalhão.
Raiva da clínica,
que me prende,
que me tirou o dever,
de leva-lo e busca-lo
na escola.
Agora é o motorista.
Saudade de se esfregar em mim
falar de seus projetos,
seus filmes,
seus personagens.....
Koiza que creio que só eu ouvia,
e vivia com ele.
Koiza de parceiro
de sonhos e loucuras.
Parceiro de viagens intergaláctica
parceiro de comprar um chiclete,
um pen-drive novo,
ou um gibi da Mônica.
Sinto-me refém,
de meus limites,
de minha capacidade.
domingo, 26 de abril de 2009
Maça
Creio ter apreendido
a morder uma maça.
Escolhendo a mais bonita,
a mais perfeita,
cheirosa,
majestosa.
Então olha-la
com atenção
admiração,
desejo,
e morde-la,
consumi-la,
acabando com sua plástica,
devorando sua cor,
vermelha de vida,
vermelha de amor.
Percebe-la em minha mão,
sob meus olhos,
controlar a vontade,
a mordida,
a outra,
as outras,
a prazerosa repetição,
da ingestão.
Do prazer oral.
De te-la,
até o momento,
de não mais te-la,
como fruta,
como matéria,
em minha mão.
a morder uma maça.
Escolhendo a mais bonita,
a mais perfeita,
cheirosa,
majestosa.
Então olha-la
com atenção
admiração,
desejo,
e morde-la,
consumi-la,
acabando com sua plástica,
devorando sua cor,
vermelha de vida,
vermelha de amor.
Percebe-la em minha mão,
sob meus olhos,
controlar a vontade,
a mordida,
a outra,
as outras,
a prazerosa repetição,
da ingestão.
Do prazer oral.
De te-la,
até o momento,
de não mais te-la,
como fruta,
como matéria,
em minha mão.
....., ou coisa de gente muito entendida....
Olá Well,
Sei que tem se afastado dos computadores depois que descobriu o celular. kkk.
Sai daí sem me despedir. Penso que logo irei aí. Te procuro pra ver as fotos da festa que aconteceu em sua casa.
A Vânia me enviou uma das fotos que tirou. Só faltam aquelas que o Eduardo tirou.
Como vai você? Reduziu um pouco as atividades ou ainda continua a mil por hora?
E o seu primo Wellington? Melhor?
Abraço a todos vocês
Ferretch
Oi Fernando
Pelo contrário
Também me afastei do celular.
Estou fazendo um tratamento psiquiátrico desde que você se foi.
Na clínica me tomam o celular e a chave do carro.
O celular para que me desligue do mundo externo.
A chave do carro, porque já fuji uma vez, rsss.
Fico o dia por lá, de segunda a sexta.
Também estou tomando dois remédios, um ao acordar, outro ao deitar. Eram para ser três, mas um deles eu boicoto, rsss. Se não fico caindo, sem controle motor, nem de idéias.
Meu primo Wellington cortou os pulsos faz dois dias
Foi sangue pra todo lado, mas ele esta "bem", se podemos "avaliar" assim.
Esta medicado.
Não corre risco de vida
Mas deve estar um novelo com muitos nós sua cabeça.
Interessante como as pessoas dão sinal.
Tinha certeza da crise que vivia.
Seus hábitos, sua forma de relacionamento mudou.
Comentei isto antes do almoço com dois outros pacientes.
Ele cortou os pulsos após o almoço.
Agora proibiram dele receber visitas
Não entendi este fato, não me parece lógico
Dizem que é para punilo pela ação....
KOIZA de doido....., ou coisa de gente muito entendida....
Todo mundo que sabe de mim, se assusta, diz que eu não tenho nada.
Que quem tem depressão não tem sorriso bonito.
Ou paro de sorrir para confirmar o diagnostico,
ou fico "rindo" da colocação e incompreensão de todos.
Mas a vida segue. Ainda bem
Creio que cavo um tempo que necessito.
Venha sim, ou nos vemos no final de semana, ou você me visite por lá
Estou na mesma clínica que o Alger fica
Quem estava por lá era a Jacira, ex companheira do Lúcio.
Foi ótimo estar com ela
Um forte beijo.
wellsol
Sei que tem se afastado dos computadores depois que descobriu o celular. kkk.
Sai daí sem me despedir. Penso que logo irei aí. Te procuro pra ver as fotos da festa que aconteceu em sua casa.
A Vânia me enviou uma das fotos que tirou. Só faltam aquelas que o Eduardo tirou.
Como vai você? Reduziu um pouco as atividades ou ainda continua a mil por hora?
E o seu primo Wellington? Melhor?
Abraço a todos vocês
Ferretch
Oi Fernando
Pelo contrário
Também me afastei do celular.
Estou fazendo um tratamento psiquiátrico desde que você se foi.
Na clínica me tomam o celular e a chave do carro.
O celular para que me desligue do mundo externo.
A chave do carro, porque já fuji uma vez, rsss.
Fico o dia por lá, de segunda a sexta.
Também estou tomando dois remédios, um ao acordar, outro ao deitar. Eram para ser três, mas um deles eu boicoto, rsss. Se não fico caindo, sem controle motor, nem de idéias.
Meu primo Wellington cortou os pulsos faz dois dias
Foi sangue pra todo lado, mas ele esta "bem", se podemos "avaliar" assim.
Esta medicado.
Não corre risco de vida
Mas deve estar um novelo com muitos nós sua cabeça.
Interessante como as pessoas dão sinal.
Tinha certeza da crise que vivia.
Seus hábitos, sua forma de relacionamento mudou.
Comentei isto antes do almoço com dois outros pacientes.
Ele cortou os pulsos após o almoço.
Agora proibiram dele receber visitas
Não entendi este fato, não me parece lógico
Dizem que é para punilo pela ação....
KOIZA de doido....., ou coisa de gente muito entendida....
Todo mundo que sabe de mim, se assusta, diz que eu não tenho nada.
Que quem tem depressão não tem sorriso bonito.
Ou paro de sorrir para confirmar o diagnostico,
ou fico "rindo" da colocação e incompreensão de todos.
Mas a vida segue. Ainda bem
Creio que cavo um tempo que necessito.
Venha sim, ou nos vemos no final de semana, ou você me visite por lá
Estou na mesma clínica que o Alger fica
Quem estava por lá era a Jacira, ex companheira do Lúcio.
Foi ótimo estar com ela
Um forte beijo.
wellsol
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Variações??? de amor
Amor
E sua variações
Variações????
Às vezes pego
pessoas queridas
próximas
Se amando em você,
na sua vida,
nos seus desejos,
nas suas buscas.
Que se chateiam
e se ofendem
com suas escolhas.
O amor é maior que isto
é entrega
é satisfação,
senão é compromisso,
é trabalho.
Tem-se que se amar na gente
não se amar nos outros,
pois isto não é amor.
E sua variações
Variações????
Às vezes pego
pessoas queridas
próximas
Se amando em você,
na sua vida,
nos seus desejos,
nas suas buscas.
Que se chateiam
e se ofendem
com suas escolhas.
O amor é maior que isto
é entrega
é satisfação,
senão é compromisso,
é trabalho.
Tem-se que se amar na gente
não se amar nos outros,
pois isto não é amor.
Tive tanto medo, de perder a "sandália"
Estava pronto para dormir.
Amanha pela manha, seria o dia de minha cirurgia.
Como sempre acordei cedo, ainda estava escuro.
Não por medo, ou ansiedade, mas realmente por hábito.
No meu quarto, dormia meu amigo paciente, que também se submeteria a cirurgia naquele dia, e sua filha.
Andava pelo corredor frio e silenciosamente ouvia o grito da noite,
Logo amanhecia e fomos visitados por uma enfermeira que mandou que meu companheiro e eu tomássemos banho, pois “a hora” estava chegando.
Ele foi primeiro, meio que amparado por sua filha Norma.
Certa angustia, certo medo, poucas lágrimas e o desejo de sorte para mim quando seguiram com a enfermeira.
Pela cena, realmente senti o peso das palavras da enfermeira, “a hora esta chegando”.
Estava pronto e só.
Olhava a porta do quarto, meio com a certeza de que alguém meu apareceria antes do convite de seguir para a cirurgia.
Passaram-se umas duas horas. Eu sentado a cama, olhando para a porta.
Derepente uma senhora, vestida de branco, mas com a secura que os anjos não tem, convida-me a segui-la.
Manda-me deixar tudo no quarto, relógio, celular, documentos, os desejos, a vida....
Saio pelo corredor a segui-la.
Tento puxar algum assunto, cortar o silencio, o clima, mas ela não estava para papos.
Olho em volta novamente, na esperança de poder falar com alguém meu.
Passo por gente pelos corredores, uns rindo, outros sentados apresentando dor.
Passo pelo desconhecido, querendo me pegar a algo, a alguém, a palavra.
Enfim chegamos a porta da sala de cirurgia.
Seu trabalho havia terminado.
Me deseja “boa sorte”, como se estivesse a entrar em Lãs Vegas, chama um senhor, a quem me “entrega” e se vai.
O jovem enfermeiro de forma educada, questiona-me sobre se tinha um acompanhante, pois teria que deixar a minha sandália japonesa ali fora, no corredor de entrada.
Me apeguei naquele fato.
Era o único objeto lógico que tinha.
Construí minha tese de que infelizmente não poderia entrar na sala cirúrgica, pois aquela sandália era nova, e que seria totalmente ilógico e irresponsável de minha parte, abandona-la ali naquele corredor, aonde ficaria exposta a própria sorte.
Juro que tentei, argumentei, dei dramaticidade ao fato, olhando ao corredor se chegava alguém meu.
O jovem enfermeiro, pegou minha sandália, e jurou pelo mais sagrado, que poderia entrar, que minha rica e bela sandália ficaria sobre sua responsabilidade.
Demonstrando certa preocupação com minha sandália, entrei resignado.
Quando voltei ao quarto, após a cirurgia, fui visitado pelo rapaz, que de forma dócil, devolveu a mesma.
Tive tanto medo,
de perder a “sandália”.
Amanha pela manha, seria o dia de minha cirurgia.
Como sempre acordei cedo, ainda estava escuro.
Não por medo, ou ansiedade, mas realmente por hábito.
No meu quarto, dormia meu amigo paciente, que também se submeteria a cirurgia naquele dia, e sua filha.
Andava pelo corredor frio e silenciosamente ouvia o grito da noite,
Logo amanhecia e fomos visitados por uma enfermeira que mandou que meu companheiro e eu tomássemos banho, pois “a hora” estava chegando.
Ele foi primeiro, meio que amparado por sua filha Norma.
Certa angustia, certo medo, poucas lágrimas e o desejo de sorte para mim quando seguiram com a enfermeira.
Pela cena, realmente senti o peso das palavras da enfermeira, “a hora esta chegando”.
Estava pronto e só.
Olhava a porta do quarto, meio com a certeza de que alguém meu apareceria antes do convite de seguir para a cirurgia.
Passaram-se umas duas horas. Eu sentado a cama, olhando para a porta.
Derepente uma senhora, vestida de branco, mas com a secura que os anjos não tem, convida-me a segui-la.
Manda-me deixar tudo no quarto, relógio, celular, documentos, os desejos, a vida....
Saio pelo corredor a segui-la.
Tento puxar algum assunto, cortar o silencio, o clima, mas ela não estava para papos.
Olho em volta novamente, na esperança de poder falar com alguém meu.
Passo por gente pelos corredores, uns rindo, outros sentados apresentando dor.
Passo pelo desconhecido, querendo me pegar a algo, a alguém, a palavra.
Enfim chegamos a porta da sala de cirurgia.
Seu trabalho havia terminado.
Me deseja “boa sorte”, como se estivesse a entrar em Lãs Vegas, chama um senhor, a quem me “entrega” e se vai.
O jovem enfermeiro de forma educada, questiona-me sobre se tinha um acompanhante, pois teria que deixar a minha sandália japonesa ali fora, no corredor de entrada.
Me apeguei naquele fato.
Era o único objeto lógico que tinha.
Construí minha tese de que infelizmente não poderia entrar na sala cirúrgica, pois aquela sandália era nova, e que seria totalmente ilógico e irresponsável de minha parte, abandona-la ali naquele corredor, aonde ficaria exposta a própria sorte.
Juro que tentei, argumentei, dei dramaticidade ao fato, olhando ao corredor se chegava alguém meu.
O jovem enfermeiro, pegou minha sandália, e jurou pelo mais sagrado, que poderia entrar, que minha rica e bela sandália ficaria sobre sua responsabilidade.
Demonstrando certa preocupação com minha sandália, entrei resignado.
Quando voltei ao quarto, após a cirurgia, fui visitado pelo rapaz, que de forma dócil, devolveu a mesma.
Tive tanto medo,
de perder a “sandália”.
Vontades...
Hoje o cansaço me toma,
falta-me vontade,
desejos,
movimentos.
Vontade de fechar os olhos
e não ver nenhum “filme” passar.
Vontade de não esperar
ninguém chegar,
pura vontade de hibernar
ou não mais acordar.
Hoje realmente,
sinto vontade,
de não sentir
mais vontades.
falta-me vontade,
desejos,
movimentos.
Vontade de fechar os olhos
e não ver nenhum “filme” passar.
Vontade de não esperar
ninguém chegar,
pura vontade de hibernar
ou não mais acordar.
Hoje realmente,
sinto vontade,
de não sentir
mais vontades.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Eterna felicidade
O tempo passa,
foge, voa, engana,
e a gente se perde
na percepção da vida.
Dou peso às palavras
aos sentidos,
aos sentimentos.
Certa vez,
sentindo o coração
bater na boca,
com o corpo suado,
os olhos enfeitiçados,
o desejo latente,
o infinito presente,
confessei que te amava.
A vida nos afastou,
bateu, maltratou.
Pela incompreensão,
pela intransigência,
pela arritmia,
do falar, ouvir,
permitir.
Trinta anos se passaram,
e só hoje percebo,
que o fogo que restou
de nosso relacionamento
ainda existe,
mas infelizmente,
ele só "queima",
não "aquece" mais.
Chorei,
revivendo as corridas pela grama,
os copos de leite bebidos na madrugada,
os banhos de chuva,
as caminhadas de mãos dadas,
a certeza da eterna intimidade,
do "eterno" amor.
Hoje quase não nos falamos,
mas faço questão de te dizer,
o quanto tudo foi presente
e verdadeiro durante estes anos.
Mesmo separados.
Te tiro de meu coração,
não como quem retira um peso,
mas como quem abre um lugar
que me permitirá viver, sobreviver.
Tentar falar de novo
"eu te amo".
Um beijo e obrigado por tudo,
que vivi com voce,
que apreendi com você.
Eterna felicidade.
foge, voa, engana,
e a gente se perde
na percepção da vida.
Dou peso às palavras
aos sentidos,
aos sentimentos.
Certa vez,
sentindo o coração
bater na boca,
com o corpo suado,
os olhos enfeitiçados,
o desejo latente,
o infinito presente,
confessei que te amava.
A vida nos afastou,
bateu, maltratou.
Pela incompreensão,
pela intransigência,
pela arritmia,
do falar, ouvir,
permitir.
Trinta anos se passaram,
e só hoje percebo,
que o fogo que restou
de nosso relacionamento
ainda existe,
mas infelizmente,
ele só "queima",
não "aquece" mais.
Chorei,
revivendo as corridas pela grama,
os copos de leite bebidos na madrugada,
os banhos de chuva,
as caminhadas de mãos dadas,
a certeza da eterna intimidade,
do "eterno" amor.
Hoje quase não nos falamos,
mas faço questão de te dizer,
o quanto tudo foi presente
e verdadeiro durante estes anos.
Mesmo separados.
Te tiro de meu coração,
não como quem retira um peso,
mas como quem abre um lugar
que me permitirá viver, sobreviver.
Tentar falar de novo
"eu te amo".
Um beijo e obrigado por tudo,
que vivi com voce,
que apreendi com você.
Eterna felicidade.
domingo, 19 de abril de 2009
Como um “guapo”
Acordar com o amanhecer
seus sons,
seus pássaros,
o aquecer tímido do sol.
Buscar na água,
a limpeza,
Buscar na água,
a vida.
Começar a alquimia
de preparar o café.
Desejar o cheiro,
degusta-lo,
aquecer o corpo,
viajar em sua densidade.
Dar bom dia a vida,
perceber o céu,
e sua grandeza.
Perceber em você,
a também grandeza
de opções
a tomar.
Bom dia vida,
bom dia amores,
bom dia meus sonhos.
Vamos começar a brincar
de cozinhar feijão,
de comer melão,
de falar com o coração.
Como um “guapo”,
chego primeiro.
Vou pra rua,
vou pra vida,
antes do mundo despertar,
antes do jornal chegar,
antes das amaras me pegarem.
Comprimidos ingeridos
efeitos incontidos,
experiências novas.
Boca seca,
língua seca,
sensibilidade ...molhada.
Altamente molhada, rsssss.
seus sons,
seus pássaros,
o aquecer tímido do sol.
Buscar na água,
a limpeza,
Buscar na água,
a vida.
Começar a alquimia
de preparar o café.
Desejar o cheiro,
degusta-lo,
aquecer o corpo,
viajar em sua densidade.
Dar bom dia a vida,
perceber o céu,
e sua grandeza.
Perceber em você,
a também grandeza
de opções
a tomar.
Bom dia vida,
bom dia amores,
bom dia meus sonhos.
Vamos começar a brincar
de cozinhar feijão,
de comer melão,
de falar com o coração.
Como um “guapo”,
chego primeiro.
Vou pra rua,
vou pra vida,
antes do mundo despertar,
antes do jornal chegar,
antes das amaras me pegarem.
Comprimidos ingeridos
efeitos incontidos,
experiências novas.
Boca seca,
língua seca,
sensibilidade ...molhada.
Altamente molhada, rsssss.
sábado, 18 de abril de 2009
Tentando me esconder
E então, Heloísa, a terapeuta do grupo termina os trabalhos.
Todos correm para se levantar, e o “barulho” do silencio, do grito, do engasgo, do choro....., se transforma em risos, em rápidos movimentos, em mais que alegria, em euforia, em beijos, em começo de festa.
Sempre fico sentado. Meio assustado com a rápida transformação de ambiente, com o carnaval fora de época.
Ali fico imóvel até que todos saiam da sala.
E a solidão e o silencio retorne a minha alma.
Fico sentado na intenção de resgatar o que se passou.
O que se disse, o que se afirmou, o que se negou, o que provocou.....
Provocou????????
Provocou!!!!!!!!!!
Sai da sala, em meu ritmo.
Vejo a bandeja de alumínio, com bananas.
Como primatas, todos voam nas bananas.
Como primata também busco a minha.
O grupo se concentra ao sol, na varanda, fora da casa.
A sensação provocada pelo vento frio “parece” mais forte do que toda a terapia que se passou.
O murmurim das conversas e dos risos, a normalidade de “jacarezar” ao sol. Se expor. Expor?
Esperar o momento do almoço. Eis a tarefa.
Tentei me juntar a todos.
Mas era difícil.
Beirava o impossível.
Voltei a sala de estar.
Lá estava o Edson, sentado, só, como sempre.
De costa a varanda onde as pessoas estavam. Assim não poderia ver a interação dos pacientes.
Olhava fixo para a parede em frente. Como quem não estivesse ali. Como quem também não ouvisse. Sem demonstrar frio, sem demonstrar calor, sem demonstrar vida.
As mãos simetricamente apoiadas em suas cochas.
Adormecidas, esquecidas.
Mãos, capazes de tocar, de sentir, de perceber, de dar prazer.
Cochas, que o sustentam, movimentam, o arrepiam.
Estava em seu mundo, transportou-se a outro endereço, saiu da clínica, sem que nenhum enfermeiro visse, rsssssss.
Não transgredia as “regras” de convivência.....que coisa!.
Além dele creio que uma senhora nova, chamada Maria.
Sentada em posição fetal, em uma poltrona.
Silenciosamente e individualmente vivendo sua gestação.
Mas era ali que eu também queria ficar!!!.
Na varanda, as pessoas, o ter que falar, o ter que sorrir, o ter que estar era pesado demais. Não suportaria.
Então fui também para a sala, aonde teria a “suposta companhia” do Sr. Edson e da Sra. Maria.
Também sentei-me em uma poltrona, pois assim evitaria possíveis pessoas a meu lado.
Mas ao perceber o ambiente, nós três, mais o frio, contraposto ao “circo voador” do calor de todo aquele sol externo, senti-me vulnerável, exposto em meus sentimentos, em minha solidão, como um castelo de areia, pronto a ruir, com possíveis movimentos de lábios, de questionamentos.
Medo de perceber o reflexo, a imagem, daquela realidade, nas grandes janelas, de me ver lá também.
Fechei os olhos.
Levantei-me e rumei à busca da “lógica” dos outros.
Precisava de algo sustentável, de um argumento, de prova material, que me permitisse sustentar na “dita normalidade” a razão, o sexo de todos os anjos, o desejo contido.
Então peguei o jornal.
Voltei a sala, e recostei-me na mesma poltrona, colocando o jornal no colo.
Agora não fazia mais parte do grupo de Sr. Edson nem da Sra. Maria.
Era um “intelectual”, pronto para ler os problemas da humanidade, e bordar soluções, alusões, e até "internações".....
Estava pronto para ler, sobre a greve dos Professores, da Polícia Militar, sobre o cache do Arruda a apresentadora XUXA, sobre as mazelas do governo LULA, mesmo com toda a penumbra da sala.
Mesmo com os olhos encharcados.
Mesmo com o jornal fechado.
Todos correm para se levantar, e o “barulho” do silencio, do grito, do engasgo, do choro....., se transforma em risos, em rápidos movimentos, em mais que alegria, em euforia, em beijos, em começo de festa.
Sempre fico sentado. Meio assustado com a rápida transformação de ambiente, com o carnaval fora de época.
Ali fico imóvel até que todos saiam da sala.
E a solidão e o silencio retorne a minha alma.
Fico sentado na intenção de resgatar o que se passou.
O que se disse, o que se afirmou, o que se negou, o que provocou.....
Provocou????????
Provocou!!!!!!!!!!
Sai da sala, em meu ritmo.
Vejo a bandeja de alumínio, com bananas.
Como primatas, todos voam nas bananas.
Como primata também busco a minha.
O grupo se concentra ao sol, na varanda, fora da casa.
A sensação provocada pelo vento frio “parece” mais forte do que toda a terapia que se passou.
O murmurim das conversas e dos risos, a normalidade de “jacarezar” ao sol. Se expor. Expor?
Esperar o momento do almoço. Eis a tarefa.
Tentei me juntar a todos.
Mas era difícil.
Beirava o impossível.
Voltei a sala de estar.
Lá estava o Edson, sentado, só, como sempre.
De costa a varanda onde as pessoas estavam. Assim não poderia ver a interação dos pacientes.
Olhava fixo para a parede em frente. Como quem não estivesse ali. Como quem também não ouvisse. Sem demonstrar frio, sem demonstrar calor, sem demonstrar vida.
As mãos simetricamente apoiadas em suas cochas.
Adormecidas, esquecidas.
Mãos, capazes de tocar, de sentir, de perceber, de dar prazer.
Cochas, que o sustentam, movimentam, o arrepiam.
Estava em seu mundo, transportou-se a outro endereço, saiu da clínica, sem que nenhum enfermeiro visse, rsssssss.
Não transgredia as “regras” de convivência.....que coisa!.
Além dele creio que uma senhora nova, chamada Maria.
Sentada em posição fetal, em uma poltrona.
Silenciosamente e individualmente vivendo sua gestação.
Mas era ali que eu também queria ficar!!!.
Na varanda, as pessoas, o ter que falar, o ter que sorrir, o ter que estar era pesado demais. Não suportaria.
Então fui também para a sala, aonde teria a “suposta companhia” do Sr. Edson e da Sra. Maria.
Também sentei-me em uma poltrona, pois assim evitaria possíveis pessoas a meu lado.
Mas ao perceber o ambiente, nós três, mais o frio, contraposto ao “circo voador” do calor de todo aquele sol externo, senti-me vulnerável, exposto em meus sentimentos, em minha solidão, como um castelo de areia, pronto a ruir, com possíveis movimentos de lábios, de questionamentos.
Medo de perceber o reflexo, a imagem, daquela realidade, nas grandes janelas, de me ver lá também.
Fechei os olhos.
Levantei-me e rumei à busca da “lógica” dos outros.
Precisava de algo sustentável, de um argumento, de prova material, que me permitisse sustentar na “dita normalidade” a razão, o sexo de todos os anjos, o desejo contido.
Então peguei o jornal.
Voltei a sala, e recostei-me na mesma poltrona, colocando o jornal no colo.
Agora não fazia mais parte do grupo de Sr. Edson nem da Sra. Maria.
Era um “intelectual”, pronto para ler os problemas da humanidade, e bordar soluções, alusões, e até "internações".....
Estava pronto para ler, sobre a greve dos Professores, da Polícia Militar, sobre o cache do Arruda a apresentadora XUXA, sobre as mazelas do governo LULA, mesmo com toda a penumbra da sala.
Mesmo com os olhos encharcados.
Mesmo com o jornal fechado.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
...não busco a “poesia”,
Aos poucos,
me vejo,
ser chamado de poeta.
De forma carinhosa,
como quem tenta incentivar,
fazer um elogio.
Mas quem me lê
nem ao menos percebe
que não busco a “poesia”,
que não busco o ser poeta,
com seu glamour,
com sua leveza.
Escrevo,
na tentativa de ser ouvido,
percebido,
na tentativa de expor
minha erupção,
minha solidão.
Escrevo mais meus desejos,
que minha realidade.
Escrevo com lágrimas,
com saudades,
com vontades.
Vontades de ser ouvido!!!
Desenho a vida,
dou cor, a minha dor,
como numa aquarela.
Exponho em versos
ou em prosas
minha tristeza.
me vejo,
ser chamado de poeta.
De forma carinhosa,
como quem tenta incentivar,
fazer um elogio.
Mas quem me lê
nem ao menos percebe
que não busco a “poesia”,
que não busco o ser poeta,
com seu glamour,
com sua leveza.
Escrevo,
na tentativa de ser ouvido,
percebido,
na tentativa de expor
minha erupção,
minha solidão.
Escrevo mais meus desejos,
que minha realidade.
Escrevo com lágrimas,
com saudades,
com vontades.
Vontades de ser ouvido!!!
Desenho a vida,
dou cor, a minha dor,
como numa aquarela.
Exponho em versos
ou em prosas
minha tristeza.
sábado, 11 de abril de 2009
Sinto secura
Minha boca seca,
pede por água,
pede por vida.
São os remédios
que me dão vontade
de ingerir o mundo.
O mundo líquido,
o mundo fluido.
Sinto secura,
de viver
com o coração na mão.
De comer fruta no pé,
de chutar lata,
de apostar corrida,
até o nada
e com direito a gargalhadas.
Sinto secura,
por te beijar.
Em uma enxurrada
de beijos secos.
Aonde vivo
o contato,
prazerosamente áspero,
de minha boca quente
em seu corpo.
Sinto secura,
por respostas,
por ser ouvido,
por compreensão,
por conversas em sussurros,
de mãos dadas,
sem hora de terminar,
com a lu@ a iluminar.
Sinto secura,
pois a vida me deixou assim.
Apesar de nunca ter sido seco,
em minhas relações.
Secura nas contradições
nas engrenagens das buscas.
Nos gritos contidos,
nos olhos azuis avermelhados.
Sinto secura,
me envolvendo na poeira
que cobre o tempo.
Escrevo recados,
bordo os desejos,
e aguardo o vento,
vento seco,
que levará o não dito.
Sinto secura,
hoje, pelos remédios.
Mas nem percebia
que já sentia secura,
antes...
Secura de vontade,
secura de viver.
Secura por um abraço
secura por você.
pede por água,
pede por vida.
São os remédios
que me dão vontade
de ingerir o mundo.
O mundo líquido,
o mundo fluido.
Sinto secura,
de viver
com o coração na mão.
De comer fruta no pé,
de chutar lata,
de apostar corrida,
até o nada
e com direito a gargalhadas.
Sinto secura,
por te beijar.
Em uma enxurrada
de beijos secos.
Aonde vivo
o contato,
prazerosamente áspero,
de minha boca quente
em seu corpo.
Sinto secura,
por respostas,
por ser ouvido,
por compreensão,
por conversas em sussurros,
de mãos dadas,
sem hora de terminar,
com a lu@ a iluminar.
Sinto secura,
pois a vida me deixou assim.
Apesar de nunca ter sido seco,
em minhas relações.
Secura nas contradições
nas engrenagens das buscas.
Nos gritos contidos,
nos olhos azuis avermelhados.
Sinto secura,
me envolvendo na poeira
que cobre o tempo.
Escrevo recados,
bordo os desejos,
e aguardo o vento,
vento seco,
que levará o não dito.
Sinto secura,
hoje, pelos remédios.
Mas nem percebia
que já sentia secura,
antes...
Secura de vontade,
secura de viver.
Secura por um abraço
secura por você.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Desejos solventes
Esta noite
tomei “remédio”
tomei rivotril
Dormi das 23 horas
até as 4 da matina
Estou quase bom, rssssss
Me falta um pouco
um pouco mais
de "10 minutos"
para atingir
a “tal” normalidade.
Traga-a pra mim,
rsssssssssssss,
por favor.....zinho.
Assim ganho alta.
Quero uma alta tão grande,
mas tão alta,
que se puser-me a ficar
nas pontas dos pés,
poderei acariciar a lua,
as estrelas,
a imensidão abstrata,
de meus sentimentos.
Que venha com os ventos
que trazem alegria
e desejos transbordantementes
solventes....
tomei “remédio”
tomei rivotril
Dormi das 23 horas
até as 4 da matina
Estou quase bom, rssssss
Me falta um pouco
um pouco mais
de "10 minutos"
para atingir
a “tal” normalidade.
Traga-a pra mim,
rsssssssssssss,
por favor.....zinho.
Assim ganho alta.
Quero uma alta tão grande,
mas tão alta,
que se puser-me a ficar
nas pontas dos pés,
poderei acariciar a lua,
as estrelas,
a imensidão abstrata,
de meus sentimentos.
Que venha com os ventos
que trazem alegria
e desejos transbordantementes
solventes....
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Páscoa
Nos classificados,
Muitas letrinhas
Muitas ofertas
Muitas opções....
Quarta terá terapia de família.
Final de semana Páscoa,
chocolate,
doce na boca.
Beijo na boka.
Muitas letrinhas
Muitas ofertas
Muitas opções....
Quarta terá terapia de família.
Final de semana Páscoa,
chocolate,
doce na boca.
Beijo na boka.
domingo, 5 de abril de 2009
Tⱥmⱥroli Sonhos? Só compro com o Well
Oi minha querida
Que bom receber-te.
Pelo jeito,
você já tem cartão de fidelidade
de "minha vendinha",
de sonhos.
Fico feliz,
pela relação que construímos
Como sabe,
foi a primeira pessoa
que conheci neste mundo virtual.
Achei que se tratava de um outro mundo,
com outras regras,
com outras buscas.
Afinal tudo que falávamos
era tão denso,
forte,
questionador.
Logo descobri
que a diferença
era você.
Agradeço
as lições,
os atos,
as experiências,
as gargalhadas,
a paciência que sempre teve.
Me chamando de nininu,
de “meu sol”.
Oferecendo-me colo,
colo virtual,
atenção real,
em um momento
assoberbado de questionamentos,
de baixa imunidade
de baixa auto estima.
Suas visitas
são poucas.
Nos falamos pouco.
Isto não é lógico.
A vida consome,
não vamos nos perder.
Podemos e devemos
voltar a conspirar,
contra o nariz que escorre,
contra o salto quebrado,
contra o tempo impressado,
pelo feriado esperado.
Beijos de Lu@
Beijos de Sol
De wellsol
Inimigo invisível
Oi prima,
prima gata,
que vive
somente com seus cães.
Vivemos na mesma cidade,
você esta certa.
Mas os cães se tornam mais próximos,
talvez pelos fortes latidos,
talvez porque tem um rabo,
um rabo para confirmar
confirmar o prazer em te ter.
Vivemos na insegurança,
insegurança financeira,
insegurança profissional,
insegurança na razão,
insegurança sentimental.
Interpretar sentimentos
como educação
prazer,
alegria,
euforia.
Este é nosso dia a dia.
Chegamos a sonhar
em nos isolar novamente.
Porém
de forma diferente
da geração hippie.
Pois naquela época
acreditávamos em "ilhas" sociais
em um mundo dividido
em maus e bons.
Éramos os bons.
Hoje nos isolamos
em uma solidão
que não queremos.
Que como você diz
não deveria existir.
Porém a procuramos
nas fendas
das enchentes da realidade.
Se afogar
ou partir
para um mal menor????
Vivemos a saudade
dos olhares
dos próprios sonhos.
A saudade do gargalhar
de ouvir
a nossa própria voz.
Da presença,
do simples contato.
Refugiados de uma guerra
não declarada.
Resistindo ao massacre
do inimigo invisível
Interpretando a normalidade.
Numa sociedade
de filme de ficção
Sempre te procurei.
Mas creio que cansei
de estarmos juntos
e distantes.
Não quero somente
elogiar seu churrasco,
sua casa nova,
seu neto,
seu namorado.
Queria falar
daquela música nova...
Dos intervalos das aulas
dos momentos apimentados,
dos caminhos na mata,
da madrugada.
Falar de nós
perante a vida.
Beijos menina Sona
prima gata,
que vive
somente com seus cães.
Vivemos na mesma cidade,
você esta certa.
Mas os cães se tornam mais próximos,
talvez pelos fortes latidos,
talvez porque tem um rabo,
um rabo para confirmar
confirmar o prazer em te ter.
Vivemos na insegurança,
insegurança financeira,
insegurança profissional,
insegurança na razão,
insegurança sentimental.
Interpretar sentimentos
como educação
prazer,
alegria,
euforia.
Este é nosso dia a dia.
Chegamos a sonhar
em nos isolar novamente.
Porém
de forma diferente
da geração hippie.
Pois naquela época
acreditávamos em "ilhas" sociais
em um mundo dividido
em maus e bons.
Éramos os bons.
Hoje nos isolamos
em uma solidão
que não queremos.
Que como você diz
não deveria existir.
Porém a procuramos
nas fendas
das enchentes da realidade.
Se afogar
ou partir
para um mal menor????
Vivemos a saudade
dos olhares
dos próprios sonhos.
A saudade do gargalhar
de ouvir
a nossa própria voz.
Da presença,
do simples contato.
Refugiados de uma guerra
não declarada.
Resistindo ao massacre
do inimigo invisível
Interpretando a normalidade.
Numa sociedade
de filme de ficção
Sempre te procurei.
Mas creio que cansei
de estarmos juntos
e distantes.
Não quero somente
elogiar seu churrasco,
sua casa nova,
seu neto,
seu namorado.
Queria falar
daquela música nova...
Dos intervalos das aulas
dos momentos apimentados,
dos caminhos na mata,
da madrugada.
Falar de nós
perante a vida.
Beijos menina Sona
quinta-feira, 2 de abril de 2009
TODOS TAMBÉM PROCURAVAM.
Entre as luzes,
as distorções das imagens
e a ânsia de sentir,
de perceber,
de te rever.
Tudo muito rápido
os sorrisos,
o passar das pessoas,
o cantar dos falatórios,
dos sanatórios.
indecifravelmente nítidos.
E eu,
sempre ali
perdido por Copacabana
perdido na noite
perdido em Copacabana.
Andava pelo calçadão
do lado do mar
fingindo dialogar
com os solitários
das varandas
a beira mar.
A sensação de companhia
do reencontro com a amada
sempre me levou.
Me fez andar.
Vontade de dar as mãos
de se esconder das estrelas
de vigiar os movimentos do Farol.
O vai e vem da madrugada
me trazia a sensação
de normalidade na procura.
TODOS TAMBÉM PROCURAVAM.
O falar sozinho
sempre me alimentou.
No interpretar
meus diálogos,
fazia das ruas um palco.
Dos passantes
espectadores.
Dos fumantes,
monstros sem amores.
Enfim,
vivia na noite,
sem beber,
sem fumar,
sem me relacionar.
Hoje não ando
falta-me a praia
falta-me o palco
falta-me a vontade
da procura.
as distorções das imagens
e a ânsia de sentir,
de perceber,
de te rever.
Tudo muito rápido
os sorrisos,
o passar das pessoas,
o cantar dos falatórios,
dos sanatórios.
indecifravelmente nítidos.
E eu,
sempre ali
perdido por Copacabana
perdido na noite
perdido em Copacabana.
Andava pelo calçadão
do lado do mar
fingindo dialogar
com os solitários
das varandas
a beira mar.
A sensação de companhia
do reencontro com a amada
sempre me levou.
Me fez andar.
Vontade de dar as mãos
de se esconder das estrelas
de vigiar os movimentos do Farol.
O vai e vem da madrugada
me trazia a sensação
de normalidade na procura.
TODOS TAMBÉM PROCURAVAM.
O falar sozinho
sempre me alimentou.
No interpretar
meus diálogos,
fazia das ruas um palco.
Dos passantes
espectadores.
Dos fumantes,
monstros sem amores.
Enfim,
vivia na noite,
sem beber,
sem fumar,
sem me relacionar.
Hoje não ando
falta-me a praia
falta-me o palco
falta-me a vontade
da procura.
Navego, navego...
Começei a terapia há umas duas semanas, na Clinica Renascer.
Não por opção, mas por orientação dos médicos da Câmara Federal.
Um pré-requisito para uma nova cirurgia que terei que realizar.
Não sei se diagnosticaram minha alma ou meu corpo, naquela tomografia computadorizada.
Socialmente sou um exemplo de comportamento. Sempre educado, solícito, companheiro e presente.
Daquelas pessoas que não dão dor de cabeça.
"Só" porque não durmo a tal das oito horas diárias, rsssssss, os profissionais da saúde me pinçaram do dia a dia.
Porque fico as madrugadas acordado, lavando louça, arrumando a casa, limpando os carros, desenhando, lendo, escrevendo, rssssss.
Brincar com meus cães, cuidar das plantas....
Gostar de sua casa, querer vê-la em ordem, beira a normalidade.
Escrever suas experiências, seus desejos, suas buscas, seu cantar faz parte da história do homem.
Amplificar suas dores, seus choros, é organizar-se para a vida.
Adoro poder falar, conversar, perder-me na escuridão, nos prazeres das idéias, com somente a iluminação do brilho dos meus olhos.
Sinto prazer nisto.
E se for tomado pelo choro compulsivo, permito-me, pois na fragilidade me reencontro, na sinceridade exposta.
A solidão nestes momentos vai batendo, batendo....confesso.
Mas ali me percebo por inteiro, em fração de segundos.
Meu corpo muitas vezes exausto e cansado clama por calor, ressonâncias humanas, que em poucos momentos, se materializa nas figuras da “Cigana Encantada” ou da “Sandra Flor”.
Minhas amigas das eternas madrugadas.
No dia, embaixo da luz do sol, percebo que os “ruídos” da alma, não têm a mesma importância, se perdem entre as fortes vozes altas,
Escrevi para o grupo de discussão do PSOL, Partido Socialismo e Liberdade, meu partido.
Fui ousado, sai da mesmice. Publiquei uns três poemas e uns dois textos em meio a importantes informes de categoria, da crise econômica, etc, etc.
Nenhum comentário. Nada.
Como se este novo mundo, que se quer construir, não fosse ter cor, melodia, poesia, olhares apaixonados.....
Muito "sensível", por algumas vezes, já afirmaram ser este meu grande problema.
Comentam que o mundo que vivo não existe.
Chamam-me de “lírico”.
Não busco o impossível. Desdobro-me atrás do tempo. Faço a mágica de fazer “caber” os compromissos nos horários. Dentro dos dias.
Muitas vezes em prol de minhas opções de vida.
Corro, corro muito, pela revolução que busco e acredito.
Por quem dei a vida, minha juventude, meus 51 anos, minha história.
Mas meu suor é poético. Porque minha luta ecoa com o pulsar do coração.
Volto a Clinica todos os dias. Converso brinco, me encontro.
Ali as pessoas “desequilibradas” como eu, ouvem-me.
Mostram seus escritos, seus poemas, com total naturalidade.
Ninguém tem vergonha disto.
Mostram-se os poemas durante o dia.
Lá não é necessária a madrugada, para se ser “sensível”.
Falam dos projetos, dos amores que tem, ou dos que não tem.
São claras as afirmações do que não querem mais.
Reconhecem a dificuldade do amanha, seus medos.
Alguns recebem seus familiares, na construção de um novo tempo.
Compõem, colocam melodia nas palavras, nos sentimentos.
Lá, se fala até com seu silêncio.
Pois o silêncio ecoa como percursão.
Enfim, começo a entrar em crise.
A Clinica Renascer, transformou-se em mais um pedaço de minha madrugada.
Uma madrugada a luz do dia.
Um dia de prazer.
Aonde posso olhar as pupilas de quem me relaciono.
Aonde meus contatos deixam de ser virtuais.
Tomam forma, cheiro, cor.
Aonde me emociono, choro, tremo.
Aonde percebo reações similares.
Sei lá. Sei lá mesmo.
Buscava um "oi", um sorriso.
Ultrapassei em muito minha busca.
Navego, navego, em direção a outros mundos.
Não por opção, mas por orientação dos médicos da Câmara Federal.
Um pré-requisito para uma nova cirurgia que terei que realizar.
Não sei se diagnosticaram minha alma ou meu corpo, naquela tomografia computadorizada.
Socialmente sou um exemplo de comportamento. Sempre educado, solícito, companheiro e presente.
Daquelas pessoas que não dão dor de cabeça.
"Só" porque não durmo a tal das oito horas diárias, rsssssss, os profissionais da saúde me pinçaram do dia a dia.
Porque fico as madrugadas acordado, lavando louça, arrumando a casa, limpando os carros, desenhando, lendo, escrevendo, rssssss.
Brincar com meus cães, cuidar das plantas....
Gostar de sua casa, querer vê-la em ordem, beira a normalidade.
Escrever suas experiências, seus desejos, suas buscas, seu cantar faz parte da história do homem.
Amplificar suas dores, seus choros, é organizar-se para a vida.
Adoro poder falar, conversar, perder-me na escuridão, nos prazeres das idéias, com somente a iluminação do brilho dos meus olhos.
Sinto prazer nisto.
E se for tomado pelo choro compulsivo, permito-me, pois na fragilidade me reencontro, na sinceridade exposta.
A solidão nestes momentos vai batendo, batendo....confesso.
Mas ali me percebo por inteiro, em fração de segundos.
Meu corpo muitas vezes exausto e cansado clama por calor, ressonâncias humanas, que em poucos momentos, se materializa nas figuras da “Cigana Encantada” ou da “Sandra Flor”.
Minhas amigas das eternas madrugadas.
No dia, embaixo da luz do sol, percebo que os “ruídos” da alma, não têm a mesma importância, se perdem entre as fortes vozes altas,
Escrevi para o grupo de discussão do PSOL, Partido Socialismo e Liberdade, meu partido.
Fui ousado, sai da mesmice. Publiquei uns três poemas e uns dois textos em meio a importantes informes de categoria, da crise econômica, etc, etc.
Nenhum comentário. Nada.
Como se este novo mundo, que se quer construir, não fosse ter cor, melodia, poesia, olhares apaixonados.....
Muito "sensível", por algumas vezes, já afirmaram ser este meu grande problema.
Comentam que o mundo que vivo não existe.
Chamam-me de “lírico”.
Não busco o impossível. Desdobro-me atrás do tempo. Faço a mágica de fazer “caber” os compromissos nos horários. Dentro dos dias.
Muitas vezes em prol de minhas opções de vida.
Corro, corro muito, pela revolução que busco e acredito.
Por quem dei a vida, minha juventude, meus 51 anos, minha história.
Mas meu suor é poético. Porque minha luta ecoa com o pulsar do coração.
Volto a Clinica todos os dias. Converso brinco, me encontro.
Ali as pessoas “desequilibradas” como eu, ouvem-me.
Mostram seus escritos, seus poemas, com total naturalidade.
Ninguém tem vergonha disto.
Mostram-se os poemas durante o dia.
Lá não é necessária a madrugada, para se ser “sensível”.
Falam dos projetos, dos amores que tem, ou dos que não tem.
São claras as afirmações do que não querem mais.
Reconhecem a dificuldade do amanha, seus medos.
Alguns recebem seus familiares, na construção de um novo tempo.
Compõem, colocam melodia nas palavras, nos sentimentos.
Lá, se fala até com seu silêncio.
Pois o silêncio ecoa como percursão.
Enfim, começo a entrar em crise.
A Clinica Renascer, transformou-se em mais um pedaço de minha madrugada.
Uma madrugada a luz do dia.
Um dia de prazer.
Aonde posso olhar as pupilas de quem me relaciono.
Aonde meus contatos deixam de ser virtuais.
Tomam forma, cheiro, cor.
Aonde me emociono, choro, tremo.
Aonde percebo reações similares.
Sei lá. Sei lá mesmo.
Buscava um "oi", um sorriso.
Ultrapassei em muito minha busca.
Navego, navego, em direção a outros mundos.
Coisa de adulto
Fazer sexo?,
nunca soube.
Sempre achei
coisa de adulto.
Responsabilidade demais.
Expectativa demais.
No ato,
no viver,
na simplicidade
descobri o toque,
o prazer,
o sorrir,
o brincar.
Brincar com euforia,
alegria,
brincar e levar os corpos
a se desconcertar,
fugindo da lógica
atingindo o improvável,
resvalando na intenção
atingindo a rendição.
Brincar no provocar,
recomeçar,
o que nunca cessou.
Beijos, beijos....
prazer oral
animal,
de escorregar por seu corpo
seus relevos,
cavernas,
segredos.
Incendiar a existência
numa cumplicidade
de pura brincadeira
apimentadamente
inquestionada.
nunca soube.
Sempre achei
coisa de adulto.
Responsabilidade demais.
Expectativa demais.
No ato,
no viver,
na simplicidade
descobri o toque,
o prazer,
o sorrir,
o brincar.
Brincar com euforia,
alegria,
brincar e levar os corpos
a se desconcertar,
fugindo da lógica
atingindo o improvável,
resvalando na intenção
atingindo a rendição.
Brincar no provocar,
recomeçar,
o que nunca cessou.
Beijos, beijos....
prazer oral
animal,
de escorregar por seu corpo
seus relevos,
cavernas,
segredos.
Incendiar a existência
numa cumplicidade
de pura brincadeira
apimentadamente
inquestionada.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Receita simples
A vida nos surpreende
no dia após dia.
Morenistas,
Lambertistas,
lambuzados.
Todos encapuzados
com “diferentes” buscas.
Diferentes??????
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk....kkkkkk
Este povo do pé rachado,
com uns mais eruditos,
outros menos compreendidos
todos muito surpreendidos
com a falta do seu “eu”.
Enfraquecidos,
enraivecidos,
extrovertidos,
enfim perdidos....
Todos na busca de algo afim.
Tranqüilidade,
compreensão,
cumplicidade,
disposição.
Fiz amigos,
em um universo
adverso.
Terapias,
transparências,
incumbências.
Somos responsáveis,
pelo banheiro,
limpeza,
recepção,
pelo chá,
e pelo crachá...
Tem um livro de ocorrência,
onde sobra resistência.
Uns vão,
outros vem,
outros retornam.
A lição fica,
como a certeza também
que ali, aqui,
em qualquer lugar
não adianta enganar.
Amor concreto pesa.
Amor se constrói,
com medida e forma.
Alimenta-se sempre,
cuida-se sempre,
troca-se sempre,
faz-se sempre....
Receita simples
de um bolo
da vovó.
no dia após dia.
Morenistas,
Lambertistas,
lambuzados.
Todos encapuzados
com “diferentes” buscas.
Diferentes??????
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk....kkkkkk
Este povo do pé rachado,
com uns mais eruditos,
outros menos compreendidos
todos muito surpreendidos
com a falta do seu “eu”.
Enfraquecidos,
enraivecidos,
extrovertidos,
enfim perdidos....
Todos na busca de algo afim.
Tranqüilidade,
compreensão,
cumplicidade,
disposição.
Fiz amigos,
em um universo
adverso.
Terapias,
transparências,
incumbências.
Somos responsáveis,
pelo banheiro,
limpeza,
recepção,
pelo chá,
e pelo crachá...
Tem um livro de ocorrência,
onde sobra resistência.
Uns vão,
outros vem,
outros retornam.
A lição fica,
como a certeza também
que ali, aqui,
em qualquer lugar
não adianta enganar.
Amor concreto pesa.
Amor se constrói,
com medida e forma.
Alimenta-se sempre,
cuida-se sempre,
troca-se sempre,
faz-se sempre....
Receita simples
de um bolo
da vovó.
“eu posso, eu posso”
Todo ano era a mesma coisa, a ida a casa de Alzanira e Tia Bebe era sagrada em seu aniversário. Já era tradição, e quase uma verdade absoluta em minha vida.
Alzanira morava no bairro do Grajaú no Rio de Janeiro. Um apartamento simples de dois quartos, que me parecia um antiquário, ou aquele lugar que uma criança como eu, me sentiria podada, pois tudo era proibido de “sonhar” tocar.
Mas como tudo também tinha uma história de vida, sempre me proporcionou prazeres de informação. Além é claro, do almoço em si, quero dizer, das maravilhosas sobremesas oferecidas.
A ida era sempre uma novela, pois não tínhamos carro na época e o caminho era o ônibus, 154, Grajaú/Leblon, que tinha um trajeto bem longo e demorado.
Alzanira possuía um piano que era algo majestoso de tão lindo. Toda sua frente trabalhada com madrepérolas. Nas laterais frontal, havia dois candelabros de bronze articulados, para segurar as velas, relembrando, na época de sua concepção, não havia luz elétrica.
Era uma peça que tinha um local de destaque em sua sala, entulhada de outros móveis.
Minha bisavó, Etelvina Bonfim Diniz, a Vinínha para a família e a Baba para os bisnetos, sempre nos contou que tocava piano em sua infância, mas por algumas vezes a instigamos a se atrever a manuseá-lo, porém a resistência sempre foi total.
Neste ano, depois de já termos almoçado e adoçado a boca, fomos para um dos minúsculos quartos para conversar.
Baba sem ser notada foi ao banheiro e em seguida perguntou se poderia pegar uma água.
Na volta da cozinha, sem ninguém por perto, se atreveu a sentar ao piano.
Com toda tranqüilidade e sem pressões, pois todos riam e já tinham se esquecido dela, abriu o teclado e com a desenvoltura de quem sabe andar de bicicleta, se pos a tocar de forma livre e majestosa.
Corremos todos para a sala, admirados e perplexos, tanto com sua desenvoltura, como com o som do instrumento.
Sorrindo, bela, livre e solta, Baba afirmava, “eu posso, eu posso”, passeando seus dedos por todo o teclado e cantarolando instantes de muito prazer.
Foi fascinante a sensação, perceber o transbordar na vida, o porque de uma vontade. De um elo com seu passado, um elo com seu eu.
Perdi minha Baba quando tinha 15 anos.
Tia Bebe e Alzanira também se foram.
Histórias do “sagrado” almoço anual, ficam nesta crônica, porém o exemplo da rica e bela formação que tive, continuam vivos comigo.
Saudades de você, Baba.
Beijos e conquistas ao som de um piano.
Alzanira morava no bairro do Grajaú no Rio de Janeiro. Um apartamento simples de dois quartos, que me parecia um antiquário, ou aquele lugar que uma criança como eu, me sentiria podada, pois tudo era proibido de “sonhar” tocar.
Mas como tudo também tinha uma história de vida, sempre me proporcionou prazeres de informação. Além é claro, do almoço em si, quero dizer, das maravilhosas sobremesas oferecidas.
A ida era sempre uma novela, pois não tínhamos carro na época e o caminho era o ônibus, 154, Grajaú/Leblon, que tinha um trajeto bem longo e demorado.
Alzanira possuía um piano que era algo majestoso de tão lindo. Toda sua frente trabalhada com madrepérolas. Nas laterais frontal, havia dois candelabros de bronze articulados, para segurar as velas, relembrando, na época de sua concepção, não havia luz elétrica.
Era uma peça que tinha um local de destaque em sua sala, entulhada de outros móveis.
Minha bisavó, Etelvina Bonfim Diniz, a Vinínha para a família e a Baba para os bisnetos, sempre nos contou que tocava piano em sua infância, mas por algumas vezes a instigamos a se atrever a manuseá-lo, porém a resistência sempre foi total.
Neste ano, depois de já termos almoçado e adoçado a boca, fomos para um dos minúsculos quartos para conversar.
Baba sem ser notada foi ao banheiro e em seguida perguntou se poderia pegar uma água.
Na volta da cozinha, sem ninguém por perto, se atreveu a sentar ao piano.
Com toda tranqüilidade e sem pressões, pois todos riam e já tinham se esquecido dela, abriu o teclado e com a desenvoltura de quem sabe andar de bicicleta, se pos a tocar de forma livre e majestosa.
Corremos todos para a sala, admirados e perplexos, tanto com sua desenvoltura, como com o som do instrumento.
Sorrindo, bela, livre e solta, Baba afirmava, “eu posso, eu posso”, passeando seus dedos por todo o teclado e cantarolando instantes de muito prazer.
Foi fascinante a sensação, perceber o transbordar na vida, o porque de uma vontade. De um elo com seu passado, um elo com seu eu.
Perdi minha Baba quando tinha 15 anos.
Tia Bebe e Alzanira também se foram.
Histórias do “sagrado” almoço anual, ficam nesta crônica, porém o exemplo da rica e bela formação que tive, continuam vivos comigo.
Saudades de você, Baba.
Beijos e conquistas ao som de um piano.
terça-feira, 31 de março de 2009
Dez minutos
Nadei muito, muito
na esperança de chegar
mas faltaram dez minutos
pra meus dedos te alcançar.
Teve ato com a CONLUTAS
mil bandeiras a tremular
me sobraram dez minutos
pra gritar e pra lutar.
Muita gente ali passando
muitos cantos a ecoar,
dez minutos enfrentando,
meus direitos a resgatar.
No dentista vou chegando,
dez minutos a esperar,
pro relógio vou olhando
minha angustia à cooperar.
Mil viagens e desejos
um abraço a resgatar
Dez minutos de alquimia
todo tempo a eternizar.
As pessoas já comentam
esta crise econômica
as vontades já aumentam
dez minutos voz atômica.
Na distancia, no possível
dez desejos a fazer.
Na instancia do impossível
dez minutos com você.
na esperança de chegar
mas faltaram dez minutos
pra meus dedos te alcançar.
Teve ato com a CONLUTAS
mil bandeiras a tremular
me sobraram dez minutos
pra gritar e pra lutar.
Muita gente ali passando
muitos cantos a ecoar,
dez minutos enfrentando,
meus direitos a resgatar.
No dentista vou chegando,
dez minutos a esperar,
pro relógio vou olhando
minha angustia à cooperar.
Mil viagens e desejos
um abraço a resgatar
Dez minutos de alquimia
todo tempo a eternizar.
As pessoas já comentam
esta crise econômica
as vontades já aumentam
dez minutos voz atômica.
Na distancia, no possível
dez desejos a fazer.
Na instancia do impossível
dez minutos com você.
sábado, 28 de março de 2009
Chupetas
Minha vida é um sinal,
um sinal verde.
Uma avenida,
uma free-way.
Muito iluminada,
com muito movimento.
Aonde pessoas passam
em diferentes destinos.
Passam alegres,
passam tristes,
drogadas,
amadas ou mal amadas.
Passam sem perceber
Passam para chegar.
Passam só por passar.
Mas passam....
Difícil se expressar;
não só pela própria dificuldade
mas pelo movimento,
pelo ter que achar normal
a eletricidade alheia.
Luzes se ascendem,
luzes se apagam,
baterias terminam.
Em alguns casos
damos um empurrão,
em outros
cedemos nossa energia
em ligações
tão íntimas,
e fortes,
chamadas “chupetas”.
Muitas vezes
damos “chupetas”
a ilustres desconhecidos.
Muitas vezes,
por eles
recebemos gratidão,
reconhecimento,
amor, paixão.
Nem sempre são carros velhos,
os novos
também nos surpreendem
apesar de toda improbabilidade.
Nem sempre são carros novos,
os velhos
também nos surpreendem
apesar de toda probabilidade.
Minha vida é assim,
uma passagem
com diversos retornos
e algumas paradas.
Algumas fotos,
caretas
e poses para a eternidade
do orkut.
Passarinhos,
muito verde,
amplidão....
Amanhecer,
por do sol,
madrugadas....
Trovoadas
com Rainhosssssssssss....
um sinal verde.
Uma avenida,
uma free-way.
Muito iluminada,
com muito movimento.
Aonde pessoas passam
em diferentes destinos.
Passam alegres,
passam tristes,
drogadas,
amadas ou mal amadas.
Passam sem perceber
Passam para chegar.
Passam só por passar.
Mas passam....
Difícil se expressar;
não só pela própria dificuldade
mas pelo movimento,
pelo ter que achar normal
a eletricidade alheia.
Luzes se ascendem,
luzes se apagam,
baterias terminam.
Em alguns casos
damos um empurrão,
em outros
cedemos nossa energia
em ligações
tão íntimas,
e fortes,
chamadas “chupetas”.
Muitas vezes
damos “chupetas”
a ilustres desconhecidos.
Muitas vezes,
por eles
recebemos gratidão,
reconhecimento,
amor, paixão.
Nem sempre são carros velhos,
os novos
também nos surpreendem
apesar de toda improbabilidade.
Nem sempre são carros novos,
os velhos
também nos surpreendem
apesar de toda probabilidade.
Minha vida é assim,
uma passagem
com diversos retornos
e algumas paradas.
Algumas fotos,
caretas
e poses para a eternidade
do orkut.
Passarinhos,
muito verde,
amplidão....
Amanhecer,
por do sol,
madrugadas....
Trovoadas
com Rainhosssssssssss....
sexta-feira, 27 de março de 2009
Sabor de madrugada
To zanzando pela casa
desde às duas da manha
Ontem
o dia foi uma chuva só.
Tipo São Paulo,
garoa.
A semana acabou
e os sonhos,
derramaram
na madrugada.
As vezes fujo pela dor,
outras pelo prazer.
Tomei banho de chuva
andei nas poças,
entre os carros
pelo transito
desafiando o improvável.
Terminei como anotações na tempestade
sujo e encharcado,
mas com uma vida escrita.
Como faz falta os castelos,
as princesas
os cavalos
e as armaduras...
Quero poder brincar
acabar com toda esta “seriedade”.
Saudades do Parque Lage,
dos pique esconde na mata,
da adrenalina,
do corpo eternamente suado.
Que bom seria
poder te ver
rever....
te rodar no ar
num movimento
ignorando a gravidade,
se apoiando nos sorrisos,
nos olhares,
no ritmo cardiovascular,
no pulsar do viver.
Beijos,
com sabor
de madrugada.
desde às duas da manha
Ontem
o dia foi uma chuva só.
Tipo São Paulo,
garoa.
A semana acabou
e os sonhos,
derramaram
na madrugada.
As vezes fujo pela dor,
outras pelo prazer.
Tomei banho de chuva
andei nas poças,
entre os carros
pelo transito
desafiando o improvável.
Terminei como anotações na tempestade
sujo e encharcado,
mas com uma vida escrita.
Como faz falta os castelos,
as princesas
os cavalos
e as armaduras...
Quero poder brincar
acabar com toda esta “seriedade”.
Saudades do Parque Lage,
dos pique esconde na mata,
da adrenalina,
do corpo eternamente suado.
Que bom seria
poder te ver
rever....
te rodar no ar
num movimento
ignorando a gravidade,
se apoiando nos sorrisos,
nos olhares,
no ritmo cardiovascular,
no pulsar do viver.
Beijos,
com sabor
de madrugada.
quarta-feira, 25 de março de 2009
Para *(ássia* ... Quero Ser Gira Sol
Meus poemas são dançantes,
para quem os sentem,
em movimentos leves,
faceiros,
arteiros....
Meus poemas são dançantes,
nos rádios do coração,
nos programas “do” amanhecer,
nas grandes caminhadas,
cavalgadas....
Pois somos sobretudo,
tudo aquilo
que não sabemos de nós.
Às vezes releio,
minha vida,
minhas vontades,
meus devaneios,
minhas certezas.
Nestes momentos
até me assusto
“com meus poemas dançantes”.
Seus ritmos
diversas vezes
roubam-me o próprio fôlego.
Com seu eterno
e solitário bailar.
para quem os sentem,
em movimentos leves,
faceiros,
arteiros....
Meus poemas são dançantes,
nos rádios do coração,
nos programas “do” amanhecer,
nas grandes caminhadas,
cavalgadas....
Pois somos sobretudo,
tudo aquilo
que não sabemos de nós.
Às vezes releio,
minha vida,
minhas vontades,
meus devaneios,
minhas certezas.
Nestes momentos
até me assusto
“com meus poemas dançantes”.
Seus ritmos
diversas vezes
roubam-me o próprio fôlego.
Com seu eterno
e solitário bailar.
De viagem em viagem...
Partimos,
chegamos,
brindamos
amamos...
De reencontro
em reencontro,
nos tornamos
efervercentes
Beijos,
mil beijos
borbulhantes.
chegamos,
brindamos
amamos...
De reencontro
em reencontro,
nos tornamos
efervercentes
Beijos,
mil beijos
borbulhantes.
terça-feira, 24 de março de 2009
Tenho uns trocados para pegar o ônibus.
Aqui só um corpo novo, rsssss.
O problema é de junta....
Mas para o stress, comecei a terapia esta semana.
Até agora só de grupo, mas creio que logo começará as individuais também.
O psiquiatra ainda não me recomendou nada para tomar, rsss.
E eu nem reclamo. Me calo.
Acho que esqueceu de mim, então ando meio que de forma invisível pela clinica. Não gosto de remédios, detesto.
É bom que todo dia a gente vê e aprende algo novo.
Hoje uma professora desabafou na terapia, dizendo-se coagida a ir para a clínica, que tinha bebido ontem, muita depressão, e que não tinha dormido.
Queria hibernar na crise.
Parar o mundo e descer.
Comentou que aos 12 anos tentou seu primeiro suicídio.
Relatou que ligaram para ela cobrando sua presença, se não comparecesse teria alta administrativa. O que não queria.
Reclamou que o funcionário da clinica em momento algum perguntou se ela estava bem, se teria condição de se locomover até lá....
E teve que ir, apesar de não querer e não poder (avaliação dela).
Esbravejou, fez caretas, afirmou que na sua escola ( serviço ), liga e diz que não vai. Mas que ali era diferente!!!!!!. (Era coagida?)
Fiquei até espantado....
Então percebi que ela era uma privilegiada perante a vida.
Eu nunca deixei de ir a nenhum compromisso porque tinha perdido uma, duas ou três noites de sono.
Apesar de estar cansado, mal humorado, doente, com medo, sem vontade ou sem "paixão".
Apesar de estar sem tesão!!!!!!!!!!!
Vou aos compromissos, e vou rindo.
Não misturo alho com bugalhos.
Senão, do nada, toda a vida pode azedar.
E se a exaustão me acompanhar, canto,
canto alto, até levitar na melodia,
ou viajar nos poemas das letras das músicas.
Meu problema é o tempo.
Ou a falta dele.
Meu problema é não saber priorizar,
não saber dizer não.
Meu problema é não me dar a mesma oportunidade,
que dou aos outros.
É a cobrança interna.
Mas estou bem.
Tenho uns trocados para pegar o ônibus.
A incógnita, é se ele vai passar.
KKKKKKKKKKKKKKK
O problema é de junta....
Mas para o stress, comecei a terapia esta semana.
Até agora só de grupo, mas creio que logo começará as individuais também.
O psiquiatra ainda não me recomendou nada para tomar, rsss.
E eu nem reclamo. Me calo.
Acho que esqueceu de mim, então ando meio que de forma invisível pela clinica. Não gosto de remédios, detesto.
É bom que todo dia a gente vê e aprende algo novo.
Hoje uma professora desabafou na terapia, dizendo-se coagida a ir para a clínica, que tinha bebido ontem, muita depressão, e que não tinha dormido.
Queria hibernar na crise.
Parar o mundo e descer.
Comentou que aos 12 anos tentou seu primeiro suicídio.
Relatou que ligaram para ela cobrando sua presença, se não comparecesse teria alta administrativa. O que não queria.
Reclamou que o funcionário da clinica em momento algum perguntou se ela estava bem, se teria condição de se locomover até lá....
E teve que ir, apesar de não querer e não poder (avaliação dela).
Esbravejou, fez caretas, afirmou que na sua escola ( serviço ), liga e diz que não vai. Mas que ali era diferente!!!!!!. (Era coagida?)
Fiquei até espantado....
Então percebi que ela era uma privilegiada perante a vida.
Eu nunca deixei de ir a nenhum compromisso porque tinha perdido uma, duas ou três noites de sono.
Apesar de estar cansado, mal humorado, doente, com medo, sem vontade ou sem "paixão".
Apesar de estar sem tesão!!!!!!!!!!!
Vou aos compromissos, e vou rindo.
Não misturo alho com bugalhos.
Senão, do nada, toda a vida pode azedar.
E se a exaustão me acompanhar, canto,
canto alto, até levitar na melodia,
ou viajar nos poemas das letras das músicas.
Meu problema é o tempo.
Ou a falta dele.
Meu problema é não saber priorizar,
não saber dizer não.
Meu problema é não me dar a mesma oportunidade,
que dou aos outros.
É a cobrança interna.
Mas estou bem.
Tenho uns trocados para pegar o ônibus.
A incógnita, é se ele vai passar.
KKKKKKKKKKKKKKK
domingo, 22 de março de 2009
...sem acompanhante
Acordo novamente na madrugada.
Tento voltar a dormir, mas não consigo. Ando pela casa, rolo na cama, bebo agua, acompanho os latidos dos cachorros, os sons do silencio que me fazem eco.
Estou de pé desde as duas, vão ser quatro.
Ainda não sei como esplicar, à vida dia, que desde ontem, sou um ½ HD,
Hospital Dia.
Terei que estar na Clinica Renascer, a partir das 14 horas diariamente. Fazer terapia individual e de grupo, ser avaliado.
Logo eu, que adoro avaliar a vida, os movimentos , os suspiros, o não dito.
Que depois de uma conversa com o psicólogo por mais de uma hora, “chegamos” a conclusão de minha fragilidade emocional.
Que o fato de vagar pela madrugada, não reflete uma voz de rebeldia, mas uma mente stressada.
As primeiras pessoas com quem encontrei, e me perguntaram como foram os exames, meio que fugi do assunto.
Apeguei-me ao fato de o médico ter me pedido a colocação de um router, aparelho que medirá minha pressão durante o dia todo, como primeira notícia, e que depois ficaria diariamente na clinica a tarde para outros exames.
Quando questionado por quanto tempo, fui sincero, ao afirmar que nem perguntei, mas que seria pelo tempo necessário.
Estou desde ontem com um motorista, pois tenho sentido tontura, variação de temperatura, dormencia nas mãos e nos lábios.
Me incomoda a presença do coitado, que nada de mal me faz.
A vida continua a me emocionar, me rouba lágrimas como sorrisos.
Não sei bem o que sinto. Talvez medo desta viagem. Viagem que quer reler minha vida. Reescrever certas verdades.
Viagem sem acompanhante, sem máquina fotográfica, sem celular, sem cartão postal.
Derreto-me em mais um choro silencioso.
Mas quero ir logo, para poder voltar logo.
Pois tenho outra viagem a fazer.
Pretendo saborear um cruzeiro e alcançar a “interseção” do céu com mar.
Tento voltar a dormir, mas não consigo. Ando pela casa, rolo na cama, bebo agua, acompanho os latidos dos cachorros, os sons do silencio que me fazem eco.
Estou de pé desde as duas, vão ser quatro.
Ainda não sei como esplicar, à vida dia, que desde ontem, sou um ½ HD,
Hospital Dia.
Terei que estar na Clinica Renascer, a partir das 14 horas diariamente. Fazer terapia individual e de grupo, ser avaliado.
Logo eu, que adoro avaliar a vida, os movimentos , os suspiros, o não dito.
Que depois de uma conversa com o psicólogo por mais de uma hora, “chegamos” a conclusão de minha fragilidade emocional.
Que o fato de vagar pela madrugada, não reflete uma voz de rebeldia, mas uma mente stressada.
As primeiras pessoas com quem encontrei, e me perguntaram como foram os exames, meio que fugi do assunto.
Apeguei-me ao fato de o médico ter me pedido a colocação de um router, aparelho que medirá minha pressão durante o dia todo, como primeira notícia, e que depois ficaria diariamente na clinica a tarde para outros exames.
Quando questionado por quanto tempo, fui sincero, ao afirmar que nem perguntei, mas que seria pelo tempo necessário.
Estou desde ontem com um motorista, pois tenho sentido tontura, variação de temperatura, dormencia nas mãos e nos lábios.
Me incomoda a presença do coitado, que nada de mal me faz.
A vida continua a me emocionar, me rouba lágrimas como sorrisos.
Não sei bem o que sinto. Talvez medo desta viagem. Viagem que quer reler minha vida. Reescrever certas verdades.
Viagem sem acompanhante, sem máquina fotográfica, sem celular, sem cartão postal.
Derreto-me em mais um choro silencioso.
Mas quero ir logo, para poder voltar logo.
Pois tenho outra viagem a fazer.
Pretendo saborear um cruzeiro e alcançar a “interseção” do céu com mar.
sexta-feira, 13 de março de 2009
Eu sei....
Brinco de pique esconde.
Posso estar atrás do sofá,
da cortina,
ou invisivelmente visível.
Provoque-me,
que apareço.
Estou descompensando,
fluindo,
na idéia de estar próximo.
Posso estar atrás do sofá,
da cortina,
ou invisivelmente visível.
Provoque-me,
que apareço.
Estou descompensando,
fluindo,
na idéia de estar próximo.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Um ano solteiro, na Rodolfo Dantas em Copacabana
Tinha me separado de Vera, mudado para o Rio, e ido morar só.
Tentar ter esta rica “experiência” de um homem maduro e separado.
Tempo de Sarney no poder.....opssssssssssss, xiiiiiiii, ele nunca saiu na verdade, olha a Presidência do Senado aiiiiiiiiiiiiií.
1ª Parte: A casa....as lojas.
Comprei um jogo de sala de vime, leve e bonito.
Uma boa cama de casal, fogão, geladeira, liquidificador....
Duas camas de solteiro para o outro quarto, mantendo viva a perspectiva da visita das crianças.
Minha avó me deu algumas panelas e apetrechos de cozinha,
bem como roupa de cama.
Ainda assim comprei mais alguma coisa.
Televisão, vídeo e som, trouxe de minha loja.
Logo que cheguei ao Rio abri duas lojas, a primeira na Tijuca, a outra no Shopping de Campo Grande ( do Amarelinho ), de Foto, Vídeo e Som.
Além de venda, trabalhava com sonorização e iluminação.
A distancia entre meu apartamento, as lojas e a casa de minha avó (Ipanema), consumiam quase que todo o tempo do dia só em deslocamento.
Diariamente, na madrugada, lavava minha roupa no tanque, para não deixar acumular.
Acabou que fiz amizade de “lavadeira” com a empregada do apartamento de fundos do nono andar, eu morava no oitavo. Era quase sagrado o papo e considerações sobre a vida destes dois “morcegos” da lua urbana.
2ª Parte: O sair
Praticamente tomava café somente no bar que ficava embaixo de meu prédio. Era mais rápido e prático.
Ali sabia os resultados dos jogos de futebol e as primeiras notícias do dia e as confusões da rua, rsssssssssss.
Este bar não fechava.
Servia café, almoço e janta. Na madrugada, o fundo era aberto, aonde rolava muita música e dança.
O pessoal do partido, sempre me ligava, convidando para sair.
Gostava do auê, pois cortava a forte rotina de trabalho.
No final da madrugada muitos vinham dormir lá em casa.
O problema que rolou, era que o “tal” bar de baixo de meu prédio, era um dos points tradicionais da noite carioca.
Mas nunca consegui resolver a contradição de ter que me vestir, para a noitada, e simplesmente descer o elevador.
Para mim o ato de sair, necessitava de um rumo, alguma direção, como que uma expedição, a procura de raras especiarias, a procura de um novo tempo, a procura do prazer.
Por isto muitas madrugadas começaram e acabaram lá em casa.
3ª Parte: A mãe
Minha mãe veio dos EUA me visitar.
Já tinha uns quatro anos que não nos víamos.
Tudo foi festa e alegria.
Meu irmão Wayman estava casado com Patrícia, e morava em seu apartamento.
Percebendo algum constrangimento na relação e preocupação com seu retorno, de férias, minha mãe perguntou se poderia ficar comigo, já ficando.
Foi ótima as contradições vividas. Pela primeira vez, ela é que morava comigo, rssss.
Praticamente a mãe assumiu a loja de Campo Grande, me deixando por um período bem mais tranqüilo.
Chegando em casa, corria direto pro banho, afinal nunca me acostumei com o calor do Rio. Ao pegar minha escova de dentes, levei um choque. Ela estava com as cerdas escuras. Bem escuras.
Cherei-as, e em seguida assustado, corri para o espelho do banheiro, aonde procurava na boca e nos dentes algo que explicasse tal reação “química”.
Nada era lógico.
Logo cheguei a conclusão de que se tratava de alguma “acidez”, e que teria que procurar um médico imediatamente.
Saindo do banheiro, deparei-me com minha mãe, que já tinha retornado tbm.
Comentei o fato estranho, abrindo o “bocão” em sua direção.
Ela sem esboçar nenhuma surpresa me faz uma “pequena” pergunta:
“...aquela escova de dentes que estava no armarinho do banheiro era sua? “
Meio sem entender a pergunta, pois só morávamos eu e ela na casa, respondi que sim. E afirmei, uma é sua e outra é minha.
“Ahhhh, eu não sabia que era sua, então pintei meus cabelos com ela...”
Minha mãe voltou para os EUA, para tranqüilidade de minha nova escova de dente.
4ª Parte: Sarney
Todo Brasil era fiscal do Sarney. Nada poderia aumentar, então faltava tudo que queria aumentar.
Era fila da carne, do frango, dos ovos, do leite, etc....
Fartava tudo.
Me recusava a entrar em fila, mas o tal ovo fazia falta nos lanches rápidos.
Então resolvi criar galinha lá em casa, no 8º andar.
Apesar de ter explicado ao homem da loja que só queria fêmeas, vieram dois galos no grupo de 8 pintinhos.
E logo eles se desenvolveram, e foram morar no quarto de empregada.
Como saia muito cedo, e voltava muito tarde, não imaginava o reboliço que meu galinheiro criou no prédio.
Certo sábado, logo após entrar no elevador, um de meus galos cantou bonito.
Havia um casal de idosos comigo, que automaticamente fez o comentário:
“...veja que absurdo!!! Criam galinha no nosso prédio!!!!”
O velhinho então retrucou:
“...mas isto logo vai acabar, pois montamos uma comissão para investigar o paradeiro destes animais na última reunião de condomínio”
Para não ficar por baixo na indignação exclamei, “em plena Copacabana!!!!”
Então percebi o tamanho da confusão.
Logo fui procurado por um dos zeladores do prédio, que por agradecimento as doações de resto de comida ( Pizza e chinesa ) me jurou fidelidade e disse que nunca me entregaria ao sindico.
Agradeci, meio cabreiro e vendo que teria que sair com o galinheiro do prédio.
Logo fiz uma “doação” à escola da Rebecca, minha filha, das penudas lá de casa, rssss.
A operação da saída do apartamento na madrugada, com a participação do vigia e zelador, foi coisa de cinema.
5ª Parte: O namorar
Não foi algo pensado, mas na prática, fiz de meu apartamento um local aonde poderia receber meus filhos.
Certa vez, na casa de Marta Baggio, conheci uma menina da serra de Caparaó, MG.
Era diferente, rica em suas histórias, hábitos e vivencias.
Uma pessoa que morava no mato, vivia da terra, de pouco falar, mas expressiva, de ações rápidas, dona de um sorriso, que me lembrava o amanhecer.
Em sua primeira vinda ao Rio, a ciceroniei.
Em sua segunda vinda ao Rio, nos envolvemos, namoramos, e depois soube, por ela mesma, que tinha uma “companheira” em MG.
O interfone toca, domingo bem cedo. O porteiro me informa que tinha uma moça com jeito caipira, com uma mala grande, querendo subir.
Mas como ele não conhecia, mandou que esperasse na praça em frente ao prédio, e interfonou.
Corri a janela, e pouco vi, sou muito míope. A mala e sua dona estavam lá. Mas não as identificava.
Mandei que a deixassem subir.
Era ela, vinda com o amanhecer de domingo.
Perguntei como tinha me achado, e ela respondeu, “perguntei aos pássaros”.
Foi um domingo inesquecível. Muito papo, muito carinho, muito namoro, muita praia.
Ela tinha vindo resolver uns problemas, tinha acabado com sua companheira, mas retornaria a Caparaó, com informações para um projeto.
Quando me dei conta, já era manha de segunda, e tinha mil compromissos.
Negociava a venda de uns telões a sindicatos.
Tinha que partir.
Despedi-me, lhe dei as chaves do apartamento e desejei-lhe sorte no dia.
Rodei, andei, trabalhei, falei, mutilei a razão.
Retornava ao apartamento, e lembrava-me dela, de outro mundo, de outra vida, de propostas simples....
Pensei, coitada, já estará dormindo, sem atenção, que cara eu sou.
Mas não. Estava sentada no safa da sala, só de calcinha, assistindo TV, e ao me ver, abriu os braços, e correu demonstrando carinho e muita alegria.
Nem sei como amanheci terça feira..... Era só o caco. Ela dormia como um anjo, linda, bela, provocante.
Mas fui a batalha, tinha compromissos, o outro lado do mundo me esperava.
Arrastei-me ao voltar para casa. Realmente não tinha mais forças. Estava mal, cansado.
Mas meu desejo, estava lá, viva, pulsante, estonteante, querendo falar do dia, das buscas, dos toques, da vida.
Sobrevivi, é o que posso dizer. Nada era mais lógico. Só sei que ia aonde disse que ia. Mas apesar de presente, estava ausente, Cumpria o dever de viver o dia.
A noite chegava, e sem medo de errar, “fugi” para casa de minha avó, único lugar que me sentiria seguro naquele momento, rssss.
Ela se foi, infelizmente sem nos despedirmos, deixou a chave do apartamento na portaria.
Nunca mais nos vimos.
6ª Parte: Casal Polonês
Continua....
7ª Parte: A viagem....
Continua....
Tentar ter esta rica “experiência” de um homem maduro e separado.
Tempo de Sarney no poder.....opssssssssssss, xiiiiiiii, ele nunca saiu na verdade, olha a Presidência do Senado aiiiiiiiiiiiiií.
1ª Parte: A casa....as lojas.
Comprei um jogo de sala de vime, leve e bonito.
Uma boa cama de casal, fogão, geladeira, liquidificador....
Duas camas de solteiro para o outro quarto, mantendo viva a perspectiva da visita das crianças.
Minha avó me deu algumas panelas e apetrechos de cozinha,
bem como roupa de cama.
Ainda assim comprei mais alguma coisa.
Televisão, vídeo e som, trouxe de minha loja.
Logo que cheguei ao Rio abri duas lojas, a primeira na Tijuca, a outra no Shopping de Campo Grande ( do Amarelinho ), de Foto, Vídeo e Som.
Além de venda, trabalhava com sonorização e iluminação.
A distancia entre meu apartamento, as lojas e a casa de minha avó (Ipanema), consumiam quase que todo o tempo do dia só em deslocamento.
Diariamente, na madrugada, lavava minha roupa no tanque, para não deixar acumular.
Acabou que fiz amizade de “lavadeira” com a empregada do apartamento de fundos do nono andar, eu morava no oitavo. Era quase sagrado o papo e considerações sobre a vida destes dois “morcegos” da lua urbana.
2ª Parte: O sair
Praticamente tomava café somente no bar que ficava embaixo de meu prédio. Era mais rápido e prático.
Ali sabia os resultados dos jogos de futebol e as primeiras notícias do dia e as confusões da rua, rsssssssssss.
Este bar não fechava.
Servia café, almoço e janta. Na madrugada, o fundo era aberto, aonde rolava muita música e dança.
O pessoal do partido, sempre me ligava, convidando para sair.
Gostava do auê, pois cortava a forte rotina de trabalho.
No final da madrugada muitos vinham dormir lá em casa.
O problema que rolou, era que o “tal” bar de baixo de meu prédio, era um dos points tradicionais da noite carioca.
Mas nunca consegui resolver a contradição de ter que me vestir, para a noitada, e simplesmente descer o elevador.
Para mim o ato de sair, necessitava de um rumo, alguma direção, como que uma expedição, a procura de raras especiarias, a procura de um novo tempo, a procura do prazer.
Por isto muitas madrugadas começaram e acabaram lá em casa.
3ª Parte: A mãe
Minha mãe veio dos EUA me visitar.
Já tinha uns quatro anos que não nos víamos.
Tudo foi festa e alegria.
Meu irmão Wayman estava casado com Patrícia, e morava em seu apartamento.
Percebendo algum constrangimento na relação e preocupação com seu retorno, de férias, minha mãe perguntou se poderia ficar comigo, já ficando.
Foi ótima as contradições vividas. Pela primeira vez, ela é que morava comigo, rssss.
Praticamente a mãe assumiu a loja de Campo Grande, me deixando por um período bem mais tranqüilo.
Chegando em casa, corria direto pro banho, afinal nunca me acostumei com o calor do Rio. Ao pegar minha escova de dentes, levei um choque. Ela estava com as cerdas escuras. Bem escuras.
Cherei-as, e em seguida assustado, corri para o espelho do banheiro, aonde procurava na boca e nos dentes algo que explicasse tal reação “química”.
Nada era lógico.
Logo cheguei a conclusão de que se tratava de alguma “acidez”, e que teria que procurar um médico imediatamente.
Saindo do banheiro, deparei-me com minha mãe, que já tinha retornado tbm.
Comentei o fato estranho, abrindo o “bocão” em sua direção.
Ela sem esboçar nenhuma surpresa me faz uma “pequena” pergunta:
“...aquela escova de dentes que estava no armarinho do banheiro era sua? “
Meio sem entender a pergunta, pois só morávamos eu e ela na casa, respondi que sim. E afirmei, uma é sua e outra é minha.
“Ahhhh, eu não sabia que era sua, então pintei meus cabelos com ela...”
Minha mãe voltou para os EUA, para tranqüilidade de minha nova escova de dente.
4ª Parte: Sarney
Todo Brasil era fiscal do Sarney. Nada poderia aumentar, então faltava tudo que queria aumentar.
Era fila da carne, do frango, dos ovos, do leite, etc....
Fartava tudo.
Me recusava a entrar em fila, mas o tal ovo fazia falta nos lanches rápidos.
Então resolvi criar galinha lá em casa, no 8º andar.
Apesar de ter explicado ao homem da loja que só queria fêmeas, vieram dois galos no grupo de 8 pintinhos.
E logo eles se desenvolveram, e foram morar no quarto de empregada.
Como saia muito cedo, e voltava muito tarde, não imaginava o reboliço que meu galinheiro criou no prédio.
Certo sábado, logo após entrar no elevador, um de meus galos cantou bonito.
Havia um casal de idosos comigo, que automaticamente fez o comentário:
“...veja que absurdo!!! Criam galinha no nosso prédio!!!!”
O velhinho então retrucou:
“...mas isto logo vai acabar, pois montamos uma comissão para investigar o paradeiro destes animais na última reunião de condomínio”
Para não ficar por baixo na indignação exclamei, “em plena Copacabana!!!!”
Então percebi o tamanho da confusão.
Logo fui procurado por um dos zeladores do prédio, que por agradecimento as doações de resto de comida ( Pizza e chinesa ) me jurou fidelidade e disse que nunca me entregaria ao sindico.
Agradeci, meio cabreiro e vendo que teria que sair com o galinheiro do prédio.
Logo fiz uma “doação” à escola da Rebecca, minha filha, das penudas lá de casa, rssss.
A operação da saída do apartamento na madrugada, com a participação do vigia e zelador, foi coisa de cinema.
5ª Parte: O namorar
Não foi algo pensado, mas na prática, fiz de meu apartamento um local aonde poderia receber meus filhos.
Certa vez, na casa de Marta Baggio, conheci uma menina da serra de Caparaó, MG.
Era diferente, rica em suas histórias, hábitos e vivencias.
Uma pessoa que morava no mato, vivia da terra, de pouco falar, mas expressiva, de ações rápidas, dona de um sorriso, que me lembrava o amanhecer.
Em sua primeira vinda ao Rio, a ciceroniei.
Em sua segunda vinda ao Rio, nos envolvemos, namoramos, e depois soube, por ela mesma, que tinha uma “companheira” em MG.
O interfone toca, domingo bem cedo. O porteiro me informa que tinha uma moça com jeito caipira, com uma mala grande, querendo subir.
Mas como ele não conhecia, mandou que esperasse na praça em frente ao prédio, e interfonou.
Corri a janela, e pouco vi, sou muito míope. A mala e sua dona estavam lá. Mas não as identificava.
Mandei que a deixassem subir.
Era ela, vinda com o amanhecer de domingo.
Perguntei como tinha me achado, e ela respondeu, “perguntei aos pássaros”.
Foi um domingo inesquecível. Muito papo, muito carinho, muito namoro, muita praia.
Ela tinha vindo resolver uns problemas, tinha acabado com sua companheira, mas retornaria a Caparaó, com informações para um projeto.
Quando me dei conta, já era manha de segunda, e tinha mil compromissos.
Negociava a venda de uns telões a sindicatos.
Tinha que partir.
Despedi-me, lhe dei as chaves do apartamento e desejei-lhe sorte no dia.
Rodei, andei, trabalhei, falei, mutilei a razão.
Retornava ao apartamento, e lembrava-me dela, de outro mundo, de outra vida, de propostas simples....
Pensei, coitada, já estará dormindo, sem atenção, que cara eu sou.
Mas não. Estava sentada no safa da sala, só de calcinha, assistindo TV, e ao me ver, abriu os braços, e correu demonstrando carinho e muita alegria.
Nem sei como amanheci terça feira..... Era só o caco. Ela dormia como um anjo, linda, bela, provocante.
Mas fui a batalha, tinha compromissos, o outro lado do mundo me esperava.
Arrastei-me ao voltar para casa. Realmente não tinha mais forças. Estava mal, cansado.
Mas meu desejo, estava lá, viva, pulsante, estonteante, querendo falar do dia, das buscas, dos toques, da vida.
Sobrevivi, é o que posso dizer. Nada era mais lógico. Só sei que ia aonde disse que ia. Mas apesar de presente, estava ausente, Cumpria o dever de viver o dia.
A noite chegava, e sem medo de errar, “fugi” para casa de minha avó, único lugar que me sentiria seguro naquele momento, rssss.
Ela se foi, infelizmente sem nos despedirmos, deixou a chave do apartamento na portaria.
Nunca mais nos vimos.
6ª Parte: Casal Polonês
Continua....
7ª Parte: A viagem....
Continua....
quarta-feira, 11 de março de 2009
Nado...
Agora nado,
como um quase atleta.
As vezes encaro o fato,
como esporte,
Outras vezes
busco a agradável sensação
de viver com outra,
ou em outra,
densidade no corpo,
e na lógica.
O contraste dos movimentos leves,
o quase bale aquático.
Movimento!!!
Tem momentos
que encarno a eterna vontade
de chegar.
A realização de poder chegar,
a busca,
o desejo,
o toque no alcançar.
Na água,
ouço meu coração,
meu pulsar vida.
A percepção do mundo
se restabelece.
Sua individualidade é concreta.
Corpos passam ao seu lado
mas não são você,
cada um tem seu destino
sua procura
sua rota de vida.
Quando há sol,
se percebe a claridade
por seus raios.
Raios de cor,
raios de vida.
Quando há chuva,
a vontade que se tem
é de nadar ladeira acima
tocar o céu com as pontas dos dedos
virar surfista,
pegar onda nas nuvens.
Nado,
pensando em você;
doce vida.
Percebendo os “ecos”
do não dito.
Aumentando o volume
da voz
de meu coração.
como um quase atleta.
As vezes encaro o fato,
como esporte,
Outras vezes
busco a agradável sensação
de viver com outra,
ou em outra,
densidade no corpo,
e na lógica.
O contraste dos movimentos leves,
o quase bale aquático.
Movimento!!!
Tem momentos
que encarno a eterna vontade
de chegar.
A realização de poder chegar,
a busca,
o desejo,
o toque no alcançar.
Na água,
ouço meu coração,
meu pulsar vida.
A percepção do mundo
se restabelece.
Sua individualidade é concreta.
Corpos passam ao seu lado
mas não são você,
cada um tem seu destino
sua procura
sua rota de vida.
Quando há sol,
se percebe a claridade
por seus raios.
Raios de cor,
raios de vida.
Quando há chuva,
a vontade que se tem
é de nadar ladeira acima
tocar o céu com as pontas dos dedos
virar surfista,
pegar onda nas nuvens.
Nado,
pensando em você;
doce vida.
Percebendo os “ecos”
do não dito.
Aumentando o volume
da voz
de meu coração.
terça-feira, 10 de março de 2009
O coral do “PULA, PULA, PULA” de Ipanema
Anos 80, morava na Rua Alberto de Campos, Ipanema, bem no iniciozinho da rua.
Em um primeiro momento eu ( militante da CS – Convergência Socialista ) e Nelsinho, estudante de Arquitetura da UFRJ, um ex “Libelu”, pois o apto era de dois quartos com dependência.
Logo se juntou a nós, Carminha, minha namorida, funcionária do INPI, ( militante da CS ), filha do ex-Deputado Federal Sergio Magalhães, irmã de Ana Maria Magalhães, atriz da Globo e cinema na época.
Por fim adotamos o Bira, Ubirajara Menezes de Oliveira, mecânico, natural de Vitória da Conquista, ( militante da CS ), um “representante” da classe operária, que nós, jovens libertários socialistas, trouxemos para o convívio de nossa República de Ipanema.
Certo dia, quando chegava em casa, assustei-me com o movimento em baixo do prédio.
Polícia, bombeiros e muita gente.
Era um rapaz que estava no 22º andar, ameaçando se jogar.
Os bombeiros argumentavam, em um diálogo tenso.
A polícia tentava cercar uma área de segurança.
Alguns profissionais dos bombeiros, já tomavam o telhado do prédio, tentando alcançar a viga em que o jovem rapaz estava sentado.
Aos poucos o número de pessoas que assistiam a negociação naquele bairro de elite aumentava.
Opiniões, comentários, especulações sobre o rapaz e o motivo daquela atitude.
Quando derepente alguém grita, “pula!!!!”
Fez-se um silencio e em seguida em coro a população gritava de forma afinada, “pula, pula, pula”, e o rapaz acompanhando o ritmo macabro salta.
Seu corpo bate em outra viga e desvia em direção a uma área interna do prédio.
Por um instante fez-se o silencio.....
Em seguida, como se ninguém especificamente tivesse feito o coro, volta o murmurim do comentário do fato.
O show tinha acabado.
Segui meu caminho para casa indignado.
Passasse mais alguns dias, e novamente chegando em casa, sou recebido pelo porteiro e mais alguns moradores do prédio, meio que assustados, meio que saboreando um novo show.
Era Bira.
Fui informado que ele tinha surtado, e que com o som aos berros, jogava tudo pela janela do apto, 20º andar, e uivava, xingava, etc.....
Subi assustado, ouvindo as histórias e os comentários desencontrados, além é obvio do som explodindo.
Quando abri a porta, Bira estava deitado no meio da sala com um garrafão de vinho vazio, além de outras bebidas.
Logo desliguei o som, e fui montando o quebra cabeça.
Naquele dia ele seria o último a sair de casa, pois tinha uma cliente que faria o motor mas tarde.
Lembrei-me que como ele sempre perdia a chave de nossa casa, orientei-lhe a deixa-la no hall do corredor externo ao apartamento.
Fui olhar, e ela estava ali.
Estava explicado, Bira ficara preso no apto por dentro.
Então na vontade de sair, ligou o som aos berros, logo de manha, na certeza de que o chato do sindico iria vir reclamar, aproveitando o momento para que pegassem a chave que estava dentro da caixa de telefone do hall.
Mas o sindico tinha saído.
Então ficou no aguardo da empregada do lado, que já tinha medo dele, saísse com as duas crianças rumo a escola, para que pedisse o favor de pegar a chave.
Quando a empregada ouviu seus gritos de socorro, misturado com o som e as batidas a porta, correu e nem esperou o elevador, desceu de escada apavorada.
Então ele gritava pela janela, pedindo socorro.
O medo do baiano já se espalhava pelo prédio. Surtou, diziam.
Tentando atingir seu objetivo, Bira encheu um balde dagua, e sem dó nem piedade, deu um banho no primeiro morador que foi buscar o carro na pátio.
Agora seria impossível não virem reclamar. Afinal, as visitas de reclamações eram freqüentes por muito menos.
Mas ninguém foi.
As “razões”, ou não “razões” de Bira eram comentadas não só no prédio, mas na padaria, jornaleiro, açougue, sapateiro, etc.
Por um tempo continuou a jogar água. Em seguida jogou arroz, feijão, farinha até que o desespero de perder a cliente do motor, se transformou em brincadeira, de acertar as pessoas que buscavam seus carros lá no estacionamento,
E a brincadeira se transformou em cansaço, e o cansaço em decepção e embriagues.
Já no final da tarde somente o som das caixas se ouvia.
O silencio do baiano era completo.
A aflição era saber o que tinha acontecido, mais uma morte, mais um louco....?
O caso do rapaz que pulou pelo convite dos moradores, foi logo esquecido.
O caso do Bira, do apartamento dos garotos rebeldes, ainda hoje é comentado.
Tem dois funcionários do condomínio, que toda vez que cruzamos, me perguntam do baiano.
Louco é meu amigo Bira, uma pessoa boa, sensível, fiel, parceira, sempre pronta a buscar e vencer desafios.
Certo são eles, o coral do “PULA, PULA, PULA” de Ipanema.
Em um primeiro momento eu ( militante da CS – Convergência Socialista ) e Nelsinho, estudante de Arquitetura da UFRJ, um ex “Libelu”, pois o apto era de dois quartos com dependência.
Logo se juntou a nós, Carminha, minha namorida, funcionária do INPI, ( militante da CS ), filha do ex-Deputado Federal Sergio Magalhães, irmã de Ana Maria Magalhães, atriz da Globo e cinema na época.
Por fim adotamos o Bira, Ubirajara Menezes de Oliveira, mecânico, natural de Vitória da Conquista, ( militante da CS ), um “representante” da classe operária, que nós, jovens libertários socialistas, trouxemos para o convívio de nossa República de Ipanema.
Certo dia, quando chegava em casa, assustei-me com o movimento em baixo do prédio.
Polícia, bombeiros e muita gente.
Era um rapaz que estava no 22º andar, ameaçando se jogar.
Os bombeiros argumentavam, em um diálogo tenso.
A polícia tentava cercar uma área de segurança.
Alguns profissionais dos bombeiros, já tomavam o telhado do prédio, tentando alcançar a viga em que o jovem rapaz estava sentado.
Aos poucos o número de pessoas que assistiam a negociação naquele bairro de elite aumentava.
Opiniões, comentários, especulações sobre o rapaz e o motivo daquela atitude.
Quando derepente alguém grita, “pula!!!!”
Fez-se um silencio e em seguida em coro a população gritava de forma afinada, “pula, pula, pula”, e o rapaz acompanhando o ritmo macabro salta.
Seu corpo bate em outra viga e desvia em direção a uma área interna do prédio.
Por um instante fez-se o silencio.....
Em seguida, como se ninguém especificamente tivesse feito o coro, volta o murmurim do comentário do fato.
O show tinha acabado.
Segui meu caminho para casa indignado.
Passasse mais alguns dias, e novamente chegando em casa, sou recebido pelo porteiro e mais alguns moradores do prédio, meio que assustados, meio que saboreando um novo show.
Era Bira.
Fui informado que ele tinha surtado, e que com o som aos berros, jogava tudo pela janela do apto, 20º andar, e uivava, xingava, etc.....
Subi assustado, ouvindo as histórias e os comentários desencontrados, além é obvio do som explodindo.
Quando abri a porta, Bira estava deitado no meio da sala com um garrafão de vinho vazio, além de outras bebidas.
Logo desliguei o som, e fui montando o quebra cabeça.
Naquele dia ele seria o último a sair de casa, pois tinha uma cliente que faria o motor mas tarde.
Lembrei-me que como ele sempre perdia a chave de nossa casa, orientei-lhe a deixa-la no hall do corredor externo ao apartamento.
Fui olhar, e ela estava ali.
Estava explicado, Bira ficara preso no apto por dentro.
Então na vontade de sair, ligou o som aos berros, logo de manha, na certeza de que o chato do sindico iria vir reclamar, aproveitando o momento para que pegassem a chave que estava dentro da caixa de telefone do hall.
Mas o sindico tinha saído.
Então ficou no aguardo da empregada do lado, que já tinha medo dele, saísse com as duas crianças rumo a escola, para que pedisse o favor de pegar a chave.
Quando a empregada ouviu seus gritos de socorro, misturado com o som e as batidas a porta, correu e nem esperou o elevador, desceu de escada apavorada.
Então ele gritava pela janela, pedindo socorro.
O medo do baiano já se espalhava pelo prédio. Surtou, diziam.
Tentando atingir seu objetivo, Bira encheu um balde dagua, e sem dó nem piedade, deu um banho no primeiro morador que foi buscar o carro na pátio.
Agora seria impossível não virem reclamar. Afinal, as visitas de reclamações eram freqüentes por muito menos.
Mas ninguém foi.
As “razões”, ou não “razões” de Bira eram comentadas não só no prédio, mas na padaria, jornaleiro, açougue, sapateiro, etc.
Por um tempo continuou a jogar água. Em seguida jogou arroz, feijão, farinha até que o desespero de perder a cliente do motor, se transformou em brincadeira, de acertar as pessoas que buscavam seus carros lá no estacionamento,
E a brincadeira se transformou em cansaço, e o cansaço em decepção e embriagues.
Já no final da tarde somente o som das caixas se ouvia.
O silencio do baiano era completo.
A aflição era saber o que tinha acontecido, mais uma morte, mais um louco....?
O caso do rapaz que pulou pelo convite dos moradores, foi logo esquecido.
O caso do Bira, do apartamento dos garotos rebeldes, ainda hoje é comentado.
Tem dois funcionários do condomínio, que toda vez que cruzamos, me perguntam do baiano.
Louco é meu amigo Bira, uma pessoa boa, sensível, fiel, parceira, sempre pronta a buscar e vencer desafios.
Certo são eles, o coral do “PULA, PULA, PULA” de Ipanema.
...recado ao Fabiano Barreto
Meu primo chegou a Brasília.
Veio do Sul, de Torres.
Dormi muitas noites
em sua varanda da sala.
O bater do mar, a lua,
a brisa e os arrepios que o corpo ensaiava,
tocavam a madrugada.
Saudades de Torres,
dos perdidos na noite,
da amplidão e prazeres da vida.
Meu primo chegou,
só não se acostumou com o calor,
com o ritmo da cidade,
com os passos desincronizados.
Se vizinhos fossemos,
te pediria um pouco do vento
de seu “helicóptero”,
para servir a meu primo.
Como moramos longe,
vou servir idéias,
redações
e camaradagens virtuais.
Falarei de um mundo de percepções,
emoções e ventanias.
Aonde o calor é energia,
aonde a vida é poesia.
Veio do Sul, de Torres.
Dormi muitas noites
em sua varanda da sala.
O bater do mar, a lua,
a brisa e os arrepios que o corpo ensaiava,
tocavam a madrugada.
Saudades de Torres,
dos perdidos na noite,
da amplidão e prazeres da vida.
Meu primo chegou,
só não se acostumou com o calor,
com o ritmo da cidade,
com os passos desincronizados.
Se vizinhos fossemos,
te pediria um pouco do vento
de seu “helicóptero”,
para servir a meu primo.
Como moramos longe,
vou servir idéias,
redações
e camaradagens virtuais.
Falarei de um mundo de percepções,
emoções e ventanias.
Aonde o calor é energia,
aonde a vida é poesia.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Silvio faria 50 anos....
Meu pai comentava comigo que Silvio faria 50 anos, meio século de vida.
Iria rolar “aquela” festa, como eram todas as festas em sua casa.
Eu menino, apenas observava, impressionado, sem entender direito a relação do tempo e da vida, meio que vislumbrava mais a festa em si.
Hoje com 51 anos, fui ao enterro de Silvio.
A vida nos afastou, mas não totalmente, pois sempre tive sua família como uma boa e forte lembrança de minha infância, e de tempos em tempos aparecia do nada para simplesmente rever aquele apartamento, os móveis, a cozinha, as histórias de Socorro, sua esposa, falando dos “meninos e meninas”, de Silvio chegando, do novo vai e vem, com rostos novos, dos netos, já grandes, uma nova realidade dentro da mesma rotina.
Silvio construiu ao lado de Socorro uma grande e bela família.
Seu enterro foi diferente, como não poderia deixar de ser.
O padre, que encomendava o corpo, não ficou com aquele blábláblá de sempre.
Dialogou com os filhos, netos, genros e amigos.
Perguntou quem era Silvio, e as crianças, uma a uma respondiam. Falou que depois da morte de Socorro, aos sábados ele é que fazia a comida para a prole, com a toda a cultura nordestina no tempero.
Lá comi pela primeira vez na vida carne de caça, jacaré, cobra, cachorro, tatu, cágado e sei lá mais o que.
Sarapateu, Vatapá, as peixadas e toda a culinária baiana.
Seu jeito, tipo durão, reflexo da educação militar, tentava esconder o homem carinhoso e excelente pai.
Nunca expunha sua dor, nem já no fim, quando o câncer já o comia por dentro.
Sempre estava lá para esticar a mão, incentivar.
No fim do ano passado fui lá, sentado na cadeira da sala, comentava a política, mandou que Jequinha, sua filha e companheira, ligasse para Roque, seu filho mais chegado da adolescência. Enfim, continuava aquele Silvio, que dirigia a casa.
Viajei com ele, em suas kombis, diversas vezes para o Rio.
Fui nas primeiras feiras abertas de Brasília, a partir de 1968. Ovo se comprava em saco com palha de arroz, era bode, queijo em trança, queijo qualho, doces e diversas guloseimas nunca antes vistas.
Nada que lembra-se os mercados do Rio de Janeiro. Ou as compras com meus pais.
Em sua casa as panelas eram gigantescas. Poderia chegar quanta gente quisesse. Tinha rango, atenção e carinho.
As tribos, de filhos e amigos, se dividiam por idade, mas interagiam nos jogos de cartas ou outros da época. Jogava Mille Born.
Uma vez Socorro me contou de quando moravam, no bairro de Bangu/RJ, chegava do mercado, já meia atrasada, pois logo as “crianças” começariam a chegar.
Quando abriu a porta, com as sacolas viu um rapazola no meio da sala.
Sem cerimônia logo pediu, “meu filho, me ajude aqui”
O rapaz imediatamente se aproximou e a ajudou.
Então foram para a cozinha.
Ela logo indagou se ele já tinha comido algo.
Como afirmou que não, imediatamente lhe fez um sanduíche, para que pudesse agüentar o almoço já com cara de atrasado.
O bom rapaz, meio sem graça, ajudou a descascar os legumes, a colher o arroz, o feijão e tudo mais que Socorro solicitasse (antigamente se colhia feijão e arroz, rsss).
Aos poucos foram chegando os filhos, que iam comendo e praticamente saindo em seguida.
Depois que a tarefa do “almoço” já estava cumprida, Socorro, perguntou, “mas meu filho, afinal de quem que você é amigo?”
O rapaz, abaixou o rosto, e começou a chorar. Não chore meu filho, dizia Socorro. Porque você chora?
Então veio a grande surpresa. A confissão e afirmação do menino de que ele era um ladrão.
Socorro, correu pela positiva, e disse que ele não era nem nunca seria. Questionou se ele estudava, e com a negativa, meio que adotou-o na escola e na vida.
Foi um segredo que foi guardado durante anos.
O “tal” amigo da mamãe, se tornara amigo de todos e freqüentava a casa normalmente.
Somente depois da mudança para Brasília, que ela veio contar do menino “quase” ladrão.
Hoje revi Sergio, Silvinha, Cláudio e Jequinha, além da netalhada toda, que não sabe quem eu sou.
A idade transformou as pessoas, talvez naqueles rostos cansados e saudosos estivessem outros filhos de Silvio, e alguns amigos de infância também.
Minha mãe não foi, pois não esta bem tem dois dias.
Considero-me um privilegiado, pelo prazer te ter tido tantas pessoas únicas na minha vida como você.
Iria rolar “aquela” festa, como eram todas as festas em sua casa.
Eu menino, apenas observava, impressionado, sem entender direito a relação do tempo e da vida, meio que vislumbrava mais a festa em si.
Hoje com 51 anos, fui ao enterro de Silvio.
A vida nos afastou, mas não totalmente, pois sempre tive sua família como uma boa e forte lembrança de minha infância, e de tempos em tempos aparecia do nada para simplesmente rever aquele apartamento, os móveis, a cozinha, as histórias de Socorro, sua esposa, falando dos “meninos e meninas”, de Silvio chegando, do novo vai e vem, com rostos novos, dos netos, já grandes, uma nova realidade dentro da mesma rotina.
Silvio construiu ao lado de Socorro uma grande e bela família.
Seu enterro foi diferente, como não poderia deixar de ser.
O padre, que encomendava o corpo, não ficou com aquele blábláblá de sempre.
Dialogou com os filhos, netos, genros e amigos.
Perguntou quem era Silvio, e as crianças, uma a uma respondiam. Falou que depois da morte de Socorro, aos sábados ele é que fazia a comida para a prole, com a toda a cultura nordestina no tempero.
Lá comi pela primeira vez na vida carne de caça, jacaré, cobra, cachorro, tatu, cágado e sei lá mais o que.
Sarapateu, Vatapá, as peixadas e toda a culinária baiana.
Seu jeito, tipo durão, reflexo da educação militar, tentava esconder o homem carinhoso e excelente pai.
Nunca expunha sua dor, nem já no fim, quando o câncer já o comia por dentro.
Sempre estava lá para esticar a mão, incentivar.
No fim do ano passado fui lá, sentado na cadeira da sala, comentava a política, mandou que Jequinha, sua filha e companheira, ligasse para Roque, seu filho mais chegado da adolescência. Enfim, continuava aquele Silvio, que dirigia a casa.
Viajei com ele, em suas kombis, diversas vezes para o Rio.
Fui nas primeiras feiras abertas de Brasília, a partir de 1968. Ovo se comprava em saco com palha de arroz, era bode, queijo em trança, queijo qualho, doces e diversas guloseimas nunca antes vistas.
Nada que lembra-se os mercados do Rio de Janeiro. Ou as compras com meus pais.
Em sua casa as panelas eram gigantescas. Poderia chegar quanta gente quisesse. Tinha rango, atenção e carinho.
As tribos, de filhos e amigos, se dividiam por idade, mas interagiam nos jogos de cartas ou outros da época. Jogava Mille Born.
Uma vez Socorro me contou de quando moravam, no bairro de Bangu/RJ, chegava do mercado, já meia atrasada, pois logo as “crianças” começariam a chegar.
Quando abriu a porta, com as sacolas viu um rapazola no meio da sala.
Sem cerimônia logo pediu, “meu filho, me ajude aqui”
O rapaz imediatamente se aproximou e a ajudou.
Então foram para a cozinha.
Ela logo indagou se ele já tinha comido algo.
Como afirmou que não, imediatamente lhe fez um sanduíche, para que pudesse agüentar o almoço já com cara de atrasado.
O bom rapaz, meio sem graça, ajudou a descascar os legumes, a colher o arroz, o feijão e tudo mais que Socorro solicitasse (antigamente se colhia feijão e arroz, rsss).
Aos poucos foram chegando os filhos, que iam comendo e praticamente saindo em seguida.
Depois que a tarefa do “almoço” já estava cumprida, Socorro, perguntou, “mas meu filho, afinal de quem que você é amigo?”
O rapaz, abaixou o rosto, e começou a chorar. Não chore meu filho, dizia Socorro. Porque você chora?
Então veio a grande surpresa. A confissão e afirmação do menino de que ele era um ladrão.
Socorro, correu pela positiva, e disse que ele não era nem nunca seria. Questionou se ele estudava, e com a negativa, meio que adotou-o na escola e na vida.
Foi um segredo que foi guardado durante anos.
O “tal” amigo da mamãe, se tornara amigo de todos e freqüentava a casa normalmente.
Somente depois da mudança para Brasília, que ela veio contar do menino “quase” ladrão.
Hoje revi Sergio, Silvinha, Cláudio e Jequinha, além da netalhada toda, que não sabe quem eu sou.
A idade transformou as pessoas, talvez naqueles rostos cansados e saudosos estivessem outros filhos de Silvio, e alguns amigos de infância também.
Minha mãe não foi, pois não esta bem tem dois dias.
Considero-me um privilegiado, pelo prazer te ter tido tantas pessoas únicas na minha vida como você.
A Amanda e seus (nossos) amigos
Acabei de descobrir que vcs são formados e oriundos da UERJ.
Descobri por acaso, o Blog da Amanda, e em seguida vi este grupo de amigos, se comunicando, escrevendo, compartilhando ideias.
Viajei pelos Blogs de quase todos.
Curti, achei legal, com estruturas e formas novas, expondo o trabalho profissional com experiências e técnicas utilizadas, apresentando textos próprios ou de outros autores, com muitos comentários e camaradagens, tudo muito bonito.
Afinal, escrevo quase que só pra mim, pois não venho de uma estrutura acadêmica como vcs.
Sou um Vendedor de Sonhos, um homem comum, da rua, que a vida transformou em um “generalista”.
Através do orkut, fiz alguns amigos virtuais (que até transformam meu dia a dia, rss), aonde socializo alguns textos. Alguns pois a maioria não cabem (o número de caracteres ultrapassa o permitido)
Tinha um Blog de nenhum seguidor, com alguns poucos comentários.
Senti vontade em poder escrever para alguns de vcs, mas nunca descobri o e-mail de ninguém.
Já fiz comentários que sairam sem identificação, enfim, não sou nenhum “expert” em informática.
Apanho do micro, rsss
Tenho algumas histórias com a UERJ, desde uma paixão, as eleições do DCE e de diversas reuniões entre tardes e noites.
Fico feliz em poder dialogar, com este belo grupo.
Beijo a todos.
Descobri por acaso, o Blog da Amanda, e em seguida vi este grupo de amigos, se comunicando, escrevendo, compartilhando ideias.
Viajei pelos Blogs de quase todos.
Curti, achei legal, com estruturas e formas novas, expondo o trabalho profissional com experiências e técnicas utilizadas, apresentando textos próprios ou de outros autores, com muitos comentários e camaradagens, tudo muito bonito.
Afinal, escrevo quase que só pra mim, pois não venho de uma estrutura acadêmica como vcs.
Sou um Vendedor de Sonhos, um homem comum, da rua, que a vida transformou em um “generalista”.
Através do orkut, fiz alguns amigos virtuais (que até transformam meu dia a dia, rss), aonde socializo alguns textos. Alguns pois a maioria não cabem (o número de caracteres ultrapassa o permitido)
Tinha um Blog de nenhum seguidor, com alguns poucos comentários.
Senti vontade em poder escrever para alguns de vcs, mas nunca descobri o e-mail de ninguém.
Já fiz comentários que sairam sem identificação, enfim, não sou nenhum “expert” em informática.
Apanho do micro, rsss
Tenho algumas histórias com a UERJ, desde uma paixão, as eleições do DCE e de diversas reuniões entre tardes e noites.
Fico feliz em poder dialogar, com este belo grupo.
Beijo a todos.
"Escolha errada"
Lamentar,
eterno lamentar.
Muitas vezes
Fazemos de uma opção
um marco em nossas vidas,
Sem perceber
que na vida,
quem decide
a quantidades de “marcos”
que poderemos ter
somos nós mesmos.
Recomeçar,
recomeçar,
recomeçar.....
Cada vez
com mais experiências,
Cada vez
com mais vivencia
Cada vez
mais pronta(o)
pra perceber
o antes imperceptível.
As nuances
das “cores”
da vida.
Nos desejos,
nos gestos,
nos olhares.
Perceber
que não só nas sombras,
das grandes árvores,
dos bosques,
dos lugares paradisíacos,
vivem os sorrisos.
As sombras
de uma marquise,
de um ponto de ônibus
também te levarão a “Xangri-lá”.
Escolha errada,
não existe!!!!
Existe
não se permitir,
escolher de novo,
continuar a vida,
"sem" todos os sentidos
aflorados,
brotando à pele.
Vai....
deixe fluir
o não dito.
As entre linhas
ditas e não lidas
do texto vida.
eterno lamentar.
Muitas vezes
Fazemos de uma opção
um marco em nossas vidas,
Sem perceber
que na vida,
quem decide
a quantidades de “marcos”
que poderemos ter
somos nós mesmos.
Recomeçar,
recomeçar,
recomeçar.....
Cada vez
com mais experiências,
Cada vez
com mais vivencia
Cada vez
mais pronta(o)
pra perceber
o antes imperceptível.
As nuances
das “cores”
da vida.
Nos desejos,
nos gestos,
nos olhares.
Perceber
que não só nas sombras,
das grandes árvores,
dos bosques,
dos lugares paradisíacos,
vivem os sorrisos.
As sombras
de uma marquise,
de um ponto de ônibus
também te levarão a “Xangri-lá”.
Escolha errada,
não existe!!!!
Existe
não se permitir,
escolher de novo,
continuar a vida,
"sem" todos os sentidos
aflorados,
brotando à pele.
Vai....
deixe fluir
o não dito.
As entre linhas
ditas e não lidas
do texto vida.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Bruzundunga
Sorrisos em órbita
Viagem sideral
Teclado e PC
Brincadeira alto astral
Códigos e virgulas,
entrelinhas não escritas,
BRUZUNDUNGA
a murmurar...
Meia noite que não chega
curvas eternas
pensamentos de desejos
intuição no aguardar
Buscando os limites
roçando no infinito.
Sinto uma saudade
do tempo que não chegou.
São Paulo Estação
tento me concentrar
Arrisco me perder
medo de me achar.
A Mis Amigos,
numa piscadinha
sem modelos definidos
aprendi a desenhar.
Viagem sideral
Teclado e PC
Brincadeira alto astral
Códigos e virgulas,
entrelinhas não escritas,
BRUZUNDUNGA
a murmurar...
Meia noite que não chega
curvas eternas
pensamentos de desejos
intuição no aguardar
Buscando os limites
roçando no infinito.
Sinto uma saudade
do tempo que não chegou.
São Paulo Estação
tento me concentrar
Arrisco me perder
medo de me achar.
A Mis Amigos,
numa piscadinha
sem modelos definidos
aprendi a desenhar.
Visitas....de meu avô
Chove, chove.
Fazer o que nesta manha fechada.....a não ser comer mamão e escrever, rssss.
Fui visitar Wellington, Ton como o chamam, na clínica em Águas Claras. O horário de visitas chocou com o do Pacotão. Cheguei a ir até a concentração do bloco, mas estava muito vazio ainda, pois o sol das 13 horas era forte.
Rumei então para a clinica, pois apesar de Ton estar internado, a visita não era só para ele, pois sua mãe, Silvia, e Mônica, sua companheira, também precisavam de alguém.
Fico impressionado com a evolução da medicina. Com as mudanças dos conceitos.
A clinica é uma bela casa de campo, com muito verde, quadra de esportes e uma boa piscina. Biblioteca, sala de jogos ( uma mesa de sinuca oficial ), refeitório e cozinha para qualquer “beliscada” fora de hora, rs....frutas em cima das mesas, etc.
A apreensão das meninas era grande, afinal Silvia mora em Salvador e logo retornará.
Mônica, chega a expressar sua angustia, pois Ton sempre reclamou que ela agia como mãe em seu relacionamento, o que ocasionou uma crise no casal, e ela já prevendo o peso de ficar sozinha, e de não poder ser “mãe” e mulher. Ser só mulher, quando alguém também necessitará de mãe, fica difícil. Então explicava-me da importância que teria em manter o contato, ir nas visitas, pois de primo, transformar-me-ia em “Tio”.
Momentos alegres, de risos, outros de apreensão. A visita teve diversas fases.
Rolou uma boa Pizza, e um gostoso jogo de dominó, com reclamações de Ton, pela forma de contar os pontos. Coisa de menino.
Mas deu-se a hora da partida. Isto sempre acontece. Já estava quase que escuro, pois fomos os únicos a permanecer na casa após o horário de visitas.
Conversamos mais um pouco, já fora da clínica, abraços beijos e a vida seguiu.
Amanha é dia de visitas de novo. Nas quartas feiras, acontece a terapia de família.
Estarei presente.
Afinal sou neto de José Rainho, meu avô Zezinho, rsssss.
Que faleceu quando tinha dezoito anos, mas que foi muito importante em minha formação, nos meus valores, no meu jeito de ser.
Foram pro Rio fazer tratamento psicológico, Carlila e Dodô, irmães, de Belmonte/BA.
Meu avô acompanhou-as por anos em seu tratamento. Passou a ler e estudar Psicologia. Chegou a ter uma rica biblioteca sobre o assunto.
Algum tempo depois, Marialda, a moça que trabalhava na casa dele, e que até hoje vive com minha família, isto vem de 1970, também teve um problema mental, ficou internada e vi meu avô todo domingo visita-la. Religiosamente.
Ouvi também a história de uma senhora e um senhor, ambos portugueses, que trabalhavam em lojas próximas a de meu avô, e que ao ficarem velhinhos e sem família no Brasil, foram internados em asilos. Ele no masculino, ela no feminino.
O velho Zezinho, em um final de semana ia visitar um, escrevia uma carta ditada.
Na semana seguinte era a vez do outro, que recebia a carta e ditava a resposta.
Foi assim por anos. Até que o senhor veio a falecer. Meu avô não teve coragem de contar para a velhinha. Continuou a visita-la e a “criar” um diálogo. Foram-se mais oito anos até que ela também viesse a falecer.
E eu aqui em Brasília, longe de ser meu avô, mas com um pouquinho dele em minhas atitudes.
Fazer o que nesta manha fechada.....a não ser comer mamão e escrever, rssss.
Fui visitar Wellington, Ton como o chamam, na clínica em Águas Claras. O horário de visitas chocou com o do Pacotão. Cheguei a ir até a concentração do bloco, mas estava muito vazio ainda, pois o sol das 13 horas era forte.
Rumei então para a clinica, pois apesar de Ton estar internado, a visita não era só para ele, pois sua mãe, Silvia, e Mônica, sua companheira, também precisavam de alguém.
Fico impressionado com a evolução da medicina. Com as mudanças dos conceitos.
A clinica é uma bela casa de campo, com muito verde, quadra de esportes e uma boa piscina. Biblioteca, sala de jogos ( uma mesa de sinuca oficial ), refeitório e cozinha para qualquer “beliscada” fora de hora, rs....frutas em cima das mesas, etc.
A apreensão das meninas era grande, afinal Silvia mora em Salvador e logo retornará.
Mônica, chega a expressar sua angustia, pois Ton sempre reclamou que ela agia como mãe em seu relacionamento, o que ocasionou uma crise no casal, e ela já prevendo o peso de ficar sozinha, e de não poder ser “mãe” e mulher. Ser só mulher, quando alguém também necessitará de mãe, fica difícil. Então explicava-me da importância que teria em manter o contato, ir nas visitas, pois de primo, transformar-me-ia em “Tio”.
Momentos alegres, de risos, outros de apreensão. A visita teve diversas fases.
Rolou uma boa Pizza, e um gostoso jogo de dominó, com reclamações de Ton, pela forma de contar os pontos. Coisa de menino.
Mas deu-se a hora da partida. Isto sempre acontece. Já estava quase que escuro, pois fomos os únicos a permanecer na casa após o horário de visitas.
Conversamos mais um pouco, já fora da clínica, abraços beijos e a vida seguiu.
Amanha é dia de visitas de novo. Nas quartas feiras, acontece a terapia de família.
Estarei presente.
Afinal sou neto de José Rainho, meu avô Zezinho, rsssss.
Que faleceu quando tinha dezoito anos, mas que foi muito importante em minha formação, nos meus valores, no meu jeito de ser.
Foram pro Rio fazer tratamento psicológico, Carlila e Dodô, irmães, de Belmonte/BA.
Meu avô acompanhou-as por anos em seu tratamento. Passou a ler e estudar Psicologia. Chegou a ter uma rica biblioteca sobre o assunto.
Algum tempo depois, Marialda, a moça que trabalhava na casa dele, e que até hoje vive com minha família, isto vem de 1970, também teve um problema mental, ficou internada e vi meu avô todo domingo visita-la. Religiosamente.
Ouvi também a história de uma senhora e um senhor, ambos portugueses, que trabalhavam em lojas próximas a de meu avô, e que ao ficarem velhinhos e sem família no Brasil, foram internados em asilos. Ele no masculino, ela no feminino.
O velho Zezinho, em um final de semana ia visitar um, escrevia uma carta ditada.
Na semana seguinte era a vez do outro, que recebia a carta e ditava a resposta.
Foi assim por anos. Até que o senhor veio a falecer. Meu avô não teve coragem de contar para a velhinha. Continuou a visita-la e a “criar” um diálogo. Foram-se mais oito anos até que ela também viesse a falecer.
E eu aqui em Brasília, longe de ser meu avô, mas com um pouquinho dele em minhas atitudes.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Cigana Encantada
Meu bloco,
atravessa o Carnaval.
Kazunga pé na rua
sorrisos e coração.
Sambar, sambar,
sei não.
Mas brinco,
danço e me perco.
Resvalo no suor alheio.
Canto as marchinhas da emoção.
Aceito ser seu aluno,
quero aprender mais um passo,
Kazunga ADRENALINA,
criar asas
e pipocar.
Beijos e beijos
meu SOL da madrugada.
atravessa o Carnaval.
Kazunga pé na rua
sorrisos e coração.
Sambar, sambar,
sei não.
Mas brinco,
danço e me perco.
Resvalo no suor alheio.
Canto as marchinhas da emoção.
Aceito ser seu aluno,
quero aprender mais um passo,
Kazunga ADRENALINA,
criar asas
e pipocar.
Beijos e beijos
meu SOL da madrugada.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Vania
Apenas me permito.
Paro o relógio,
engano o tempo.
Tento fazer o que gosto
a vida puxa “prum” lado,
se a gente não compensar,
se perde, pira....
Faço o que tinha saudades
e me fugiu...na vida.
Falo de um outro mundo
de relações pessoais,
e sociais.
Faço amigos,
falo da vida,
ouço,
como ouço as pessoas!!!!!
Enfim,
reflito-me nas palavras,
redescubro meus amigos,
resgato até "nosso" diálogo,
perdido no tempo,
reencontrado na poesia.
Beijos de carnaval.
Paro o relógio,
engano o tempo.
Tento fazer o que gosto
a vida puxa “prum” lado,
se a gente não compensar,
se perde, pira....
Faço o que tinha saudades
e me fugiu...na vida.
Falo de um outro mundo
de relações pessoais,
e sociais.
Faço amigos,
falo da vida,
ouço,
como ouço as pessoas!!!!!
Enfim,
reflito-me nas palavras,
redescubro meus amigos,
resgato até "nosso" diálogo,
perdido no tempo,
reencontrado na poesia.
Beijos de carnaval.
Batuques do sorrir
A vida continua
nas flores,
nas abelhas,
nos ranchos
em montes claros
no amanhecer.
Escolham a rede,
pois a sombra
e a brisa são certezas.
As borboletas vagam
o urucum se apresenta
majestoso.
Vôo até o pombal
polemizo as flores
nesta vida simples
O sol sempre aparece
aquece o corpo
movimenta o desejo
Como um clarão
vou te seguir
retratando reflexos do que vi.
Sorvetes a me distrair
doçuras a me consumir
batuques do sorrir
nas flores,
nas abelhas,
nos ranchos
em montes claros
no amanhecer.
Escolham a rede,
pois a sombra
e a brisa são certezas.
As borboletas vagam
o urucum se apresenta
majestoso.
Vôo até o pombal
polemizo as flores
nesta vida simples
O sol sempre aparece
aquece o corpo
movimenta o desejo
Como um clarão
vou te seguir
retratando reflexos do que vi.
Sorvetes a me distrair
doçuras a me consumir
batuques do sorrir
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Parceiras mulheres
Trabalho com um Antonio
Antonio Jacinto
Índio.
Às vezes sou surpreendido
“cum” chororó
de falta de mulher.
Calado ouço,
calado fico.
Afinal cada um busca o que quer.
Quem sabe
aonde o sapato aperta
é quem calça.
Mulher tem aos montes,
Brancas lindas,
Deusas negras,
Índias da terra,
Orientais sensuais,
Mestiças em graça.
Em forma de
novas potrancas,
mulheres do dia,
lobas da noite,
sábias amigas
loucas amantes.
Muitos buscam mulheres
alguns buscam parceiras
de olhares entrelaçados
do respeito a individualidade
de corpos ardentes,
envolventes.
Parceiras mulheres.
antes de parceiras,
mulheres.
Depois de mulheres,
grandes e felizes
parceiras.
Antonio Jacinto
Índio.
Às vezes sou surpreendido
“cum” chororó
de falta de mulher.
Calado ouço,
calado fico.
Afinal cada um busca o que quer.
Quem sabe
aonde o sapato aperta
é quem calça.
Mulher tem aos montes,
Brancas lindas,
Deusas negras,
Índias da terra,
Orientais sensuais,
Mestiças em graça.
Em forma de
novas potrancas,
mulheres do dia,
lobas da noite,
sábias amigas
loucas amantes.
Muitos buscam mulheres
alguns buscam parceiras
de olhares entrelaçados
do respeito a individualidade
de corpos ardentes,
envolventes.
Parceiras mulheres.
antes de parceiras,
mulheres.
Depois de mulheres,
grandes e felizes
parceiras.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
O bloco é o Pacotão
Mês ofegante,
Carnaval,
atos desconcertantes
sincronia no conjunto
no desejo
ritual exuberante.
Canto a agonia
em impulsos rítmicos,
extravaso desejos
viajo ao limite.
Meu, teu, nosso...
neste bloco mestiço.
De suor
e corpos
sem nomes.
Me faça engolir
a lógica.
Quero existir.
Me abraça
não vou me acorrentar
a gente vai estar
no eixo da pipoca.
Me segue folião
o bloco é o Pacotão
Rola de tudo,
bate no pandeiro,
quase tudo,
viagem de avião,
instante eternidade
do samba pé no chão.
Carnaval,
atos desconcertantes
sincronia no conjunto
no desejo
ritual exuberante.
Canto a agonia
em impulsos rítmicos,
extravaso desejos
viajo ao limite.
Meu, teu, nosso...
neste bloco mestiço.
De suor
e corpos
sem nomes.
Me faça engolir
a lógica.
Quero existir.
Me abraça
não vou me acorrentar
a gente vai estar
no eixo da pipoca.
Me segue folião
o bloco é o Pacotão
Rola de tudo,
bate no pandeiro,
quase tudo,
viagem de avião,
instante eternidade
do samba pé no chão.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Profissão do papai
Era mais um domingão com reunião de família, estava com todos meus filhos presentes.
Muita comida, risos e brincadeiras.
O assunto foi rodando, rodando até que comentei um problema que Bárbara, minha filhota, na época com uns 8 anos, ela é de agosto de 1993, teve na escola.
A professora começou a trabalhar a questão da família.
Perguntas aparentemente fáceis para qualquer uma das crianças presentes, pois questionava sobre a estrutura de cada um deles.
Nome dos pais, avós, irmãos, etc.
Chegando a vez de Bárbara, a professora indagou quantos irmãos ela tinha, foi clara na resposta, “não sei direito professora.”
Bárbara:_Mas tem uma que mora no Rio e outros dois que moram em outra casa e o Breno comigo.
Isto é normal minha filha, comentou a educadora.
Professora:_O que a mamãe faz?
Bárbara:_Ela é professora tia.
Professora:_E o papai?
Bárbara:_Ah, o papai não sei.
Professora:_Ele esta desempregado?
Bárbara:_Não tia, ele trabalha muito.
Viaja sempre, vai muito pro Rio, pro Maracanã.
Professora:_Ele joga bola?
Bárbara:_Não, detesta futebol, ele fala muito pelo celular, viaja muito, sempre tem dinheiro, brinca com a gente e não tem horário de vir e ir.
Cada dia ele aparece com um carro diferente também.
Preocupada a professora encerra a conversa e envia um pedido da ida dos pais a escola.
O que ocorreu, e enfim puderamm me "indentificar", rsss.
Então no meio a risos de todos que ouviam a história, minha filha Alice, nascida em 1983, no meio a gargalhadas afirma na frente da roda:
“Pai, eu também nunca soube o que você faz direito....”
O kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk foi geral.
Então a partir dali, defini minha profissão, para não deixar meus filhos constrangidos perante a vida.
Sou um Vendedor de Sonhos, podem espalhar mundo afora.
Primeiro houve certa rejeição de todos a minha afirmação, isto não existe pai, mas com o tempo eles foram aceitando e curtindo a profissão do pai, diferente dos demais.
Hoje esta questão esta resolvida, rsssss.
Que bom.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Muita comida, risos e brincadeiras.
O assunto foi rodando, rodando até que comentei um problema que Bárbara, minha filhota, na época com uns 8 anos, ela é de agosto de 1993, teve na escola.
A professora começou a trabalhar a questão da família.
Perguntas aparentemente fáceis para qualquer uma das crianças presentes, pois questionava sobre a estrutura de cada um deles.
Nome dos pais, avós, irmãos, etc.
Chegando a vez de Bárbara, a professora indagou quantos irmãos ela tinha, foi clara na resposta, “não sei direito professora.”
Bárbara:_Mas tem uma que mora no Rio e outros dois que moram em outra casa e o Breno comigo.
Isto é normal minha filha, comentou a educadora.
Professora:_O que a mamãe faz?
Bárbara:_Ela é professora tia.
Professora:_E o papai?
Bárbara:_Ah, o papai não sei.
Professora:_Ele esta desempregado?
Bárbara:_Não tia, ele trabalha muito.
Viaja sempre, vai muito pro Rio, pro Maracanã.
Professora:_Ele joga bola?
Bárbara:_Não, detesta futebol, ele fala muito pelo celular, viaja muito, sempre tem dinheiro, brinca com a gente e não tem horário de vir e ir.
Cada dia ele aparece com um carro diferente também.
Preocupada a professora encerra a conversa e envia um pedido da ida dos pais a escola.
O que ocorreu, e enfim puderamm me "indentificar", rsss.
Então no meio a risos de todos que ouviam a história, minha filha Alice, nascida em 1983, no meio a gargalhadas afirma na frente da roda:
“Pai, eu também nunca soube o que você faz direito....”
O kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk foi geral.
Então a partir dali, defini minha profissão, para não deixar meus filhos constrangidos perante a vida.
Sou um Vendedor de Sonhos, podem espalhar mundo afora.
Primeiro houve certa rejeição de todos a minha afirmação, isto não existe pai, mas com o tempo eles foram aceitando e curtindo a profissão do pai, diferente dos demais.
Hoje esta questão esta resolvida, rsssss.
Que bom.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Sem sandálias no TSE
Fomos para o TSE ( Tribunal Superior Eleitoral ) contentes, afinal daquela vez estava tudo em cima, tínhamos quase uma hora e meia ainda para o fim do prazo.
Eu e Índio conversávamos animados, pois pela primeira vez não havia tensão nem stress. Tudo aparentemente perfeito.
Chegamos de forma leve e alegres na portaria, brincando com as meninas, prontos a nos identificar.
Foi quando percebi uma senhora, parecia chefe da seção, esticando o rabo de olho em minha direção.
Não podia imaginar do que se tratava, até que ela de forma seca e sem muita conversa afirmou:
“ Meu senhor, é proibido entrar de sandálias de couro neste Tribunal”
Retruquei ainda de forma tranqüila, pois afinal de contas tinha o camarada Índio de tênis ao meu lado.
Minha senhora, estou cansado de entrar aqui desta forma, as meninas já me conhecem.
Então ela de forma enfática respondeu:
“Se entrou não entra mais. Tenho o regimento interno em minhas mãos, ele é claro nesta questão”.
Sorri, cocei a barba e tranquilamente falei a todas elas ( Índio já estava em pânico a meu lado ), vou contar uma história pra vocês.
Eu era meninote, meu pai trabalhava na Presidência da República e íamos de carona em um avião da Força Aérea Brasileira para o Rio de Janeiro. Creio que eram férias de final de ano.
Malas embarcadas, e todos na fila de embarque, que já andava.
Uma senhora muito elegante a nossa frente, de terninho e calça verde água, foi abordada pelo sargento, que coordenava o embarque.
“Minha senhora, falou o Sargento, infelizmente não é possível seu embarque na aeronave pois o regimento interno da aeronáutica não permite senhoras de calças compridas em nossas unidades. Peço a gentileza de que a senhora troque de roupa imediatamente.”
A jovem senhora ponderou, “mas como meu senhor, se a minha mala já foi embarcada, só tenho aqui a roupa que estou vestida.”
Sendo fiel, ao regimento, e exercendo seu papel de autoridade máxima no local, o sargento decretou: “ a senhora então saia da fila, pois não irá embarcar”.
Criou-se uma comoção geral no local, todos estavam ao lado da senhora, que absurdo seria cometido por aquele cidadão, representante do “estado”.
Foi quando de forma espontânea e recheada de sarcasmo a linda senhora deu fim ao caso. “ Resolvida a questão sargentão, e com um movimento rápido, tirou as calças, ficando só com o Blazer do conjunto ( e um par de pernas maravilhosas de fora, rs ).
Agora eu estou composta para sua Aeronáutica. Agora eu viajo!!!!.”
E foi entrando, deixando para traz as gozações do público sobre o sargentão.
Então todos na portaria do TSE começaram a rir.
Perguntei a chefe da portaria, “aonde é que deixo minhas sandálias ?”, fazendo o movimento de tira-las dos pés.
Todos voltaram a rir, e ela rapidamente pediu-me que fosse rápido no ato de protocolar e que não deixasse que observassem meus pés por lá.
Prometi coloca-los no bolso...., rs.
Resolvida a questão.
Eu e Índio conversávamos animados, pois pela primeira vez não havia tensão nem stress. Tudo aparentemente perfeito.
Chegamos de forma leve e alegres na portaria, brincando com as meninas, prontos a nos identificar.
Foi quando percebi uma senhora, parecia chefe da seção, esticando o rabo de olho em minha direção.
Não podia imaginar do que se tratava, até que ela de forma seca e sem muita conversa afirmou:
“ Meu senhor, é proibido entrar de sandálias de couro neste Tribunal”
Retruquei ainda de forma tranqüila, pois afinal de contas tinha o camarada Índio de tênis ao meu lado.
Minha senhora, estou cansado de entrar aqui desta forma, as meninas já me conhecem.
Então ela de forma enfática respondeu:
“Se entrou não entra mais. Tenho o regimento interno em minhas mãos, ele é claro nesta questão”.
Sorri, cocei a barba e tranquilamente falei a todas elas ( Índio já estava em pânico a meu lado ), vou contar uma história pra vocês.
Eu era meninote, meu pai trabalhava na Presidência da República e íamos de carona em um avião da Força Aérea Brasileira para o Rio de Janeiro. Creio que eram férias de final de ano.
Malas embarcadas, e todos na fila de embarque, que já andava.
Uma senhora muito elegante a nossa frente, de terninho e calça verde água, foi abordada pelo sargento, que coordenava o embarque.
“Minha senhora, falou o Sargento, infelizmente não é possível seu embarque na aeronave pois o regimento interno da aeronáutica não permite senhoras de calças compridas em nossas unidades. Peço a gentileza de que a senhora troque de roupa imediatamente.”
A jovem senhora ponderou, “mas como meu senhor, se a minha mala já foi embarcada, só tenho aqui a roupa que estou vestida.”
Sendo fiel, ao regimento, e exercendo seu papel de autoridade máxima no local, o sargento decretou: “ a senhora então saia da fila, pois não irá embarcar”.
Criou-se uma comoção geral no local, todos estavam ao lado da senhora, que absurdo seria cometido por aquele cidadão, representante do “estado”.
Foi quando de forma espontânea e recheada de sarcasmo a linda senhora deu fim ao caso. “ Resolvida a questão sargentão, e com um movimento rápido, tirou as calças, ficando só com o Blazer do conjunto ( e um par de pernas maravilhosas de fora, rs ).
Agora eu estou composta para sua Aeronáutica. Agora eu viajo!!!!.”
E foi entrando, deixando para traz as gozações do público sobre o sargentão.
Então todos na portaria do TSE começaram a rir.
Perguntei a chefe da portaria, “aonde é que deixo minhas sandálias ?”, fazendo o movimento de tira-las dos pés.
Todos voltaram a rir, e ela rapidamente pediu-me que fosse rápido no ato de protocolar e que não deixasse que observassem meus pés por lá.
Prometi coloca-los no bolso...., rs.
Resolvida a questão.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Navegar....
Eu queria navegar...
Buscar movimentos,
salvar “loucuras”,
sair na alegria de um barco
cruzando fronteiras
redescobrindo o caminho marítimo
para "minhas" Indias
Grito por sua alma
clamo
por ternura de mãos
inspiração,
transpiração,
reinventando o toque
um instante mágico
de carícia.
Pelo amanhecer,
saliente meu desejo.
E ao entardecer,
me cuida,
me ensina,
nos movimentos das sombras,
dos lenções,
das grandes velas,
do meu navegar.
Buscar movimentos,
salvar “loucuras”,
sair na alegria de um barco
cruzando fronteiras
redescobrindo o caminho marítimo
para "minhas" Indias
Grito por sua alma
clamo
por ternura de mãos
inspiração,
transpiração,
reinventando o toque
um instante mágico
de carícia.
Pelo amanhecer,
saliente meu desejo.
E ao entardecer,
me cuida,
me ensina,
nos movimentos das sombras,
dos lenções,
das grandes velas,
do meu navegar.
Fico pela madrugada
Sempre que posso, acordo e busco lápis e papel.
Borracha não existe, rs.
Tento perceber o que restou de meus sonhos.
Capto as riquezas das informações, mesmo que não sejam lógicas, ou contínuas.
Colho fragmentos de vida.
Como um agricultor, que sobrevive da terra.
Pois certamente, ali teremos “flashs” da realidade,
os desejos e vontades,
um mundo sem tantas lógicas,
aonde o tempo e o espaço,
não tem a cronologia do dia a dia.
Buscamos pedaços de um quebra cabeça.
A última figurinha de um álbum difícil.
Fico pela madrugada.
Borracha não existe, rs.
Tento perceber o que restou de meus sonhos.
Capto as riquezas das informações, mesmo que não sejam lógicas, ou contínuas.
Colho fragmentos de vida.
Como um agricultor, que sobrevive da terra.
Pois certamente, ali teremos “flashs” da realidade,
os desejos e vontades,
um mundo sem tantas lógicas,
aonde o tempo e o espaço,
não tem a cronologia do dia a dia.
Buscamos pedaços de um quebra cabeça.
A última figurinha de um álbum difícil.
Fico pela madrugada.
O que esta acontecendo...?
Tenho um acordar prazeroso.
Espreguiço meu corpo.
Alongo a alma.
Percebo o cantar dos pássaros.
Os raios de sol
de forma tímida
rompem a bruma do amanhecer.
As cores saltam ao meu redor
A graça
parte dos movimentos.
A leveza,
se faz sonora.
Canto a vida,
bebo o dia,
bailo a noite,
transbordo alegria.
O que esta acontecendo...?
Espreguiço meu corpo.
Alongo a alma.
Percebo o cantar dos pássaros.
Os raios de sol
de forma tímida
rompem a bruma do amanhecer.
As cores saltam ao meu redor
A graça
parte dos movimentos.
A leveza,
se faz sonora.
Canto a vida,
bebo o dia,
bailo a noite,
transbordo alegria.
O que esta acontecendo...?
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Rainho
Circulo pela cidade
Inspiração de tanta calma
Seus verdes, espaços abertos
Entram por minh'alma
o cantar dos pássaros
travessos a brincar
palco de melodias
projeto de cidade espetáculo
um parque dito “feliz”.
Minha voz,
meu eu cantor
trazem para as ruas
as melodias que amei
o rock and roll
que já dançei
todo perfume que inalei.
Eu quero poder fazer
Das falas de pé de ouvido
Das vozes que guardei
Dos gritos que soltei
Meu ritmo, meu sorrizo.
Pedaços de luar
Espaços a beira mar
Porcelanas de uma vida
Profundesas de um olhar
Minha timidez
me cala.
Exponho-me em pequenos atos
em um palco de vida
personagem da história
de um raio de sol.
Rainho.
Inspiração de tanta calma
Seus verdes, espaços abertos
Entram por minh'alma
o cantar dos pássaros
travessos a brincar
palco de melodias
projeto de cidade espetáculo
um parque dito “feliz”.
Minha voz,
meu eu cantor
trazem para as ruas
as melodias que amei
o rock and roll
que já dançei
todo perfume que inalei.
Eu quero poder fazer
Das falas de pé de ouvido
Das vozes que guardei
Dos gritos que soltei
Meu ritmo, meu sorrizo.
Pedaços de luar
Espaços a beira mar
Porcelanas de uma vida
Profundesas de um olhar
Minha timidez
me cala.
Exponho-me em pequenos atos
em um palco de vida
personagem da história
de um raio de sol.
Rainho.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Mudas do Zezinho
Meu avô Zezinho me repetiu algumas histórias de seu pai, Comendador Rainho, diversas vezes.
Achava graça naquilo, na falta de lembrança dele, na necessidade de relatar suas experiências, que aprendeu com seu pai, mas sempre parava e prestava muita atenção.
Tínhamos um sítio no Bairro de Deodoro, Rio de Janeiro. Fui algumas vezes lá. Tenho a ideia de um grande aquário de peixes, externo a casa, vidros tomado por lodo. O da frente rachado, mas adora observar, acompanhar a movimentação.
Da casa grande, das suítes externas ´( abandonadas ) que meu bisavô idealizou para seus filhos, que nunca as ocuparam.
Da descida que levava a estrebaria, em um patamar mais abaixo da casa etc.
Não esqueço de um banho gelado, na última vez que fui lá, o Comendador já tinha falecido, a casa do sítio já com poucas coisas, cada filho carregou o que quis, e meu avô Zezinho mandando que me lavasse direito, especialmente o “pinto” e o “bumbum”, rsss.
Certa vez o Comendador encomendou mudas de uma árvore de Portugal, falava entusiasmado de como eram lindas as cores que as folhas durante as quatro estações apresentava.
Queria que plantassem por toda a estrada de entrada do sítio, com o objetivo de fazer um corredor, até a casa grande.
No meio a tanta empolgação, meu avô estava admirado, pois conforme seu pai, a tal árvore levaria uns dez anos para ficar madura, adulta.
Então questionou:
“...papai, o senhor acha que vale a pena esta despesa, pois já estamos velhos e esta planta necessitará de mais dez anos...”
O Comendador ficou sério, e em seguida falou:
“...meu filho, compre as mudas, se nós não as vermos, outros verão...”
Os dois já faleceram, meu avô Zezinho quando tinha uns 18 anos.
Então fiz um exame de rotina na Câmara de Deputados, pois estava preste a completar 50 anos.
O médico me chamou assustado, e de forma didática informou-me que estava com câncer no rim direito.
Perguntei o que teria que fazer.
Foi enfático, afirmou que teria que retirar imediatamente o rim, pois se o tumor saísse do órgão, poderia se alastrar por todo o corpo.
Perguntei sobre o tempo que tinha.
Então me explicou, era junho de 2007, que se não o fizesse rápido, não curtiria mais o próximo carnaval, de fevereiro de 2008.
Estávamos em processo pré-congressual do PSOL, que decidiria a nova Direção Nacional do Partido, a ser realizado no Rio de Janeiro.
Fiz as contas, ganho o Congresso e depois opero.
Apaguei o problema da cabeça, corri, agitei, falei, negociei, ajudei a construir a maioria.
Dito e feito.
Fomos vitoriosos.
Deixei pronto um desejo, um sonho.
Corri então atrás do prejuízo, operei em 15 de agosto de 2007.
Não brinquei o Carnaval de 2008, mas porque não quis.
Hoje fui ao médico, Dr. Cláudio Venâncio, e combinamos algumas coisas:
1. farei agora tomografia com contraste
2. em tudo normal, perco peso por 3 meses
3. realizo uma nova cirurgia com colocação de tela no abdômen
Promessa de ficar 90% do que era.
Gostei da promessa.
Gostei das mudas de meu Bisavô.
Achava graça naquilo, na falta de lembrança dele, na necessidade de relatar suas experiências, que aprendeu com seu pai, mas sempre parava e prestava muita atenção.
Tínhamos um sítio no Bairro de Deodoro, Rio de Janeiro. Fui algumas vezes lá. Tenho a ideia de um grande aquário de peixes, externo a casa, vidros tomado por lodo. O da frente rachado, mas adora observar, acompanhar a movimentação.
Da casa grande, das suítes externas ´( abandonadas ) que meu bisavô idealizou para seus filhos, que nunca as ocuparam.
Da descida que levava a estrebaria, em um patamar mais abaixo da casa etc.
Não esqueço de um banho gelado, na última vez que fui lá, o Comendador já tinha falecido, a casa do sítio já com poucas coisas, cada filho carregou o que quis, e meu avô Zezinho mandando que me lavasse direito, especialmente o “pinto” e o “bumbum”, rsss.
Certa vez o Comendador encomendou mudas de uma árvore de Portugal, falava entusiasmado de como eram lindas as cores que as folhas durante as quatro estações apresentava.
Queria que plantassem por toda a estrada de entrada do sítio, com o objetivo de fazer um corredor, até a casa grande.
No meio a tanta empolgação, meu avô estava admirado, pois conforme seu pai, a tal árvore levaria uns dez anos para ficar madura, adulta.
Então questionou:
“...papai, o senhor acha que vale a pena esta despesa, pois já estamos velhos e esta planta necessitará de mais dez anos...”
O Comendador ficou sério, e em seguida falou:
“...meu filho, compre as mudas, se nós não as vermos, outros verão...”
Os dois já faleceram, meu avô Zezinho quando tinha uns 18 anos.
Então fiz um exame de rotina na Câmara de Deputados, pois estava preste a completar 50 anos.
O médico me chamou assustado, e de forma didática informou-me que estava com câncer no rim direito.
Perguntei o que teria que fazer.
Foi enfático, afirmou que teria que retirar imediatamente o rim, pois se o tumor saísse do órgão, poderia se alastrar por todo o corpo.
Perguntei sobre o tempo que tinha.
Então me explicou, era junho de 2007, que se não o fizesse rápido, não curtiria mais o próximo carnaval, de fevereiro de 2008.
Estávamos em processo pré-congressual do PSOL, que decidiria a nova Direção Nacional do Partido, a ser realizado no Rio de Janeiro.
Fiz as contas, ganho o Congresso e depois opero.
Apaguei o problema da cabeça, corri, agitei, falei, negociei, ajudei a construir a maioria.
Dito e feito.
Fomos vitoriosos.
Deixei pronto um desejo, um sonho.
Corri então atrás do prejuízo, operei em 15 de agosto de 2007.
Não brinquei o Carnaval de 2008, mas porque não quis.
Hoje fui ao médico, Dr. Cláudio Venâncio, e combinamos algumas coisas:
1. farei agora tomografia com contraste
2. em tudo normal, perco peso por 3 meses
3. realizo uma nova cirurgia com colocação de tela no abdômen
Promessa de ficar 90% do que era.
Gostei da promessa.
Gostei das mudas de meu Bisavô.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Odelita
A claridade me acordou. Estava sonhando, eram duas pessoas, em quartos separados, me pedindo para entrar em uma cozinha.
Levantei então. Aos poucos fui percebendo que as senhoras eram minha avó, Roma, e Odelita, meia prima, meia tia, meia vó, meia família.
Não acordei com fome, nem elas eram de comer muito.
Fui me ligando, tentando resgatar do subconsciente mais dados.
Percebi depois que a cozinha era de um clube, da Asefe. Elas nunca foram a este clube, rssss.
Mas retornei a Odelita, voltei no tempo.
Lembro-me de um domingo à tarde em que meu avô colocou os cinco netos a desenhar.
Distribuiu papel e ofertou alguns lápis de cor.
Esta era uma estratégia boa, pois ficávamos calados, querendo todos dar o melhor de si. Anne, a mais velha, sempre detinha a melhor pintura.
Todos corríamos, copiando seu estilo, e tentando alcançá-la.
Estava desenhando uma casa, num gramado, uma árvore, com um belo sol e nuvens. Nada menos criativo, rsssss.
No meio da coloração Anne deu um ataque de que nós, os outros, estávamos usando seu conjunto de lápis de cor.
Correu de forma autoritária e recolheu os lápis.
Aquilo criou um rolo danado, com choro, lágrimas, etc.
Logo meu vô Zezinho correu nos trouxe outros lápis.
Chris, Wayman e Eliane logo se satisfizeram.
Continuei a chorar, de forma mais aguda, pois a tonalidade das cores não eram as mesmas.
E tinha a noção de que em uma pintura, como a de Anne, os contornos e as cores teriam que ser bem definidas e homogenias.
Chorava convulsivamente, como se o mundo tivesse acabado. Ninguém era capaz de acabar com tanta tristeza.
Depois de todos tentarem, e desistirem de mim, Odelita se aproximou. Estava já com o rosto inchado. Tentou abrir um diálogo. Não aceitei. Então de forma didática pegou meu desenho e com traços e cores foi me proporcionando a sensação de que as cores e as formas exatas não tinham importância. O conteúdo de uma pintura estava no conjunto, na sensação da forma que era criada. Que nas sombras, nas variantes dos traços e de tonalidade se encontrava o que se queria. Que dali surgia o vivo, nascia o diálogo, brotava a vida.
Aos poucos tomei um lápis, dei os primeiros traços, cores, perdi-me no papel, pois todos os lápis eram divinos, mágicos, únicos.
Ela se afastou sem nada dizer.
Não precisava mais desenhar o relógio da sala, ou copiar paisagens.
Bastava me soltar, e deixar rolar.
Nunca mais disputei com Anne ou com mais ninguém.
Afinal, Odelita me ensinou.
Odelita me inspirou, na vida.
Levantei então. Aos poucos fui percebendo que as senhoras eram minha avó, Roma, e Odelita, meia prima, meia tia, meia vó, meia família.
Não acordei com fome, nem elas eram de comer muito.
Fui me ligando, tentando resgatar do subconsciente mais dados.
Percebi depois que a cozinha era de um clube, da Asefe. Elas nunca foram a este clube, rssss.
Mas retornei a Odelita, voltei no tempo.
Lembro-me de um domingo à tarde em que meu avô colocou os cinco netos a desenhar.
Distribuiu papel e ofertou alguns lápis de cor.
Esta era uma estratégia boa, pois ficávamos calados, querendo todos dar o melhor de si. Anne, a mais velha, sempre detinha a melhor pintura.
Todos corríamos, copiando seu estilo, e tentando alcançá-la.
Estava desenhando uma casa, num gramado, uma árvore, com um belo sol e nuvens. Nada menos criativo, rsssss.
No meio da coloração Anne deu um ataque de que nós, os outros, estávamos usando seu conjunto de lápis de cor.
Correu de forma autoritária e recolheu os lápis.
Aquilo criou um rolo danado, com choro, lágrimas, etc.
Logo meu vô Zezinho correu nos trouxe outros lápis.
Chris, Wayman e Eliane logo se satisfizeram.
Continuei a chorar, de forma mais aguda, pois a tonalidade das cores não eram as mesmas.
E tinha a noção de que em uma pintura, como a de Anne, os contornos e as cores teriam que ser bem definidas e homogenias.
Chorava convulsivamente, como se o mundo tivesse acabado. Ninguém era capaz de acabar com tanta tristeza.
Depois de todos tentarem, e desistirem de mim, Odelita se aproximou. Estava já com o rosto inchado. Tentou abrir um diálogo. Não aceitei. Então de forma didática pegou meu desenho e com traços e cores foi me proporcionando a sensação de que as cores e as formas exatas não tinham importância. O conteúdo de uma pintura estava no conjunto, na sensação da forma que era criada. Que nas sombras, nas variantes dos traços e de tonalidade se encontrava o que se queria. Que dali surgia o vivo, nascia o diálogo, brotava a vida.
Aos poucos tomei um lápis, dei os primeiros traços, cores, perdi-me no papel, pois todos os lápis eram divinos, mágicos, únicos.
Ela se afastou sem nada dizer.
Não precisava mais desenhar o relógio da sala, ou copiar paisagens.
Bastava me soltar, e deixar rolar.
Nunca mais disputei com Anne ou com mais ninguém.
Afinal, Odelita me ensinou.
Odelita me inspirou, na vida.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Overdose Taliban
Com a lua acordo
Querendo me drogar
Buscar nos seus beijos
Loucura, alucinar
Na cama, no fogo
Arder te cozinhar
Sentir que me ama
os corpos a agitar
Então desejos...
Suor e manejos...
Transformo-me em arrepios
Teu corpo em assobios
Desejo e seus seios
Delírio a envenenar
Provar outros beijos
Meu corpo agitar
Te quero me arranha
Mulher hortelã
Me morde e assanha
Overdose Taliban
Querendo me drogar
Buscar nos seus beijos
Loucura, alucinar
Na cama, no fogo
Arder te cozinhar
Sentir que me ama
os corpos a agitar
Então desejos...
Suor e manejos...
Transformo-me em arrepios
Teu corpo em assobios
Desejo e seus seios
Delírio a envenenar
Provar outros beijos
Meu corpo agitar
Te quero me arranha
Mulher hortelã
Me morde e assanha
Overdose Taliban
Viva a vida
Regina escreve:
Eu tava pensando enquanto descascava as batatas para o almoço: tá, tudo bem que a Maysa cantava muito bem , foi rebelde para a época etc e tals, mas daí a considerar um exemplo de mulher, de vida e de pessoa vai longe, heim? Ela gostava de uma maguaça lascada, fumava sem parar, não tinha tempo pro filho e ainda era mimada e agressiva.
Outro que endeusaram foi o Cazuza, com direito a um filme de longa metragem para mostrar todos os seus feitos em vida: drogado, irresponsável e mimado. Compunha músicas boas? Sim, compunha, meio chapado, mas compunha.
Esse só poderia ser considerado um exemplo: o MAU exemplo.
Evidente que a vida de uma pessoa batalhadora, de bem, com caráter não faz sucesso, é maçante e entediante, mas, então, vamos deixar claro que muitas figuras populares não merecem ser imitadas* e nem dá prá ficar tirando lição de vida ou qualquer outro ensinamento das suas atitudes.
E agora, vou terminar de descascar as batatinhas.....
Wellington comenta:
Infelizmente tive compromissos na hora de Maysa e não vi a mini-série. Mas pretendo ver ainda, já estão vendendo o CD.
Realmente existe uma grande contradição mesmo com a questão da sensibilidade, da criação, das experiências vividas ao extremo, com a realidade.
É possível viver de forma feliz e intensa sem se matar, sem se drogar, sem se afastar das maravilhas de um mundo real.
Olha a Cassia Eller, quando explodiu pra vida, se implodiu junto.Infelizmente perdemos pessoas com um potencial enorme, que marcaram sua época.
Infelizmente....
Regina pondera:
Quando falo que algumas pessoas não servem de exemplo de vida, não é por moralismo ou conduta.
Eu particularmente me simpatizo com os debochados, os rebeldes, os sem-noção, os que fazem diferença....
Quando eu digo que não são exemplos eu quero dizer que a vida dessas pessoas é difícil, é dolorida e sofrida. O bom mesmo é ser feliz, mas prá isso é preciso ser muiiiiiiiito sem-noção kkkkkkkkkkkkkkkkk nem sei porque estou falando isso aqui, deveria estar respondendo no blog, mas eu resolvi passar por aqui...fazia tempo que não mandava um scrapbook hihihihihihi.
beijos nonsense*
Wellington comenta:
Os debochados, os rebeldes, os sem-noção....tbm simpatizo, são ótimos. na noite, nos bares, na vida.
Na realidade aprendi que é entre estes pares, neste setor da sociedade, que poderiamos buscar os amantes da revolução socialista. Entre os alegres, os vivos, os de atitudes, que dançam, que jogam, que amam e se arrepiam, que choram e reagem perante as injustiças, estes nós recrutávamos.
Falamos de amor, de beijos, de um mundo aonde o meio ambiente será respeitado, aonde o brilho nos olhos será comum. Aonde a qualidade de vida, o respeito, será o motivo da vida.
Convidamo-os a juntos construirmos um novo mundo. A ter um instrumento próprio, que é o partido.
Imagine, se nos anos após o golpe militar, nossa juventude fosse detida como bêbados e drogados. Eles não fariam a diferença.....como fizeram. Não era fácil fazer esta discussão, nem é hoje ainda, pois como vc mesmo diz, a questão não é moral, mas de sobrevivência, pois tbm citando vc, “ acaba difícil, é dolorida e sofrida...a vida dos sem-noção”.
Viva os poetas, os surfistas, os músicos, os dançarinos, os artistas, os sonhadores, os revolucionários.
Chega de perder gente boa.
Viva a vida.
Eu tava pensando enquanto descascava as batatas para o almoço: tá, tudo bem que a Maysa cantava muito bem , foi rebelde para a época etc e tals, mas daí a considerar um exemplo de mulher, de vida e de pessoa vai longe, heim? Ela gostava de uma maguaça lascada, fumava sem parar, não tinha tempo pro filho e ainda era mimada e agressiva.
Outro que endeusaram foi o Cazuza, com direito a um filme de longa metragem para mostrar todos os seus feitos em vida: drogado, irresponsável e mimado. Compunha músicas boas? Sim, compunha, meio chapado, mas compunha.
Esse só poderia ser considerado um exemplo: o MAU exemplo.
Evidente que a vida de uma pessoa batalhadora, de bem, com caráter não faz sucesso, é maçante e entediante, mas, então, vamos deixar claro que muitas figuras populares não merecem ser imitadas* e nem dá prá ficar tirando lição de vida ou qualquer outro ensinamento das suas atitudes.
E agora, vou terminar de descascar as batatinhas.....
Wellington comenta:
Infelizmente tive compromissos na hora de Maysa e não vi a mini-série. Mas pretendo ver ainda, já estão vendendo o CD.
Realmente existe uma grande contradição mesmo com a questão da sensibilidade, da criação, das experiências vividas ao extremo, com a realidade.
É possível viver de forma feliz e intensa sem se matar, sem se drogar, sem se afastar das maravilhas de um mundo real.
Olha a Cassia Eller, quando explodiu pra vida, se implodiu junto.Infelizmente perdemos pessoas com um potencial enorme, que marcaram sua época.
Infelizmente....
Regina pondera:
Quando falo que algumas pessoas não servem de exemplo de vida, não é por moralismo ou conduta.
Eu particularmente me simpatizo com os debochados, os rebeldes, os sem-noção, os que fazem diferença....
Quando eu digo que não são exemplos eu quero dizer que a vida dessas pessoas é difícil, é dolorida e sofrida. O bom mesmo é ser feliz, mas prá isso é preciso ser muiiiiiiiito sem-noção kkkkkkkkkkkkkkkkk nem sei porque estou falando isso aqui, deveria estar respondendo no blog, mas eu resolvi passar por aqui...fazia tempo que não mandava um scrapbook hihihihihihi.
beijos nonsense*
Wellington comenta:
Os debochados, os rebeldes, os sem-noção....tbm simpatizo, são ótimos. na noite, nos bares, na vida.
Na realidade aprendi que é entre estes pares, neste setor da sociedade, que poderiamos buscar os amantes da revolução socialista. Entre os alegres, os vivos, os de atitudes, que dançam, que jogam, que amam e se arrepiam, que choram e reagem perante as injustiças, estes nós recrutávamos.
Falamos de amor, de beijos, de um mundo aonde o meio ambiente será respeitado, aonde o brilho nos olhos será comum. Aonde a qualidade de vida, o respeito, será o motivo da vida.
Convidamo-os a juntos construirmos um novo mundo. A ter um instrumento próprio, que é o partido.
Imagine, se nos anos após o golpe militar, nossa juventude fosse detida como bêbados e drogados. Eles não fariam a diferença.....como fizeram. Não era fácil fazer esta discussão, nem é hoje ainda, pois como vc mesmo diz, a questão não é moral, mas de sobrevivência, pois tbm citando vc, “ acaba difícil, é dolorida e sofrida...a vida dos sem-noção”.
Viva os poetas, os surfistas, os músicos, os dançarinos, os artistas, os sonhadores, os revolucionários.
Chega de perder gente boa.
Viva a vida.
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